http://goo.gl/CLInAI | A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiu suspender um aluno que teria ameaçado acadêmicas de agressão dentro do campus, em Cuiabá, e ainda mostrado o órgão genital para elas, em uma das ocasiões. O estudante, de 34 anos, cursa filosofia e não poderá frequentar as aulas por um período de 30 dias, conforme consta da portaria publicada por meio do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS).
Conforme relatos das vítimas, os casos estariam ocorrendo desde março do ano passado e, em uma das situações, ele supostamente teria feito ameaças de jogar ácido nas estudantes e até mesmo comprar uma arma para atirar contra elas. O grupo denunciou o rapaz à diretoria do ICHS, que abriu um processo disciplinar contra ele para investigar os fatos.
A pró-reitora de Assistência Estudantil, Míriam de Moura Serra, disse que a comissão constituída para apurar as denúncias concluiu que o acadêmico causou danos às estudantes. A comissão emitiu parecer reconhecendo que ele cometeu uma ação inadequada no campus. “Quando temos normas infringidas na instituição e se há esse reconhecimento durante o procedimento aberto para apurar a situação, o aluno é suspenso, como ocorreu nesse caso”, explicou a pró-reitora em entrevista ao G1, ao destacar também que a decisão cabe recurso no Conselho Superior da Universidade. Porém, até a publicação desta reportagem o aluno não havia recorrido.
Míriam Serra contou também que além de não poder frequentar as aulas, foi solicitado ao acadêmico que faça acompanhamento psicológico na Pró-Reitoria de Assistência Estudantil. Ele já está sendo atendido por um psicólogo, de acordo com a pró-reitora, que realiza entrevistas e fará avaliações uma vez por semana.
Contudo, se o estudante voltar a praticar as ameaças ou outras atitudes já denunciadas, ele poderá ser expulso da UFMT. “Se ocorrer uma recorrência e isso for denunciado, vai ser novamente apurado. Entretanto, com outros olhos porque a situação é outra. Temos três tipos de penalidades para os universitários, que são advertência, suspensão e o desligamento da universidade”, concluiu.
A investigadora da Polícia Civil Maria Rosymeire de Souza disse que pelo menos três boletins de ocorrência foram registrados nesse ano com as mesmas características na UFMT.
Uma estudante do curso de ciências sociais acredita que apenas punir o aluno não resolverá o problema. “A gente acredita que não é punindo com cadeia que vai resolver, porque ele tem consciência do que está fazendo e muitas vezes o sistema carcerário piora a pessoa. Mas também não é expulsando que vai fazer com que ele pare. A universidade precisa criar programas de apoio. A gente fica com medo de vir estudar, procura andar em grupos, não responder aos assédios, xingamentos”, comentou.
Outra aluna, que também preferiu não se identificar, disse ter sido ameaçada de morte pelo aluno durante uma reunião estudantil, pois na época ela estaria orientando uma garota sobre como registrar o boletim de ocorrência. “Existem momentos em que ele parece muito lúcido com o que está falando, mas em outros momentos ele sai de si totalmente”, frisou.
Fonte: g1.globo.com
Conforme relatos das vítimas, os casos estariam ocorrendo desde março do ano passado e, em uma das situações, ele supostamente teria feito ameaças de jogar ácido nas estudantes e até mesmo comprar uma arma para atirar contra elas. O grupo denunciou o rapaz à diretoria do ICHS, que abriu um processo disciplinar contra ele para investigar os fatos.
A pró-reitora de Assistência Estudantil, Míriam de Moura Serra, disse que a comissão constituída para apurar as denúncias concluiu que o acadêmico causou danos às estudantes. A comissão emitiu parecer reconhecendo que ele cometeu uma ação inadequada no campus. “Quando temos normas infringidas na instituição e se há esse reconhecimento durante o procedimento aberto para apurar a situação, o aluno é suspenso, como ocorreu nesse caso”, explicou a pró-reitora em entrevista ao G1, ao destacar também que a decisão cabe recurso no Conselho Superior da Universidade. Porém, até a publicação desta reportagem o aluno não havia recorrido.
Míriam Serra contou também que além de não poder frequentar as aulas, foi solicitado ao acadêmico que faça acompanhamento psicológico na Pró-Reitoria de Assistência Estudantil. Ele já está sendo atendido por um psicólogo, de acordo com a pró-reitora, que realiza entrevistas e fará avaliações uma vez por semana.
Contudo, se o estudante voltar a praticar as ameaças ou outras atitudes já denunciadas, ele poderá ser expulso da UFMT. “Se ocorrer uma recorrência e isso for denunciado, vai ser novamente apurado. Entretanto, com outros olhos porque a situação é outra. Temos três tipos de penalidades para os universitários, que são advertência, suspensão e o desligamento da universidade”, concluiu.
A investigadora da Polícia Civil Maria Rosymeire de Souza disse que pelo menos três boletins de ocorrência foram registrados nesse ano com as mesmas características na UFMT.
Vítimas
Uma das vítimas, uma aluna de 21 anos, que preferiu não ter o nome divulgado, disse que ela e outras estudantes tentaram registrar o boletim pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, mas não conseguiram, pois não havendo um vínculo familiar com o suspeito ambas as partes seriam encaminhadas para uma audiência de conciliação. “A gente foi na intenção de conseguir alguma medida protetiva, mas isso iria nos expor. Teríamos que ir na audiência e ficar de frente com ele. Ele assinaria um papel se comprometendo a não fazer mais, mas ele poderia sair de lá e fazer qualquer coisa contra a gente”, observou.Uma estudante do curso de ciências sociais acredita que apenas punir o aluno não resolverá o problema. “A gente acredita que não é punindo com cadeia que vai resolver, porque ele tem consciência do que está fazendo e muitas vezes o sistema carcerário piora a pessoa. Mas também não é expulsando que vai fazer com que ele pare. A universidade precisa criar programas de apoio. A gente fica com medo de vir estudar, procura andar em grupos, não responder aos assédios, xingamentos”, comentou.
Outra aluna, que também preferiu não se identificar, disse ter sido ameaçada de morte pelo aluno durante uma reunião estudantil, pois na época ela estaria orientando uma garota sobre como registrar o boletim de ocorrência. “Existem momentos em que ele parece muito lúcido com o que está falando, mas em outros momentos ele sai de si totalmente”, frisou.
Fonte: g1.globo.com