Justiça investiga denúncia de empréstimo de armas a juiz

http://goo.gl/fLvKKr | A Corregedoria Geral de Justiça de Minas Gerais investiga o juiz Amaury de Lima e Souza por denúncia de recebimento de dois fuzis calibre 556 e carregadores. O magistrado, afastado da Vara de Execuções Criminais de Juiz de Fora, está preso desde junho por suposto envolvimento com crimes como tráfico de drogas, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. O advogado do juiz nega todas as acusações.

Na última semana, a abertura de um inquérito para investigar a denúncia, feita pelo Ministério Público Estadual, foi autorizada por um órgão especial composto por 25 desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O juiz está detido no 18º Batalhão da Polícia Militar, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Em junho, Amaury de Lima e Souza teve a prisão preventiva decretada no processo que apura o envolvimento dele com o tráfico de drogas. Na ocasião, a então relatora, desembargadora Márcia Milanez, destacou que as investigações apontavam a existência de um grupo que atuava na “comercialização de decisões judiciais e no fornecimento de informações sigilosas à organização diversa, atuante no tráfico ilícito de entorpecentes”. O atual relator do processo é o desembargador Antônio Carlos Cruvinel.

O magistrado Amaury de Lima também é investigado pela Polícia Federal (PF), que em junho deste ano realizou a operação Athos, com o objetivo de desmontar uma quadrilha de tráfico internacional de drogas que agia em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Conforme reportagem do Fantástico, exibida no último dia 27 de julho, ao investigar a quadrilha, a polícia encontrou várias sentenças assinadas pelo juiz, beneficiando traficantes, clientes da advogada Andrea Elizabeth de Leão Rodrigues. Atualmente, Andrea está presa no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, na capital mineira.

Procurado pelo G1, o advogado de Souza, Gustavo Carneiro Mendes, negou as acusações. Segundo ele, a informação de que o juiz teria recebido as armas em 2011 partiu de uma denúncia anônima.

“O que causa estranheza é que apesar de ter sido feita no ano de 2014, o denunciante anônimo afirmou com riqueza de detalhes, como data e horários, o que demonstra a inveracidade, visto que já se passaram mais de três anos do suposto ocorrido”, afirmou o defensor.

Fonte: g1.globo.com
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