Muita gente desiste do projeto de se preparar para concurso público quando descobre que vai precisar estudar disciplinas que nunca viu antes. E, nesse quesito, o direito constitucional e o direito administrativo são campeões de frequência nos editais, logo atrás do português, mesmo em concursos para nível médio.
Na prática, o estudo de qualquer ramo do direito funciona mais ou menos de acordo com os mesmos critérios.
Como fazer
Em primeiro lugar, é importante não criar uma reação negativa por ser um assunto novo. É preciso compreender o que é a matéria, de forma geral, e como se relaciona com as outras disciplinas do direito. Isso acontece a partir do acompanhamento da aula ou da introdução de um bom livro do assunto.Quando falamos de direito, falamos basicamente de teoria e leis, e ambas são igualmente importantes. Assim, o melhor é primeiro buscar entender as linhas gerais e os pontos mais relevantes para, depois, buscar o texto mesmo da lei em questão.
Material de estudo
Os livros utilizados devem ser específicos para concurso, porque utilizam linguagem mais simples e abordagem direta, de acordo com o que costuma ser cobrado nas provas. O vocabulário jurídico possui termos bastante específicos e, se a abordagem do autor for muito prolixa, o candidato poderá ter dificuldade para entender os conceitos. Assim, os livros de faculdade não são os mais adequados, porque são elaborados para quem vai exercer a profissão e precisará mergulhar mesmo no mundo jurídico.As leis podem ser compradas em livrarias ou baixadas gratuitamente na Internet. Para a Constituição, códigos e outras leis federais, pesquisar em www.planalto.gov.br. Leis de outras esferas, pesquisar na página da assembleia ou câmara legislativa respectiva. É sempre interessante ter a lei encadernada, para poder manuseá-la de forma mais prática.
Provas anteriores
Depois que o candidato considerar concluída a primeira etapa de estudo –quando tiver ido até o fim da matéria-, é importante iniciar a resolução de provas anteriores daquela disciplina, de mesmo nível de escolaridade para o qual está se preparando. Isso permite que o candidato confronte o seu conhecimento teórico com o mundo real dos concursos. Pode acontecer de o candidato perceber que abordou todos os pontos, mas de forma superficial, e precisa aprofundar o estudo. Ou, que está bem em alguns conteúdos, mas tem desempenho insuficiente em outros itens. Ou, até, pode descobrir que há tópicos que não foram estudados.A etapa seguinte será refinar o estudo para superar as deficiências detectadas.
Doutrina e jurisprudência
Em alguns casos, o estudo da legislação e da sua aplicação não é suficiente para o candidato ser bem sucedido nas provas. Dependendo do tipo de cargo almejado, é preciso conhecer as divergências doutrinárias (os autores/doutores que estudam o assunto têm opiniões diferentes sobre um mesmo tema) e a jurisprudência (diversos julgamentos com decisões similares).Isso pode surpreender alguns candidatos, mas também não é um problema, desde que se adote a providência adequada – ampliar o foco do estudo – se isso for necessário, a partir da consulta a bons livros sobre o assunto. Para concursos mais complexos, o candidato deve cadastrar-se gratuitamente para receber os informativos do STF e ficar bem informado sobre assuntos relevantes que podem vir a ser cobrados em prova.
Fazer algum curso, presencial, a distância ou que podem ser baixados na internet em arquivo pdf pode ser importante, em especial no estudo de disciplinas de direito, para ajudar o aluno a saber até onde aprofundar e onde encontrar os melhores materiais.
Edital publicado
Quando o edital sair, o candidato precisará verificar todos os pontos que compõe o conteúdo programático e checar se já foram estudados. Será hora de priorizar os itens novos, se houver, e apenas revisar o que está sedimentado. Esta é a vantagem do estudo antecipado.Também é importante resolver muitas provas anteriores da banca que vai organizar o concurso, porque conhecer o estilo de questões e o que a banca costuma cobrar permite fazer o ajuste final no estudo.
Há tópicos que sempre constam dos editais e, dentro desses, há os mais cobrados pelas bancas examinadoras.
Fonte: curso forum