http://goo.gl/okWgai | Por recomendação médica, Maria Clara Belluca Pinheiro Ferreira, de 64 anos, voltou a estudar. Ela está cursando psicologia e faz parte dos números divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), acerca do aumento de idosos cursando o ensino superior. Segundo o MEC, o interesse da melhor idade, como é chamada, em estudar é tanto que, neste ano, cerca de 15 mil candidatos com mais de 60 anos se inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que representa um aumento de 42% em comparação ao número de inscritos do ano passado.
"Voltei [a estudar] por uma indicação médica, um neurologista me indicou. Cuidei de minha mãe com Alzheimer e fiquei com muito medo. O médico me disse: 'Quando a senhora se organizar, volte a estudar. É a única maneira de ativar o cérebro", contou. Ela é considerada a 'xodó' da turma do curso de psicologia de uma universidade particular, na capital. Clara voltou a estudar depois de ter criado os filhos, os netos e ainda ter cuidado da mãe.
Na sala de aula, as experiências de vida dela viraram referência para as colegas com bem menos idade. ”Para nós é uma honra, porque a experiência que ela passa para a gente vai ajudar muito futuramente porque o nosso curso tem que pegar as experiências e ela tem bastante e pode passar isso”, comentou a estudante, Soélia Rodrigues Nunes de Souza. "Foi uma experiência riquíssima, porque eles [os alunos] são virtuais e nos ensinam muito. Nossa experiência unida à força jovem pode realizar muita coisa", disse Clara, que estuda junto com Soélia em uma faculdade particular em Cuiabá.
Maria Clara ficou tão entusiasmada em fazer o ensino superior que incentivou a empregada doméstica dela a voltar a estudar. “Ela me incentivou a ter uma expectativa de vida melhor, voltar a estudar esse ano para concluir o ensino médio e depois fazer o curso técnico de enfermagem que é o que eu desejo”, disse Clenilda Rodrigues de Oliveira.
Já Gonçalina Maria de Almeida, funcionária pública aposentada, disse que desde criança sonhava em se formar em direito. "O corpo pode envelhecer, mas a mente só envelhece se você deixar. Porque a nossa mente é renovável, se ela ficar atrofiada ela vai ser uma mente morta, mas se você exercitar, ler todo dia, buscar algo novo, ela se renova”, comenta. Ela conta que quando criança perdeu o pai em um acidente de trabalho e lamenta não ter tido ninguém para lutar pelos direitos dele. “Naquela época eu já pensava em estudar para rever os direitos do meu pai", lembra.
De acordo com a pedagoga Edirles Backes, os alunos com mais de 50 anos são dedicados e se relacionam bem com os colegas de turma. Além disso, frequentar a sala de aula faz com que os idosos tenham mais qualidade de vida. “Amplia o círculo de amizades, amplia os lugares que essa pessoa frequenta. Ela começa a ir a teatro, ao cinema, às livrarias, a fazer uma leitura de mundo maior e a conviver melhor, inclusive com as pessoas em casa. Isso faz com que a autoestima dela melhore. E se motiva mais para cuidar do corpo, para cuidar da saúde, para cuidar de tudo. Para o relacionamento familiar é muito importante, faz muito bem voltar a estudar”, analisa Edirles.
Fonte: g1.globo.com
"Voltei [a estudar] por uma indicação médica, um neurologista me indicou. Cuidei de minha mãe com Alzheimer e fiquei com muito medo. O médico me disse: 'Quando a senhora se organizar, volte a estudar. É a única maneira de ativar o cérebro", contou. Ela é considerada a 'xodó' da turma do curso de psicologia de uma universidade particular, na capital. Clara voltou a estudar depois de ter criado os filhos, os netos e ainda ter cuidado da mãe.
Na sala de aula, as experiências de vida dela viraram referência para as colegas com bem menos idade. ”Para nós é uma honra, porque a experiência que ela passa para a gente vai ajudar muito futuramente porque o nosso curso tem que pegar as experiências e ela tem bastante e pode passar isso”, comentou a estudante, Soélia Rodrigues Nunes de Souza. "Foi uma experiência riquíssima, porque eles [os alunos] são virtuais e nos ensinam muito. Nossa experiência unida à força jovem pode realizar muita coisa", disse Clara, que estuda junto com Soélia em uma faculdade particular em Cuiabá.
Maria Clara ficou tão entusiasmada em fazer o ensino superior que incentivou a empregada doméstica dela a voltar a estudar. “Ela me incentivou a ter uma expectativa de vida melhor, voltar a estudar esse ano para concluir o ensino médio e depois fazer o curso técnico de enfermagem que é o que eu desejo”, disse Clenilda Rodrigues de Oliveira.
Já Gonçalina Maria de Almeida, funcionária pública aposentada, disse que desde criança sonhava em se formar em direito. "O corpo pode envelhecer, mas a mente só envelhece se você deixar. Porque a nossa mente é renovável, se ela ficar atrofiada ela vai ser uma mente morta, mas se você exercitar, ler todo dia, buscar algo novo, ela se renova”, comenta. Ela conta que quando criança perdeu o pai em um acidente de trabalho e lamenta não ter tido ninguém para lutar pelos direitos dele. “Naquela época eu já pensava em estudar para rever os direitos do meu pai", lembra.
De acordo com a pedagoga Edirles Backes, os alunos com mais de 50 anos são dedicados e se relacionam bem com os colegas de turma. Além disso, frequentar a sala de aula faz com que os idosos tenham mais qualidade de vida. “Amplia o círculo de amizades, amplia os lugares que essa pessoa frequenta. Ela começa a ir a teatro, ao cinema, às livrarias, a fazer uma leitura de mundo maior e a conviver melhor, inclusive com as pessoas em casa. Isso faz com que a autoestima dela melhore. E se motiva mais para cuidar do corpo, para cuidar da saúde, para cuidar de tudo. Para o relacionamento familiar é muito importante, faz muito bem voltar a estudar”, analisa Edirles.
Fonte: g1.globo.com