http://goo.gl/EQH58l | Um homem de 29 anos, aluno do curso de produção fonográfica das Faculdades Integradas Barros Melo (Aeso), localizada em Olinda, foi flagrado, nesta terça-feira (05), filmando uma aluna do curso de design de moda, no banheiro feminino do segundo andar da instituição. Alertados pelos gritos da estudante, colegas que passavam no corredor conseguiram segurá-lo até a chegada do grupo de segurança da faculdade, que conduziu ambos para a delegacia do bairro de Casa Caiada.
"A vítima notou que tinha alguma coisa acontecendo e quando virou-se, ela viu. Na hora que ela deu o alerta aos colegas, eles o prenderam", diz o delegado Paulo Rameh, que registrou o flagrante. Após conversar com agressor e vítima, o delegado repassou mais detalhes sobre a investigação. "Ele falou que não tinha essa prática, foi um impulso, a primeira vez. Disse também que não tinha interesse na moça, que foi uma fraqueza da parte dele. De qualquer forma, como nós temos imagens no celular dele que foi apreendido e vai passar por perícia, vamos ter a continuação das investigações", afirmou.
A estudante, por sua vez, levantou a hipótese de essa ocorrência não ter sido a primeira. "A vítima afirma que conhece uma outra moça que pode ter sido vítima dele. Amanhã, o delegado [do bairro] de Peixinhos deverá estar recebendo essa outra pessoa. Se bater a imagem que tem no celular com essa moça estará configurada mais uma contravenção penal da mesma natureza", explicou Paulo Rameh.
Em função da legislação penal brasileira não ter um crime que especifique o ocorrido nesse caso, o delegado afirmou que o flagrante será registrado sob o artigo 61 da Lei das Contravenções Penais, que tipifica a chamada importunação ofensiva ao pudor. "Ele vai assinar um TCO [termo circunstanciado de ocorrência] e responder em liberdade. Não há fiança porque a pena para isso está abaixo de dois anos. E mesmo que ele negue, há prova inconteste da imagem da moça no celular dele, que foi apreendido com ele", assegura o delegado.
As investigações serão transferidas para a delegacia de Peixinhos, pois é o bairro onde está localizada a faculdade. "Nós precisamos, através da continuidade das investigações, poder determinar há quanto tempo ele vem praticando isso. Também vamos saber se ele chegou a ter tempo de publicar em redes sociais ou se repassou essas imagens para alguém conhecido... Isso complicaria ainda mais a situação dele. Se nós descobrirmos que ele chegou a divulgar as imagens, vamos buscar na legislação de crimes cibernéticos algum artigo mais rigoroso que possa enquadrar esse fato. No caso de hoje, como não houve tempo de fazer a divulgação, a vítima tem direito a pedir uma indenização, no âmbito civil".
Colegas da vítima estiveram na delegacia e conversaram com a imprensa, mas não quiseram ser identificadas. Elas contaram que o baheiro onde o flagrante aconteceu tem apenas duas cabines. Ao entrar em uma delas, as estudantes sempre viam uma mesma mochila no chão da outra cabine, apesar de não verem os pés da pessoa que supostamente estaria usando o local. O baheiro em questão fica próximo ao ateliê de artes, no segundo andar.
A diretora da Aeso, Ivânia Barros Melo, informou que a instituição vai tomar as providências cabíveis. "Vamos suspendê-lo imediatamente e instaurar inquérito administrativo. Esse inquérito é feito por um grupo de três professores e funcionários, que vão ouvir os envolvidos e ele pode ser até expulso", informou. A diretora também se mostrou surpresa. "Porque é uma coisa injustificável. Você não está tratando de uma pessoa de fora da instituição. É uma pessoa da comunidade acadêmica, que pode estar em qualquer lugar dentro da escola. Se fosse um estranho que tivesse entrado, seria uma falha na nossa segurança, mas não foi o caso", encerrou.
Fonte: G1
"A vítima notou que tinha alguma coisa acontecendo e quando virou-se, ela viu. Na hora que ela deu o alerta aos colegas, eles o prenderam", diz o delegado Paulo Rameh, que registrou o flagrante. Após conversar com agressor e vítima, o delegado repassou mais detalhes sobre a investigação. "Ele falou que não tinha essa prática, foi um impulso, a primeira vez. Disse também que não tinha interesse na moça, que foi uma fraqueza da parte dele. De qualquer forma, como nós temos imagens no celular dele que foi apreendido e vai passar por perícia, vamos ter a continuação das investigações", afirmou.
A estudante, por sua vez, levantou a hipótese de essa ocorrência não ter sido a primeira. "A vítima afirma que conhece uma outra moça que pode ter sido vítima dele. Amanhã, o delegado [do bairro] de Peixinhos deverá estar recebendo essa outra pessoa. Se bater a imagem que tem no celular com essa moça estará configurada mais uma contravenção penal da mesma natureza", explicou Paulo Rameh.
Em função da legislação penal brasileira não ter um crime que especifique o ocorrido nesse caso, o delegado afirmou que o flagrante será registrado sob o artigo 61 da Lei das Contravenções Penais, que tipifica a chamada importunação ofensiva ao pudor. "Ele vai assinar um TCO [termo circunstanciado de ocorrência] e responder em liberdade. Não há fiança porque a pena para isso está abaixo de dois anos. E mesmo que ele negue, há prova inconteste da imagem da moça no celular dele, que foi apreendido com ele", assegura o delegado.
As investigações serão transferidas para a delegacia de Peixinhos, pois é o bairro onde está localizada a faculdade. "Nós precisamos, através da continuidade das investigações, poder determinar há quanto tempo ele vem praticando isso. Também vamos saber se ele chegou a ter tempo de publicar em redes sociais ou se repassou essas imagens para alguém conhecido... Isso complicaria ainda mais a situação dele. Se nós descobrirmos que ele chegou a divulgar as imagens, vamos buscar na legislação de crimes cibernéticos algum artigo mais rigoroso que possa enquadrar esse fato. No caso de hoje, como não houve tempo de fazer a divulgação, a vítima tem direito a pedir uma indenização, no âmbito civil".
Colegas da vítima estiveram na delegacia e conversaram com a imprensa, mas não quiseram ser identificadas. Elas contaram que o baheiro onde o flagrante aconteceu tem apenas duas cabines. Ao entrar em uma delas, as estudantes sempre viam uma mesma mochila no chão da outra cabine, apesar de não verem os pés da pessoa que supostamente estaria usando o local. O baheiro em questão fica próximo ao ateliê de artes, no segundo andar.
A diretora da Aeso, Ivânia Barros Melo, informou que a instituição vai tomar as providências cabíveis. "Vamos suspendê-lo imediatamente e instaurar inquérito administrativo. Esse inquérito é feito por um grupo de três professores e funcionários, que vão ouvir os envolvidos e ele pode ser até expulso", informou. A diretora também se mostrou surpresa. "Porque é uma coisa injustificável. Você não está tratando de uma pessoa de fora da instituição. É uma pessoa da comunidade acadêmica, que pode estar em qualquer lugar dentro da escola. Se fosse um estranho que tivesse entrado, seria uma falha na nossa segurança, mas não foi o caso", encerrou.
Fonte: G1