http://goo.gl/WCYTpR | O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) recebeu mais duas denúncias contra o suposto serial killer, o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 27 anos. Os casos são referentes aos assassinatos de Denílson Ferreira de Freitas e de Valdivino Luiz Ribeiro, este último morador de rua. Em relação à primeira vítima, o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, decretou a prisão preventiva do acusado.
O vigilante está preso desde 14 de outubro do ano passado no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Inicialmente, Tiago confessou à Polícia Civil ter matado 39 pessoas em Goiás desde 2011. Depois, em depoimentos na companhia de advogados, reduziu o número para 29.
A morte de Denílson ocorreu em 28 de fevereiro do ano passado, dentro de um bar no Centro de Goiânia. De acordo com o processo, Tiago executou o homem a mando da ex-mulher da vítima, Waldirene Oliveira Manduca. Segundo o juiz, em função das presentes provas da materialidade do crime, também foi decretada a prisão preventiva da suspeita.
Na denúncia, o promotor de Justiça Rodrigo Félix Bueno pede a condenação de Tiago por homicídio qualificado por motivo torpe e mediante paga, recurso que dificultou a defesa da vítima. Segundo ele, o vigilante recebeu R$ 1 mil de Waldirene para cometer o assassinato, foi até o bar e simulou um assalto, mas o alvo era Denílson, que foi baleado na cabeça e não resistiu aos ferimentos.
“Além do recebimento da importância em dinheiro para a execução do crime, o indiciado Tiago também o praticou pela satisfação mórbida de prazer que sentia ao matar pessoas, tendo sua 'raiva' aliviada quando o fazia. Por sua vez, Waldirene contratou Tiago para a execução do crime movida por um sentimento de egoísmo puro, repugnante, torpe mesmo, surgido do relacionamento que havia mantido com a vítima, há pouco tempo rompido”, destacou o promotor.
Ao decidir pela decretação da prisão preventiva dos dois acusados, o juiz Jesseir de Alcântara afirmou que estava se fundamentando “na garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e na garantia da aplicação da lei penal”.
Com relação à ex-mulher da vítima, segundo o magistrado, a prisão faz-se necessária pelo fato de ter se mudado sem informar as autoridades o seu novo endereço, colocando em risco a aplicação da lei.
O G1 tenta contato com a defesa do vigilante, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem. A defesa de Waldirene, que não havia sido presa até a manhã deste sábado (25), não foi localizada.
De acordo com o promotor de Justiça Maurício Gonçalves Camargo, responsável pela denúncia, a vítima dormia na marquise de uma lanchonete no Centro, quando o vigilante chegou em uma motocicleta, se aproximou e disparou um tiro com revólver calibre 38. O morador de rua morreu na hora.
Por conta do crime, o promotor pediu que Tiago seja condenado por homicídio, com as qualificadoras de motivo torpe e utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima.
A defesa de Tiago recorreu das decisões que definiram que o réu deve ir a júri popular pelas mortes das estudantes Bárbara Luiza Ribeiro e Ana Lídia Gomes de Sousa, ambas de 14 anos.
Os demais processos contra o vigilante tramitam na 2ª Vara Criminal, que já realizou as audiências dos casos de Ana Maria Victor Duarte e Wanessa Oliveira Felipe.
Também estão marcadas quatro audiências preliminares dos processos referentes às mortes de Adailton dos Santos Faria, às 14h do próximo dia 28; de Bruna Gleyciele Barbosa, às 14h de 4 de maio; de Ana Rita de Lima e Mauro Ferreira Nunes, a partir das 13h30 do dia 5 de maio; de Beatriz Cristina Oliveira Moura, no dia 19 de maio, às 13h30; e de Rosirene Gualberto da Silva, no dia 19 de maio, às 15h.
Segundo o processo, os crimes ocorreram em um intervalo de tempo inferior a um mês. O primeiro aconteceu no dia 6 de setembro de 2014. Segundo o inquérito policial, Tiago chegou ao local em uma motocicleta preta, com capacete e entrou, armado, na agência lotérica. Ele ameaçou três mulheres que estavam no local, roubou R$ 3,9 mil do estabelecimento e saiu calmamente.
Ainda segundo a investigação policial, dias depois, em 1º de outubro, o criminoso voltou à agência. Da mesma forma que no primeiro roubo, Tiago estacionou a motocicleta e entrou no estabelecimento com capacete e armado. Neste segundo assalto, ele roubou R$ 8 mil da lotérica. Ninguém se feriu.
Responsável por julgar a autoria dos assaltos, a juíza Placidina Pires, da 10ª Vara Criminal do TJ-GO, não permitiu que Tiago recorresse da decisão em liberdade. Ela considerou o laudo da junta médica do órgão que classifica o réu como psicopata e imputável, ou seja, plenamente capaz de responder pelos seus atos.
“Por receio de que, em liberdade, ele faça novas vítimas, diante da gravidade das condutas perpetradas, circunstância que evidencia a sua periculosidade social”, defendeu a magistrada.
Fonte: G1
O vigilante está preso desde 14 de outubro do ano passado no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Inicialmente, Tiago confessou à Polícia Civil ter matado 39 pessoas em Goiás desde 2011. Depois, em depoimentos na companhia de advogados, reduziu o número para 29.
A morte de Denílson ocorreu em 28 de fevereiro do ano passado, dentro de um bar no Centro de Goiânia. De acordo com o processo, Tiago executou o homem a mando da ex-mulher da vítima, Waldirene Oliveira Manduca. Segundo o juiz, em função das presentes provas da materialidade do crime, também foi decretada a prisão preventiva da suspeita.
Na denúncia, o promotor de Justiça Rodrigo Félix Bueno pede a condenação de Tiago por homicídio qualificado por motivo torpe e mediante paga, recurso que dificultou a defesa da vítima. Segundo ele, o vigilante recebeu R$ 1 mil de Waldirene para cometer o assassinato, foi até o bar e simulou um assalto, mas o alvo era Denílson, que foi baleado na cabeça e não resistiu aos ferimentos.
“Além do recebimento da importância em dinheiro para a execução do crime, o indiciado Tiago também o praticou pela satisfação mórbida de prazer que sentia ao matar pessoas, tendo sua 'raiva' aliviada quando o fazia. Por sua vez, Waldirene contratou Tiago para a execução do crime movida por um sentimento de egoísmo puro, repugnante, torpe mesmo, surgido do relacionamento que havia mantido com a vítima, há pouco tempo rompido”, destacou o promotor.
Ao decidir pela decretação da prisão preventiva dos dois acusados, o juiz Jesseir de Alcântara afirmou que estava se fundamentando “na garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e na garantia da aplicação da lei penal”.
Com relação à ex-mulher da vítima, segundo o magistrado, a prisão faz-se necessária pelo fato de ter se mudado sem informar as autoridades o seu novo endereço, colocando em risco a aplicação da lei.
O G1 tenta contato com a defesa do vigilante, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem. A defesa de Waldirene, que não havia sido presa até a manhã deste sábado (25), não foi localizada.
Morador de rua
A segunda acusação apresentada à Justiça contra o suposto serial killer foi referente à morte de Valdivino Luiz Ribeiro, que era alcoólatra e morava nas ruas da capital. O crime ocorreu em 11 de outubro de 2012.De acordo com o promotor de Justiça Maurício Gonçalves Camargo, responsável pela denúncia, a vítima dormia na marquise de uma lanchonete no Centro, quando o vigilante chegou em uma motocicleta, se aproximou e disparou um tiro com revólver calibre 38. O morador de rua morreu na hora.
Por conta do crime, o promotor pediu que Tiago seja condenado por homicídio, com as qualificadoras de motivo torpe e utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Processos
Além das duas novas denúncias, tramitam no Tribunal de Justiça, até este sábado, 25 processos de homicídio que têm Tiago como réu. Destes, 20 estão na 1ª Vara Criminal, onde já foram realizadas 11 audiências referentes aos casos de Rosirene Gualberto, Ana Lídia Sousa, Bárbara Luiza Ribeiro, Ana Karla Lemes, Thamara Conceição, Taynara Rodrigues, Isadora Cândido, Lilian Sissi, Juliana Neubia, Arlete dos Anjos e Pedro Henrique de Paula.A defesa de Tiago recorreu das decisões que definiram que o réu deve ir a júri popular pelas mortes das estudantes Bárbara Luiza Ribeiro e Ana Lídia Gomes de Sousa, ambas de 14 anos.
Os demais processos contra o vigilante tramitam na 2ª Vara Criminal, que já realizou as audiências dos casos de Ana Maria Victor Duarte e Wanessa Oliveira Felipe.
Também estão marcadas quatro audiências preliminares dos processos referentes às mortes de Adailton dos Santos Faria, às 14h do próximo dia 28; de Bruna Gleyciele Barbosa, às 14h de 4 de maio; de Ana Rita de Lima e Mauro Ferreira Nunes, a partir das 13h30 do dia 5 de maio; de Beatriz Cristina Oliveira Moura, no dia 19 de maio, às 13h30; e de Rosirene Gualberto da Silva, no dia 19 de maio, às 15h.
Condenação
No último dia 15, a Justiça condenou o suposto serial killer a 12 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por ter assaltado duas vezes a mesma agência lotérica do Setor Central, em Goiânia. A decisão ainda cabe recurso.Segundo o processo, os crimes ocorreram em um intervalo de tempo inferior a um mês. O primeiro aconteceu no dia 6 de setembro de 2014. Segundo o inquérito policial, Tiago chegou ao local em uma motocicleta preta, com capacete e entrou, armado, na agência lotérica. Ele ameaçou três mulheres que estavam no local, roubou R$ 3,9 mil do estabelecimento e saiu calmamente.
Ainda segundo a investigação policial, dias depois, em 1º de outubro, o criminoso voltou à agência. Da mesma forma que no primeiro roubo, Tiago estacionou a motocicleta e entrou no estabelecimento com capacete e armado. Neste segundo assalto, ele roubou R$ 8 mil da lotérica. Ninguém se feriu.
Responsável por julgar a autoria dos assaltos, a juíza Placidina Pires, da 10ª Vara Criminal do TJ-GO, não permitiu que Tiago recorresse da decisão em liberdade. Ela considerou o laudo da junta médica do órgão que classifica o réu como psicopata e imputável, ou seja, plenamente capaz de responder pelos seus atos.
“Por receio de que, em liberdade, ele faça novas vítimas, diante da gravidade das condutas perpetradas, circunstância que evidencia a sua periculosidade social”, defendeu a magistrada.
Fonte: G1