O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) confirmou a sentença e manteve a condenação imposta pelos juízes da primeira vara federal de Sorocaba, Marcos Alves Tavares e Luis Antônio Zanluca, à advogada Rita de Cássia Candiotto, uma das envolvidas no esquema de corrupção dentro da agência local do INSS, investigado pela Polícia Federal dentro da chamada "Operação Zeppelin".
As ações criminosas praticadas desde 2009 consistiam na concessão ou liberação de altos valores devidos aos segurados da Previdência, a partir do recebimento de propina. Outra irregularidade consistia na adulteração do vínculo trabalhista para obtenção de aposentadorias. Rita de Cássia responde pelo crime de corrupção passiva e foi condenada à pena de 8 anos, 10 meses e 3 dias.
Ela está detida em unidade prisional no interior do Estado. Ao todo, 27 condenações, todas elas definitivas, foram decretadas, entre elas as de Cassiana Rodrigues Paes e Palmira de Paula Roldan. Ambas são procuradas pela Justiça. Outros implicados também foram condenados, mas as ações ainda se encontram em grau de recurso.
O esquema do grupo funcionava da seguinte maneira: o funcionário do INSS, Hélio Simoni, falecido em 2012, prestava atendimento ao segurado em sua residência após o expediente no serviço público. Conforme divulgado, ele se fazia passar por advogado e procedia a contagem do tempo de serviço.
Constatado que o segurado tinha o tempo necessário, Simoni dava a opção para que o interessado contratasse ele próprio para encaminhar o trâmite da liberação do benefício na agência. Caso o segurado aceitasse, o próprio Simoni encaminhava o caso para que a advogada Rita, na condição de representante do "cliente", ingressasse com o pedido.
A conduta de Hélio Simoni configurou crime de corrupção passiva, pois o atendimento, que deveria ser feito na agência do INSS, ocorria em sua casa. Como servidor público, ele não poderia receber dinheiro para prestar esse tipo de atendimento. O acusado tinha na prática "dois empregos", "competia com o INSS".
Usava de seus conhecimentos e de informações privilegiadas para exercer a advocacia administrativa. Em seguida, uma profissional habilitada, no caso Rita de Cássia Candiotto, encaminhava o procedimento e ambos recebiam os honorários cobrados. No total, a Operação deu origem a 338 inquéritos (para investigar os crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, estelionato, exploração de prestígio, contra a honra e inserção de dados falsos em sistemas de informações). Atualmente existem 27 condenações com trânsito em julgado, ou seja, contra as quais não cabe mais recurso.
Por José Antônio Rosa
Fonte: cruzeirodosul.inf.br
As ações criminosas praticadas desde 2009 consistiam na concessão ou liberação de altos valores devidos aos segurados da Previdência, a partir do recebimento de propina. Outra irregularidade consistia na adulteração do vínculo trabalhista para obtenção de aposentadorias. Rita de Cássia responde pelo crime de corrupção passiva e foi condenada à pena de 8 anos, 10 meses e 3 dias.
Ela está detida em unidade prisional no interior do Estado. Ao todo, 27 condenações, todas elas definitivas, foram decretadas, entre elas as de Cassiana Rodrigues Paes e Palmira de Paula Roldan. Ambas são procuradas pela Justiça. Outros implicados também foram condenados, mas as ações ainda se encontram em grau de recurso.
O esquema do grupo funcionava da seguinte maneira: o funcionário do INSS, Hélio Simoni, falecido em 2012, prestava atendimento ao segurado em sua residência após o expediente no serviço público. Conforme divulgado, ele se fazia passar por advogado e procedia a contagem do tempo de serviço.
Constatado que o segurado tinha o tempo necessário, Simoni dava a opção para que o interessado contratasse ele próprio para encaminhar o trâmite da liberação do benefício na agência. Caso o segurado aceitasse, o próprio Simoni encaminhava o caso para que a advogada Rita, na condição de representante do "cliente", ingressasse com o pedido.
A conduta de Hélio Simoni configurou crime de corrupção passiva, pois o atendimento, que deveria ser feito na agência do INSS, ocorria em sua casa. Como servidor público, ele não poderia receber dinheiro para prestar esse tipo de atendimento. O acusado tinha na prática "dois empregos", "competia com o INSS".
Usava de seus conhecimentos e de informações privilegiadas para exercer a advocacia administrativa. Em seguida, uma profissional habilitada, no caso Rita de Cássia Candiotto, encaminhava o procedimento e ambos recebiam os honorários cobrados. No total, a Operação deu origem a 338 inquéritos (para investigar os crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, estelionato, exploração de prestígio, contra a honra e inserção de dados falsos em sistemas de informações). Atualmente existem 27 condenações com trânsito em julgado, ou seja, contra as quais não cabe mais recurso.
Por José Antônio Rosa
Fonte: cruzeirodosul.inf.br