http://goo.gl/OpCFOj | A educação é a base do desenvolvimento do homem. Segundo Nelson Mandela “é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”. Infelizmente, essa arma para os alunos de escolas públicas não está com a principal munição: o conhecimento.
A educação nas escolas públicas do Rio de Janeiro é uma vergonha. Todos os dias recebo diversos alunos de escolas municipais e estaduais reclamando da falta de professores, tempos vagos, e falta de aulas nas escolas. O que faz com que os alunos se desanimem para estudar. Acordar às 6 horas da manhã, enfrentar a dificuldade no transporte público e transito caótico para chegar na escola e ficar no famoso “tempo vago” é um absurdo com a educação de nossas crianças e jovens.
É imensurável a perda de conhecimento dos alunos. Enquanto nas escolas particulares os alunos do ensino médio estudam em horários prolongados, é cada vez menor a quantidade de aulas dos alunos da escola pública. E o resultado vai refletir na vida destes jovens na concorrência do Enem, nos vestibulares e no caminho profissional. Os resultados do Enem expõem a péssima qualidade do ensino público.
De que adianta ir à escola se não tem professor para ensinar? Para piorar, há a burocracia na emissão do cartão de gratuidade no transporte. Leva mais de um mês para os alunos receberem. Quantos alunos não têm condições de pagar o absurdo que se cobra no transporte público? A despesa com passagem mensal gira em torno de R$ 140 por aluno, isso se o mesmo usar duas passagens por dia.
São muitos adolescentes que NÃO SABEM LER e muitos jovens que não sabem sequer escrever uma redação. Os resultados da Prova Brasil realizada em novembro de 2014 define o ensino publico no Brasil como ruim, desigual e estagnado. Os resultados mostraram que mais de 65% dos alunos brasileiros no 5º ano da escola pública não sabem reconhecer as formas básicas geométricas. Cerca de 60% não conseguem localizar informações explícitas numa reportagem ou história. No 9º ano, 90% não sabem converter uma medida dada em metros para centímetros e quase 90% não conseguem apontar a ideia principal de uma crônica.
A falta de motivação para os professores, também, ocasiona danos irreparáveis no processo de educação. São muitos professores que dão aulas não preparadas, solicitam pesquisas sem ensinar como pesquisar e fazem de tudo na sala de aula, menos dar uma aula de maneira interessante e sedutora que construa jovens com conhecimento e cidadania.
O direito a educação está sendo negado. E esse é o motivo do alto índice de evasão escolar. Nas favelas do Rio se concentram o maior índice de crianças e adolescentes que deixaram a escola. Só a Rocinha tem 17,1% de crianças de 6 a 14 anos fora da escola, segundo levantamento da Casa Fluminense. E poderia continuar aqui falando da vergonha que são as creches comunitárias, do valor percapta miserável repassado pela prefeitura para essas instituições, entre outros casos que prejudicam a formação de nossas crianças.
As escolas precisam oferecer conteúdos e aulas e não apenas vagas para os alunos. Todos esses fatores são o que refletem a criminalidade nas favelas e nas periferias. Não adianta andar de trás para frente, investindo em combate ao crime, se não se oferece oportunidades verdadeiras para que as crianças tenham acesso de qualidade à educação. É uma bola de neve que no final desaba sobre as vidas dos menos favorecidos, dos pobres.
Por Davison Coutinho
Fonte: jb.com.br
A educação nas escolas públicas do Rio de Janeiro é uma vergonha. Todos os dias recebo diversos alunos de escolas municipais e estaduais reclamando da falta de professores, tempos vagos, e falta de aulas nas escolas. O que faz com que os alunos se desanimem para estudar. Acordar às 6 horas da manhã, enfrentar a dificuldade no transporte público e transito caótico para chegar na escola e ficar no famoso “tempo vago” é um absurdo com a educação de nossas crianças e jovens.
É imensurável a perda de conhecimento dos alunos. Enquanto nas escolas particulares os alunos do ensino médio estudam em horários prolongados, é cada vez menor a quantidade de aulas dos alunos da escola pública. E o resultado vai refletir na vida destes jovens na concorrência do Enem, nos vestibulares e no caminho profissional. Os resultados do Enem expõem a péssima qualidade do ensino público.
De que adianta ir à escola se não tem professor para ensinar? Para piorar, há a burocracia na emissão do cartão de gratuidade no transporte. Leva mais de um mês para os alunos receberem. Quantos alunos não têm condições de pagar o absurdo que se cobra no transporte público? A despesa com passagem mensal gira em torno de R$ 140 por aluno, isso se o mesmo usar duas passagens por dia.
São muitos adolescentes que NÃO SABEM LER e muitos jovens que não sabem sequer escrever uma redação. Os resultados da Prova Brasil realizada em novembro de 2014 define o ensino publico no Brasil como ruim, desigual e estagnado. Os resultados mostraram que mais de 65% dos alunos brasileiros no 5º ano da escola pública não sabem reconhecer as formas básicas geométricas. Cerca de 60% não conseguem localizar informações explícitas numa reportagem ou história. No 9º ano, 90% não sabem converter uma medida dada em metros para centímetros e quase 90% não conseguem apontar a ideia principal de uma crônica.
A falta de motivação para os professores, também, ocasiona danos irreparáveis no processo de educação. São muitos professores que dão aulas não preparadas, solicitam pesquisas sem ensinar como pesquisar e fazem de tudo na sala de aula, menos dar uma aula de maneira interessante e sedutora que construa jovens com conhecimento e cidadania.
O direito a educação está sendo negado. E esse é o motivo do alto índice de evasão escolar. Nas favelas do Rio se concentram o maior índice de crianças e adolescentes que deixaram a escola. Só a Rocinha tem 17,1% de crianças de 6 a 14 anos fora da escola, segundo levantamento da Casa Fluminense. E poderia continuar aqui falando da vergonha que são as creches comunitárias, do valor percapta miserável repassado pela prefeitura para essas instituições, entre outros casos que prejudicam a formação de nossas crianças.
As escolas precisam oferecer conteúdos e aulas e não apenas vagas para os alunos. Todos esses fatores são o que refletem a criminalidade nas favelas e nas periferias. Não adianta andar de trás para frente, investindo em combate ao crime, se não se oferece oportunidades verdadeiras para que as crianças tenham acesso de qualidade à educação. É uma bola de neve que no final desaba sobre as vidas dos menos favorecidos, dos pobres.
Por Davison Coutinho
Fonte: jb.com.br