Faculdade nos EUA é acusada de usar strippers para angariar alunos

http://goo.gl/PvyF3t | Uma faculdade no estado da Flórida, nos EUA, foi acusada de utilizar strippers como agentes de admissão, na tentativa de atrair alunos, além de falsificar documentos e coagir estudantes a mentirem em documentos para obtenção de milhões de dólares em recursos federais, conforme um processo aberto em Miami.

Em pelo menos um dos sete campi, a FastTrain College “contratou propositalmente mulheres e strippers e as encorajou a dançarem de maneira provocante, enquanto recrutavam jovens para estudarem na instituição”, de acordo com o texto da ação.

O procurador-geral da Flórida e dos EUA, situado em Miami, anunciaram que também entrarão no processo contra a faculdade e seu antigo dono, Alejandro Amor, de 56 anos. O americano, natural de Coral Gables, foi indiciado criminalmente em outubro desse ano e é acusado de conspiração e roubo de dinheiro do governo.

Amor negou as acusações à Justiça, mas não respondeu os pedidos de contato feito por jornalistas.

A ação aponta que a FastTrain e seu dono obtiveram milhões de dólares de maneira fraudulenta, utilizando falsos pedidos de subvenção (geralmente emitidos por instituições sem fins lucrativos) ao menos desde 2009 até junho de 2012, quando a faculdade foi fechada durante uma operação do FBI.

A FastTrain é apontada também como responsável por falsificar diplomas para estudantes que não tinham direito de recebê-los, já que nunca terminaram o ensino médio e, por isso, não seriam qualificados para entrarem em programas de ensino.

Para ter acesso ao dinheiro, a escola primeiro precisava que os estudantes fossem às aulas pelo menos por 30 dias. E, caso não comparecessem, a FastTrain falsificava os registros de presença ou alteravam a data de ingresso, para que pudessem coletar o dinheiro mais rápido.

O crescimento de universidades com fins lucrativos, que são operadas por organizações privadas ou corporações, foi expressivo na Flórida e em outras partes do país. Com esse aumento, a quantidade de denúncias e processos feitos por antigos funcionários também aumentou.

No caso da FastTrain, o responsável pelo processo original foi Juan Pena, que trabalhava no setor de admissões, e só ganhou força depois que o governo entrou no caso.

Ex-estudantes da instituição afirmam que ainda sofrem com débitos de empréstimos estudantis, e que o processo identifica ao menos 160 alunos que são considerados devedores. Aqueles que estavam cursando durante a operação do FBI podem ter os empréstimos desconsiderados, já que existe uma disposição do governo para casos de instituições de ensino que são fechadas.

Fonte: g1.globo.com
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