Pamela Devitt foi morta por quatro pit bulls durante passeio em 2013. Alex Donald Jackson poderá pedir condicional depois de cumprir 15 anos.
O dono de cães pit bulls que mataram uma mulher que fazia seu passeio matinal foi sentenciado nesta sexta (3), nos Estados Unidos, a uma pena de no mínimo 15 anos e que pode chegar à perpétua, por homicídio em segundo grau.
O caso de Alex Donald Jackson foi um dos poucos em que um dono de cachorro foi acusado de homicídio por não conseguir conter animais que sabia serem perigosos. Ele só poderá solicitar a liberdade condicional após cumprir 15 anos de prisão.
Pamela Devitt, uma aposentada de 63 anos, estava terminando sua caminhada diária na cidade de Litterock, em maio de 2013, quando quatro cães de Jackson pularam uma cerca e a atacaram na rua.
Ela estava sozinha, não tinha um telefone e não havia ninguém nas proximidades. Quando o socorro chegou, ela tinha levado de 150 a 200 mordidas, dos pés à cabeça, e um braço havia sido arrancado. Ela morreu por perder muito sangue.
“A história dela não deveria ter terminado de forma tão horrível”, disse seu marido, Ben Devitt, enquanto controlava a emoção durante uma declaração na Corte Superior do Condado de Los Angeles.
Devitt disse não acreditar que condenar Jackson à prisão perpétua mudaria algo em sua vida, mas queria fazer com que outros donos de cães soubessem que “não podem ficar aterrorizando seus vizinhos”.
Jackson, de 31 anos, foi inicialmente detido quando policiais que estavam procurando pelos cães descobriram uma plantação de maconha em sua casa. Ele depois foi acusado de homicídio quando o DNA de Devitt foi encontrado no pelo de seus cães, que foram sacrificados.
Jackson não falou durante a leitura da sentença. O advogado de defesa, Al Kim, disse que seu cliente irá recorrer e argumentou que a juíza deveria considerar a condicional por causa do histórico não violento de Jackson.
A juíza Lisa Chung, mencionando a ficha criminal e as violações à condicional de Jackson, rejeitou o argumento. Ela também recusou uma solicitação da promotoria para acrescentar nove anos à sentença por condenações por drogas e porte de arma de fogo. Em vez disso, ela sentenciou Jackson a sete anos por esses crimes, em uma pena a ser cumprida simultaneamente a do homicídio.
Uma condenação por homicídio por uma morte causada por cães é rara.
O ataque fatal a Diane Whipple, no corredor ao lado de fora de seu apartamento em San Francisco, em 2001, levou à condenação de seu vizinho por homicídio em segundo grau.
Um casal em Michigan está enfrentando um julgamento por acusações de homicídio em segundo grau pela morte de um corredor em julho, atacado por dois cane corso, uma espécie de mastiff italiano, perto de sua casa em Detroit.
A tese por trás desses casos é de que o acusado fez algo tão imprudente que deveria saber que aquilo era perigoso suficiente para matar alguém – mesmo sem ter a intenção.
“Seus atos nesse caso mostram que ele tem um descaso quase psicopata pelas vidas e pelo bem-estar dos outros”, disse o procurador adjunto Ryan Williams sobre Jackson em seu memorando sobre a sentença.
A promotoria buscava uma pena de 24 anos à perpétua pelo homicídio e pelas outras acusações combinadas.
No caso de Jackson e em outros semelhantes, os promotores disseram que vizinhos e outras pessoas reclamaram que os cães eram bravos ou perigosos e que os donos não fizeram o suficiente para controlar os animais. Os cães guardavam a plantação de maconha de Jackson e ele sabia que eles eram perigosos, disse Williams.
Os Devitts nunca haviam se encontrado com os cães de Jackson. Eles desviavam de sua casa porque o barulho dos cães interrompia a tranquilidade de suas caminhadas.
Mas nove outras testemunhas, incluindo diversos donos de cavalos e um carteiro, testemunharam sobre sete encontros assustadores. Um dos donos de cavalo teria se oferecido para providenciar gratuitamente uma cerca e ajudar Jackson a instalar o equipamento para manter os cães dentro de sua propriedade, mas Jackson não aceitou a oferta.
Kim disse na quinta que “a pá de cal” para Jackson foi que a quantidade de outros incidentes tornou impossível que ele argumentasse que não estava ciente do perigo que os cães representavam.
No julgamento, Kim reconheceu que Jackson era um traficante, mas também disse que ele era um amante dos cães que abrigava animais abandonados que davam cria. Embora devesse ter mantido uma vigilância maior sobre eles, ele nunca teve a intenção de ferir ninguém.
O irmão mais velho de Jackson, Vincent, falou a favor do irmão na corte. Ele disse que a morte tinha afetado profundamente sua família e que seu irmão se sentia “absolutamente péssimo” sobre o assunto e que nunca quis que alguém fosse ferido por seus cães.
“Isso definitivamente foi algo que mudou as vidas de todos nós”, disse Vincent Jackson. “Acho que manda-lo para a prisão pelo resto de sua vida é uma lição muito dura e severa e esperaria que a corte tivesse alguma misericórdia”.
Fonte: g1.globo.com
O dono de cães pit bulls que mataram uma mulher que fazia seu passeio matinal foi sentenciado nesta sexta (3), nos Estados Unidos, a uma pena de no mínimo 15 anos e que pode chegar à perpétua, por homicídio em segundo grau.
O caso de Alex Donald Jackson foi um dos poucos em que um dono de cachorro foi acusado de homicídio por não conseguir conter animais que sabia serem perigosos. Ele só poderá solicitar a liberdade condicional após cumprir 15 anos de prisão.
Pamela Devitt, uma aposentada de 63 anos, estava terminando sua caminhada diária na cidade de Litterock, em maio de 2013, quando quatro cães de Jackson pularam uma cerca e a atacaram na rua.
Ela estava sozinha, não tinha um telefone e não havia ninguém nas proximidades. Quando o socorro chegou, ela tinha levado de 150 a 200 mordidas, dos pés à cabeça, e um braço havia sido arrancado. Ela morreu por perder muito sangue.
“A história dela não deveria ter terminado de forma tão horrível”, disse seu marido, Ben Devitt, enquanto controlava a emoção durante uma declaração na Corte Superior do Condado de Los Angeles.
Devitt disse não acreditar que condenar Jackson à prisão perpétua mudaria algo em sua vida, mas queria fazer com que outros donos de cães soubessem que “não podem ficar aterrorizando seus vizinhos”.
Jackson, de 31 anos, foi inicialmente detido quando policiais que estavam procurando pelos cães descobriram uma plantação de maconha em sua casa. Ele depois foi acusado de homicídio quando o DNA de Devitt foi encontrado no pelo de seus cães, que foram sacrificados.
Jackson não falou durante a leitura da sentença. O advogado de defesa, Al Kim, disse que seu cliente irá recorrer e argumentou que a juíza deveria considerar a condicional por causa do histórico não violento de Jackson.
A juíza Lisa Chung, mencionando a ficha criminal e as violações à condicional de Jackson, rejeitou o argumento. Ela também recusou uma solicitação da promotoria para acrescentar nove anos à sentença por condenações por drogas e porte de arma de fogo. Em vez disso, ela sentenciou Jackson a sete anos por esses crimes, em uma pena a ser cumprida simultaneamente a do homicídio.
Uma condenação por homicídio por uma morte causada por cães é rara.
O ataque fatal a Diane Whipple, no corredor ao lado de fora de seu apartamento em San Francisco, em 2001, levou à condenação de seu vizinho por homicídio em segundo grau.
Um casal em Michigan está enfrentando um julgamento por acusações de homicídio em segundo grau pela morte de um corredor em julho, atacado por dois cane corso, uma espécie de mastiff italiano, perto de sua casa em Detroit.
A tese por trás desses casos é de que o acusado fez algo tão imprudente que deveria saber que aquilo era perigoso suficiente para matar alguém – mesmo sem ter a intenção.
“Seus atos nesse caso mostram que ele tem um descaso quase psicopata pelas vidas e pelo bem-estar dos outros”, disse o procurador adjunto Ryan Williams sobre Jackson em seu memorando sobre a sentença.
A promotoria buscava uma pena de 24 anos à perpétua pelo homicídio e pelas outras acusações combinadas.
No caso de Jackson e em outros semelhantes, os promotores disseram que vizinhos e outras pessoas reclamaram que os cães eram bravos ou perigosos e que os donos não fizeram o suficiente para controlar os animais. Os cães guardavam a plantação de maconha de Jackson e ele sabia que eles eram perigosos, disse Williams.
Os Devitts nunca haviam se encontrado com os cães de Jackson. Eles desviavam de sua casa porque o barulho dos cães interrompia a tranquilidade de suas caminhadas.
Mas nove outras testemunhas, incluindo diversos donos de cavalos e um carteiro, testemunharam sobre sete encontros assustadores. Um dos donos de cavalo teria se oferecido para providenciar gratuitamente uma cerca e ajudar Jackson a instalar o equipamento para manter os cães dentro de sua propriedade, mas Jackson não aceitou a oferta.
Kim disse na quinta que “a pá de cal” para Jackson foi que a quantidade de outros incidentes tornou impossível que ele argumentasse que não estava ciente do perigo que os cães representavam.
No julgamento, Kim reconheceu que Jackson era um traficante, mas também disse que ele era um amante dos cães que abrigava animais abandonados que davam cria. Embora devesse ter mantido uma vigilância maior sobre eles, ele nunca teve a intenção de ferir ninguém.
O irmão mais velho de Jackson, Vincent, falou a favor do irmão na corte. Ele disse que a morte tinha afetado profundamente sua família e que seu irmão se sentia “absolutamente péssimo” sobre o assunto e que nunca quis que alguém fosse ferido por seus cães.
“Isso definitivamente foi algo que mudou as vidas de todos nós”, disse Vincent Jackson. “Acho que manda-lo para a prisão pelo resto de sua vida é uma lição muito dura e severa e esperaria que a corte tivesse alguma misericórdia”.
Fonte: g1.globo.com