http://goo.gl/ZeSfsI | A Justiça determinou que o paciente com epilepsia Felipe Oliveira, de 12 anos, receba de graça um remédio à base de canabidiol - substância encontrada na maconha e que, segundo pesquisas médicas, é capaz de tratar doenças neurológicas. A decisão, divulgada no dia 26 de junho, ocorreu depois que um primo da criança, o advogado Fábio Rockenbach Gomes, entrou com ação pedindo a importação do remédio que custaria no mínimo R$ 67 mil ao ano. A família de Itapetininga (SP) diz não ter condições de pagar pelos medicamentos com fabricação proíbida no país e que pode cessar as convulsões da criança.
“É como um irmão para mim e não aguento mais vê-lo sofrer. Vi nascer, crescer, e sei o quanto esse novo medicamento dá de esperança para toda família e para mim. Quando tinha a idade dele brincava na rua e fazia várias coisas que ele não consegue fazer. Seria um sonho ver ele com uma qualidade de vida melhor”, diz Gomes.
O advogado e primo entrou com a ação sem cobrar honorários após conversa com a mãe do menino, a dona de casa Thanee Gomes Oliveira. Depois da popularização do remédio no país em 2014, eles enxergaram na novidade uma possibilidade de uma “cura” para a doença que afeta Felipe desde os 6 meses de vida.
Segundo Thanee, a criança já passou por diversos especialistas e tentou várias medicações, mas nenhuma consegue cessar as crises de convulsão, apenas diminuir. Ainda segundo ela, atualmente o menino tem em média duas crises por semana, mas houve épocas em que passava mal todos os dias.
“Centenas de vezes, principalmente quando tinha uns 2 anos, precisamos sair correndo de madrugada para leva-lo ao hospital. Foram inúmeras internações porque ele tem a imunidade baixa e é muito suscetível as doenças. Sempre trocando remédios porque alguns fizeram mal para ele ou não tinham mais efeito. Na realidade, as crises se tornaram uma rotina da nossa família, eu o pai dele e a irmã mais velha já sabemos o que fazer e até os sintomas de quando ele vai sofrer convulsão”, explica a mãe.
Além das crises, a doença também prejudica o sistema cognitivo e de aprendizado. “Ele não consegue acompanhar as aulas como as outras crianças. Está em escola normal, mas precisa de acompanhamento especial. Também sofre com problemas sociais com outras pessoas e principalmente os da idade dele, porque não consegue se expressar. Quando fica muito ansioso, quando vê uma piscina, por exemplo, em segundos já passa mal. Ele tem muitos sonhos, um deles de ser escritor porque ama histórias de livros e gibis, e o meu é que com o remédio ele possa alcança-los”, revela.
O processo correu na sede da Justiça Federal em Sorocaba (SP). As doses serão importadas dos Estados Unidos (EUA) conforme a decisão liminar dada na última sexta-feira (24). Para ter o direito de possuir o remédio, a família conseguiu antes uma autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O tratamento valerá por um ano e poderá ser prorrogado caso seja confirmada a eficácia com laudo médico. Apesar da nova medicação, a criança precisa continuar também com os tratamentos antigos.
Fonte: G1
“É como um irmão para mim e não aguento mais vê-lo sofrer. Vi nascer, crescer, e sei o quanto esse novo medicamento dá de esperança para toda família e para mim. Quando tinha a idade dele brincava na rua e fazia várias coisas que ele não consegue fazer. Seria um sonho ver ele com uma qualidade de vida melhor”, diz Gomes.
O advogado e primo entrou com a ação sem cobrar honorários após conversa com a mãe do menino, a dona de casa Thanee Gomes Oliveira. Depois da popularização do remédio no país em 2014, eles enxergaram na novidade uma possibilidade de uma “cura” para a doença que afeta Felipe desde os 6 meses de vida.
Segundo Thanee, a criança já passou por diversos especialistas e tentou várias medicações, mas nenhuma consegue cessar as crises de convulsão, apenas diminuir. Ainda segundo ela, atualmente o menino tem em média duas crises por semana, mas houve épocas em que passava mal todos os dias.
“Centenas de vezes, principalmente quando tinha uns 2 anos, precisamos sair correndo de madrugada para leva-lo ao hospital. Foram inúmeras internações porque ele tem a imunidade baixa e é muito suscetível as doenças. Sempre trocando remédios porque alguns fizeram mal para ele ou não tinham mais efeito. Na realidade, as crises se tornaram uma rotina da nossa família, eu o pai dele e a irmã mais velha já sabemos o que fazer e até os sintomas de quando ele vai sofrer convulsão”, explica a mãe.
Além das crises, a doença também prejudica o sistema cognitivo e de aprendizado. “Ele não consegue acompanhar as aulas como as outras crianças. Está em escola normal, mas precisa de acompanhamento especial. Também sofre com problemas sociais com outras pessoas e principalmente os da idade dele, porque não consegue se expressar. Quando fica muito ansioso, quando vê uma piscina, por exemplo, em segundos já passa mal. Ele tem muitos sonhos, um deles de ser escritor porque ama histórias de livros e gibis, e o meu é que com o remédio ele possa alcança-los”, revela.
O processo correu na sede da Justiça Federal em Sorocaba (SP). As doses serão importadas dos Estados Unidos (EUA) conforme a decisão liminar dada na última sexta-feira (24). Para ter o direito de possuir o remédio, a família conseguiu antes uma autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O tratamento valerá por um ano e poderá ser prorrogado caso seja confirmada a eficácia com laudo médico. Apesar da nova medicação, a criança precisa continuar também com os tratamentos antigos.
Fonte: G1