Um Juiz do foro central da Capital de São Paulo recebeu uma petição solicitando sobrestamento para localizar o Réu, na qual a mesma começava com os seguintes dizeres:
Esselentíssimo senhor Doutor Juiz...
Estranhando a utilização do termo Esselentíssimo, despachou o pedido acreditando que fora um erro de digitação do Advogado.
Pouco tempo depois o mesmo advogado peticiona novamente nos autos informando, desta vez, o paradeiro do Réu para a citação. Eis que o advogado inicia novamente sua petição:
Esse lentíssimo senhor Doutor Juiz...
O Juiz incrédulo, com a repetição do erro do advogado, e sabendo que o mesmo é sócio de renomado escritório da cidade e que por ventura fora um Juiz amigo dele que ministrou aulas de processo civil para o advogado, resolveu, o magistrado, questionar a forma pela qual o ex-aluno de seu colega tratava o Juízo em suas petições.
O magistrado-professor ouviu atenciosamente as "chacotas" de seu colega e quando este lhe deu a palavra, disse sarcasticamente:
– Exímio colega, está claro aqui que temos uma dupla interpretação na palavra. Concordo com você que meu ex-aluno realmente errou se queria elogiar seu Juízo, sua Senhoria. Mas discordo com o Senhor e concordo com o termo utilizado por ele se o mesmo quis dizer a respeito de Sua lerdeza, de Sua morosidade."
Devemos mudar nossas petições?
Fonte: forumjuridico.org