goo.gl/v9M8iU | Ao contrário do que muitos pensam, o profissional de direito não exerce um trabalho solitário e individual, ele necessita de aperfeiçoar suas habilidades de trabalhar em equipe, de desenvolver seu networking, criando ligações com potenciais clientes e parceiros para o desenvolvimento de sua carreira.
Ser introvertido não é uma boa característica para os estudantes desta área. A geração atual, focada em recursos tecnológicos e redes sociais como o Facebook e o Whatsapp, está desencadeando uma produção em série de jovens com pouca experiência social.
Não estamos falando do perfil arrogante e prepotente, comumente visto em estudantes, professores e profissionais em geral na área de Direito. Essa postura já vem desde os primórdios, talvez devido à elitização da profissão, onde uma pessoa sem condições financeiras dificilmente consegue ficar anos e anos em casa, estudando, sem trabalhar ou abrir um escritório e aguardar 4 ou 5 anos para começar a ter um retorno financeiro. Falamos de uma geração que em breve, representará cidadãos e empresas perante o Estado, sem o menor preparo social, sem experiência de vida, apenas baseada em resumos de matérias, que foram lidos às pressas, algumas horas antes das provas.
Um estudante de Direito introvertido costuma dizer: “eu não vou advogar, vou estudar para concursos”, como se ele não tivesse que advogar depois disto. Afinal, o Estado não contrata estudantes de Direito para eles ficarem assistindo Netflix e tomando sorvete, não é mesmo?
Tanto os pais quanto as próprias faculdades de Direito ainda pecam na questão de não preparar os jovens para falar em público, com pífias aulas de oratória, isso quando há algo neste sentido.
Voltando à comunicação, que muitos consideram perfil somente para alunos de publicidade e jornalismo, no curso de Direito é comum você estudar 5 anos com adolescentes que sequer olham na sua cara até o dia da formatura. Adolescentes que, de maneira preocupante, estarão amanhã, em uma sala de audiência, representando seus clientes, cidadãos que contratarão seus serviços, esperando um retorno em situações muitas vezes complexas, que exigirão habilidades inexistentes em seus advogados.
Medir um aluno pelas suas notas é outro erro grave que é cometido desde os primórdios. Cansamos de ouvir que os alunos que tiram nota 10 das turmas anteriores não se tornaram bons profissionais por não saberem lidar com situações que exigem dinamismo, flexibilidade e negociação.
Ser um bom advogado vai muito além de acertar todas as questões da prova. É preciso ter habilidade, saber falar, ouvir, negociar, atrair a atenção, você tem que estar preparado para ser um empreendedor, um frontman, um resolvedor de problemas e injustiças.
Aquelas horas conversando no Whatsapp, enquanto o seu professor explicava sobre falência, sobre responsabilidade civil, sobre direitos trabalhistas, vai lhe fazer falta no dia que você precisar.
A mensalidade paga pelo seu pai, valor que você não sabe medir em esforços, se enganando que será um bom profissional, um dia lhe fará falta e você irá descobrir, 5 anos depois, que não tinha perfil para a profissão, ou até pior, que nem tentou descobrir se tinha.
Por Northon Salomão de Oliveira
Fonte: administradores
Ser introvertido não é uma boa característica para os estudantes desta área. A geração atual, focada em recursos tecnológicos e redes sociais como o Facebook e o Whatsapp, está desencadeando uma produção em série de jovens com pouca experiência social.
Não estamos falando do perfil arrogante e prepotente, comumente visto em estudantes, professores e profissionais em geral na área de Direito. Essa postura já vem desde os primórdios, talvez devido à elitização da profissão, onde uma pessoa sem condições financeiras dificilmente consegue ficar anos e anos em casa, estudando, sem trabalhar ou abrir um escritório e aguardar 4 ou 5 anos para começar a ter um retorno financeiro. Falamos de uma geração que em breve, representará cidadãos e empresas perante o Estado, sem o menor preparo social, sem experiência de vida, apenas baseada em resumos de matérias, que foram lidos às pressas, algumas horas antes das provas.
Um estudante de Direito introvertido costuma dizer: “eu não vou advogar, vou estudar para concursos”, como se ele não tivesse que advogar depois disto. Afinal, o Estado não contrata estudantes de Direito para eles ficarem assistindo Netflix e tomando sorvete, não é mesmo?
Tanto os pais quanto as próprias faculdades de Direito ainda pecam na questão de não preparar os jovens para falar em público, com pífias aulas de oratória, isso quando há algo neste sentido.
Voltando à comunicação, que muitos consideram perfil somente para alunos de publicidade e jornalismo, no curso de Direito é comum você estudar 5 anos com adolescentes que sequer olham na sua cara até o dia da formatura. Adolescentes que, de maneira preocupante, estarão amanhã, em uma sala de audiência, representando seus clientes, cidadãos que contratarão seus serviços, esperando um retorno em situações muitas vezes complexas, que exigirão habilidades inexistentes em seus advogados.
Medir um aluno pelas suas notas é outro erro grave que é cometido desde os primórdios. Cansamos de ouvir que os alunos que tiram nota 10 das turmas anteriores não se tornaram bons profissionais por não saberem lidar com situações que exigem dinamismo, flexibilidade e negociação.
Ser um bom advogado vai muito além de acertar todas as questões da prova. É preciso ter habilidade, saber falar, ouvir, negociar, atrair a atenção, você tem que estar preparado para ser um empreendedor, um frontman, um resolvedor de problemas e injustiças.
Aquelas horas conversando no Whatsapp, enquanto o seu professor explicava sobre falência, sobre responsabilidade civil, sobre direitos trabalhistas, vai lhe fazer falta no dia que você precisar.
A mensalidade paga pelo seu pai, valor que você não sabe medir em esforços, se enganando que será um bom profissional, um dia lhe fará falta e você irá descobrir, 5 anos depois, que não tinha perfil para a profissão, ou até pior, que nem tentou descobrir se tinha.
Por Northon Salomão de Oliveira
Fonte: administradores