Comunidade LGBT reivindica criminalização da homofobia e pede justiça por João Donati

Com irreverência e ativismo a 18ª Parada do Orgulho Lésbico, Gay, Bissexual, Travesti e Transexual (LGBT) de Goiânia ocorreu nesse domingo (21/9) na Região Central de Goiânia.

A Polícia Militar estima que o ato reuniu 25 mil pessoas, enquanto o grupo organizador fala em 100 mil. Com o tema “Sem machismo, sem homofobia”, os participantes reivindicaram a criminalização da homofobia e pediram justiça no caso de João Donati, o jovem homossexual de 18 anos encontrado morto em Inhumas no último dia 10.

De acordo com o responsável pelo policiamento da capital, coronel Divino Alves, a parada deste ano, que é organizada pelo grupo “Eles por Eles”, foi pacífica. “Tivemos apenas uma ocorrência de um jovem que surtou e quebrou um retrovisor de um carro da polícia”, disse. O suspeito foi encaminhado para o 1º Distrito Policial e vai responder por dano ao patrimônio público e desacato à autoridade. Segundo Liorcino Mendes, um dos organizadores do evento, historicamente “as paradas realizadas na capital não são violentas e inseguras, apesar da pouca participação dos órgãos públicos”.

De acordo com o último relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), a cada 28 horas uma pessoa LGBT é assassinada no País. E, segundo a Organização das Nações Unidas, 40% dos assassinatos homofóbicos no mundo acontecem no Brasil. Para o assessor especial de Assuntos da Diversidade Sexual da Prefeitura de Goiânia, Adriano Ferreto, o evento simbolizou a luta em busca da plena cidadania desta parte da população “que é vitimada diariamente pela homofobia”.

A alegria e o colorido dos participantes percorreram as avenidas Paranaíba, Tocantins e Araguaia. “A luta por um Estado de Goiás sem preconceito e violência a LGBT tem o dedo de todos que percorrem o manto de Nossa Senhora de Goiânia”, completou Liorcino  Mendes, fazendo referência ao suposto formato do manto da padroeira que envolve as ruas centrais de Goiânia.

Fonte: jornalopcao.com.br
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