O debate tinha tudo para ser extremamente propositivo, mais aberto a discutir a realidade sobre a economia, educação, saúde e segurança, mas o recorrente tema da corrupção foi posto à mesa, provocando o endurecimento do embate entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).
Ambos protagonizaram mais um debate na TV Record, o terceiro do segundo turno. Apesar das críticas mútuas, predominaram temas relevantes como economia, emprego, inflação, combate à violência, saúde e educação. As séries de denúncias e trocas de acusações, tão criticadas pelo público eleitor, não foram vistas na mesma intensidade que nos confrontos anteriores.
No primeiro bloco, Dilma perguntou ao adversário o que ele achava da universalização da lei do Simples (regime de tributação simplificado para micro e pequenas empresas).
Sobre o tema, Aécio Neves respondeu que o PSDB foi o criador do sistema e disse que terá que ampliar o alcance do Simples e simplificar o sistema tributário para todos os brasileiros, para gerar novos empregos.
Na réplica, a petista disse que o Simples cresceu 111% em sua gestão e que o sistema foi universalizado neste ano, com 140 tipos de negócio incluídos no regime tributário. “Trabalhamos para o fim do abismo tributário”, concluiu.
Ainda sobre o tema da economia, agora sobre a inflação, tema sensível à população, o tucano lembrou algumas frases da rival de que a inflação estava sob controle, mas perguntou por que vizinhos crescem mais sem alta de preços.
A presidente disse que em seu governo há a menor taxa de desemprego de toda a história, de 5%. Depois negou descontrole da inflação e afirmou que se rival abaixar inflação, o desemprego vai subir.
Na réplica, o candidato do PSDB citou dados da inflação no Peru, Chile e México. “A verdade é que as pessoas estão apavoradas, candidata. [...] A inflação está aí”, articulou. Na tréplica, Dilma relembrou o período de governo de Fernando Henrique Cardoso e citou outros dados. “Vamos devagar com a comparação”, disse a candidata ao afirmar que o Brasil deveria ser comparado às grandes potências mundiais, a exemplo da Alemanha, que atualmente passa por crise financeira.
O cacique do PSDB alegou que o Brasil tem investigações em curso e que se não for comprovado nada, as pessoas são inocentes. Não fala sobre o ‘engavetador’.
Em seguida, Aécio voltou às delações de Costa, citando Gleisi e Paulo Bernardo.
Citou também que Dilma foi presidente do conselho da Petrobras e não viu os desmandos de Costa. Disse que as nomeações das pessoas eram para atender interesses de partidos, não da empresa. Também citou o tesoureiro do PT, João Vaccari Netto, nomeado conselheiro de Itaipu. “A senhora diz que vai fazer agora o que deveria ter feito ao longo dos últimos 12 anos”, disse.
A petista citou escândalos do PSDB e perguntou se houve prevaricação ou se confiava nos suspeitos. O tucano disse que a rival não estava sendo justa, que as instituições investigam e poderiam inocentar as pessoas. Depois, voltou a citar a Petrobras e pregou necessidade de “profissionalizar” as estatais, sem nomeações políticas.
Dilma confirmou que Aécio “adora” fazer confusões que beneficiam o candidato. Ela informou ainda que demitiu Paulo Roberto Costa em março de 2012 e que à época não sabia que Costa estava “comprometido”. Na tréplica, Aécio disse que é “triste” o presidente determinar investigações e questionou o fato de a diretoria da Petrobras não ter sido modificada.
Como o estado de Minas Gerais é utilizado como parâmetro para ser o alicerce da campanha de Aécio Neves (PSDB), a candidata Dilma Rousseff (PT) volta e meia traz dados e números que mostram fragilidades da gestão do mineiro.
A petista, por exemplo, usou aspas de conselheiro do Tribunal de Contas de que vacina para cavalo entrou como despesas da saúde da secretaria de Saúde daquele estado.
A presidente também lembrou que os tucanos derrubaram a CPMF e impuseram um grande prejuízo ao orçamento da Saúde no Brasil. Mas diz que, apesar disso, os investimentos aumentaram muito. Dilma cita a criação do SAMU, que Aécio só implantou em 28% do Estado de Minas, citou o Mais Médicos, e que Aécio não tem uma posição clara sobre o programa.
Falou de outros programas, como o Brasil Cegonha, programas que combatem doenças como Hipertensão e Diabetes. Falou que vai criar o Mais Especialidades, e disse que com o aporte de novos fundos para saúde, será um grande fator positivo para a saúde do país.
Na réplica, o candidato afirmou que dados apresentados por Dilma sobre os investimentos do governo de Minas Gerais na saúde estão incorretos e que há “discriminação” do programa Mais Médicos com profissionais cubanos.
A presidente também citou que Armínio Fraga afirmou que iria diminuir a participação dos bancos públicos. Citou o BNDES como fomento para empresas, o Banco do Brasil no agronegócio, e a Caixa Econômica Federal, que financia programas habitacionais, como o Minha Casa, Minha Vida.
Para Dilma, não existe investimento em obras de mobilidade urbana, tampouco investimento em longo prazo, sem participação dos bancos públicos.
Na tréplica, Aécio afirmou que quer se dirigir aos funcionários do Banco do Brasil e da Caixa: “Eles serão fortalecidos no nosso governo.” O tucano disse que irá profissionalizar os Bancos e prestigiar os funcionário de carreira.
Dilma alegou que os tucanos venderam 30% no mercado de ações “a preço de banana”, dizendo que a Petrobras valia 15 bilhões com os tucanos, e hoje vale mais de 100 bilhões. A comandante do Palácio do Planalto também cita o caso Petrobrax, quando os tucanos queriam mudar o nome da empresa para privatiza-la completamente.
Dilma afirmou que a estatal vai explorar um conjunto de bacias que vai garantir seu crescimento e citou a produção de 500 mil barris por dia só no pré-sal. “Candidato, você é engraçado, quando é ruim, pertence ao PT, quando não é, você diz que é de todos, são dois pesos e duas medidas”, discorreu e apontou que Aécio quer privatizar a Petrobras, que mais cedo ou mais tarde ele vai colocar a privatização na pauta.
Em uma nova pergunta, Aécio citou estatísticas sobre a violência e concluiu que, até o final do debate, duas mães estariam chorando as mortes de seus filhos. Ele criticou o governo federal, afirmando que 0,4% do orçamento foi gasto com Segurança Pública – R$ 7,9 bilhões, segundo o tucano.
Dilma apontou que Aécio estava muito pessimista em relação ao crescimento do país, disse que o país não vai crescer 0,3%. Sobre segurança, a presidente disse que vem investindo cada vez mais em segurança pública, e comparou os gastos do governo FHC (R$ 1,2 bilhão) contra o governo atual (que gasta R$ 4,2 bilhões).
Ela ainda colocou em pauta a segurança pública em Minas Gerais durante a gestão tucana, quando aumentou a taxa de homicídios no Estado, enquanto a taxa caiu em toda a região Sudeste no mesmo período. Dilma citou o fato de apenas 400 municípios terem delegacia de polícia.
Fonte: tribunadabahia.com.br
Ambos protagonizaram mais um debate na TV Record, o terceiro do segundo turno. Apesar das críticas mútuas, predominaram temas relevantes como economia, emprego, inflação, combate à violência, saúde e educação. As séries de denúncias e trocas de acusações, tão criticadas pelo público eleitor, não foram vistas na mesma intensidade que nos confrontos anteriores.
No primeiro bloco, Dilma perguntou ao adversário o que ele achava da universalização da lei do Simples (regime de tributação simplificado para micro e pequenas empresas).
Sobre o tema, Aécio Neves respondeu que o PSDB foi o criador do sistema e disse que terá que ampliar o alcance do Simples e simplificar o sistema tributário para todos os brasileiros, para gerar novos empregos.
Na réplica, a petista disse que o Simples cresceu 111% em sua gestão e que o sistema foi universalizado neste ano, com 140 tipos de negócio incluídos no regime tributário. “Trabalhamos para o fim do abismo tributário”, concluiu.
Ainda sobre o tema da economia, agora sobre a inflação, tema sensível à população, o tucano lembrou algumas frases da rival de que a inflação estava sob controle, mas perguntou por que vizinhos crescem mais sem alta de preços.
A presidente disse que em seu governo há a menor taxa de desemprego de toda a história, de 5%. Depois negou descontrole da inflação e afirmou que se rival abaixar inflação, o desemprego vai subir.
Na réplica, o candidato do PSDB citou dados da inflação no Peru, Chile e México. “A verdade é que as pessoas estão apavoradas, candidata. [...] A inflação está aí”, articulou. Na tréplica, Dilma relembrou o período de governo de Fernando Henrique Cardoso e citou outros dados. “Vamos devagar com a comparação”, disse a candidata ao afirmar que o Brasil deveria ser comparado às grandes potências mundiais, a exemplo da Alemanha, que atualmente passa por crise financeira.
Corrupção
O tema que faz sair faísca entre os candidatos foi puxado pelo candidato Aécio Neves (PSDB), fazendo o clima pesar entre os presidenciáveis. Aécio disse que faltou governança na gestão da Petrobras e ressaltou que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, recebia uma porcentagem de propinas pagas por prestadores de serviço da Petrobras.O cacique do PSDB alegou que o Brasil tem investigações em curso e que se não for comprovado nada, as pessoas são inocentes. Não fala sobre o ‘engavetador’.
Em seguida, Aécio voltou às delações de Costa, citando Gleisi e Paulo Bernardo.
Citou também que Dilma foi presidente do conselho da Petrobras e não viu os desmandos de Costa. Disse que as nomeações das pessoas eram para atender interesses de partidos, não da empresa. Também citou o tesoureiro do PT, João Vaccari Netto, nomeado conselheiro de Itaipu. “A senhora diz que vai fazer agora o que deveria ter feito ao longo dos últimos 12 anos”, disse.
A petista citou escândalos do PSDB e perguntou se houve prevaricação ou se confiava nos suspeitos. O tucano disse que a rival não estava sendo justa, que as instituições investigam e poderiam inocentar as pessoas. Depois, voltou a citar a Petrobras e pregou necessidade de “profissionalizar” as estatais, sem nomeações políticas.
Dilma confirmou que Aécio “adora” fazer confusões que beneficiam o candidato. Ela informou ainda que demitiu Paulo Roberto Costa em março de 2012 e que à época não sabia que Costa estava “comprometido”. Na tréplica, Aécio disse que é “triste” o presidente determinar investigações e questionou o fato de a diretoria da Petrobras não ter sido modificada.
Como o estado de Minas Gerais é utilizado como parâmetro para ser o alicerce da campanha de Aécio Neves (PSDB), a candidata Dilma Rousseff (PT) volta e meia traz dados e números que mostram fragilidades da gestão do mineiro.
A petista, por exemplo, usou aspas de conselheiro do Tribunal de Contas de que vacina para cavalo entrou como despesas da saúde da secretaria de Saúde daquele estado.
A presidente também lembrou que os tucanos derrubaram a CPMF e impuseram um grande prejuízo ao orçamento da Saúde no Brasil. Mas diz que, apesar disso, os investimentos aumentaram muito. Dilma cita a criação do SAMU, que Aécio só implantou em 28% do Estado de Minas, citou o Mais Médicos, e que Aécio não tem uma posição clara sobre o programa.
Falou de outros programas, como o Brasil Cegonha, programas que combatem doenças como Hipertensão e Diabetes. Falou que vai criar o Mais Especialidades, e disse que com o aporte de novos fundos para saúde, será um grande fator positivo para a saúde do país.
Na réplica, o candidato afirmou que dados apresentados por Dilma sobre os investimentos do governo de Minas Gerais na saúde estão incorretos e que há “discriminação” do programa Mais Médicos com profissionais cubanos.
Bancos públicos
Em outro ponto do embate, Aécio discorreu que os bancos públicos sairiam fortalecidos de seu governo. “É justo que a Caixa e o Branco do Brasil estejam recebendo atrasado o dinheiro do tesouro?”, questionou. No entanto, Dilma disse que a relação do governo com os bancos públicos era grande, e que teve seus lucros ampliados, seus juros diminuídos e a inadimplência reduzida.A presidente também citou que Armínio Fraga afirmou que iria diminuir a participação dos bancos públicos. Citou o BNDES como fomento para empresas, o Banco do Brasil no agronegócio, e a Caixa Econômica Federal, que financia programas habitacionais, como o Minha Casa, Minha Vida.
Para Dilma, não existe investimento em obras de mobilidade urbana, tampouco investimento em longo prazo, sem participação dos bancos públicos.
Na tréplica, Aécio afirmou que quer se dirigir aos funcionários do Banco do Brasil e da Caixa: “Eles serão fortalecidos no nosso governo.” O tucano disse que irá profissionalizar os Bancos e prestigiar os funcionário de carreira.
Petrobras
No início do segundo bloco, a Petrobras foi o tema principal do confronto, mas não sobre corrupção, mas gestão. Aécio Neves puxou o tema e citou o valor da Petrobras e falou em aparelhamento da estatal. “Você acha justo para o trabalhador?”, questionou.Dilma alegou que os tucanos venderam 30% no mercado de ações “a preço de banana”, dizendo que a Petrobras valia 15 bilhões com os tucanos, e hoje vale mais de 100 bilhões. A comandante do Palácio do Planalto também cita o caso Petrobrax, quando os tucanos queriam mudar o nome da empresa para privatiza-la completamente.
Dilma afirmou que a estatal vai explorar um conjunto de bacias que vai garantir seu crescimento e citou a produção de 500 mil barris por dia só no pré-sal. “Candidato, você é engraçado, quando é ruim, pertence ao PT, quando não é, você diz que é de todos, são dois pesos e duas medidas”, discorreu e apontou que Aécio quer privatizar a Petrobras, que mais cedo ou mais tarde ele vai colocar a privatização na pauta.
Violência
Antes, no primeiro bloco, o tucano citou estatísticas sobre homicídios, criticou investimentos do governo na segurança e questionou onde estão as falhas. A petista disse que o governo federal atualmente não é responsável pela segurança, mas que quer assumir essa tarefa. Ela disse que em MG, houve crescimento de 52% dos homicídios, enquanto caiu no Sudeste do País.Em uma nova pergunta, Aécio citou estatísticas sobre a violência e concluiu que, até o final do debate, duas mães estariam chorando as mortes de seus filhos. Ele criticou o governo federal, afirmando que 0,4% do orçamento foi gasto com Segurança Pública – R$ 7,9 bilhões, segundo o tucano.
Dilma apontou que Aécio estava muito pessimista em relação ao crescimento do país, disse que o país não vai crescer 0,3%. Sobre segurança, a presidente disse que vem investindo cada vez mais em segurança pública, e comparou os gastos do governo FHC (R$ 1,2 bilhão) contra o governo atual (que gasta R$ 4,2 bilhões).
Ela ainda colocou em pauta a segurança pública em Minas Gerais durante a gestão tucana, quando aumentou a taxa de homicídios no Estado, enquanto a taxa caiu em toda a região Sudeste no mesmo período. Dilma citou o fato de apenas 400 municípios terem delegacia de polícia.
Fonte: tribunadabahia.com.br