Médico fez tratamentos de quimioterapia a centenas de pessoas que não tinham cancro nos EUA

http://goo.gl/bXpEZc | O médico americano Farid Fata pode agora ser condenado a prisão perpétua por ter submetido vários dos seus doentes a tratamentos desnecessários para o seu próprio ganho financeiro.

Um médico norte-americano pode ser condenado a prisão perpétua esta semana por ter submetido centenas de pessoas a tratamentos desnecessários, incluindo quimioterapia, para o seu lucro pessoal. Algumas das pessoas que foram tratadas pelo médico Farid Fata morreram, alegadamente como resultado de tratamentos para os quais não havia necessidade médica.

Mais de 500 pessoas terão sofrido com os crimes de Farid Fata, de acordo com uma reportagem do Wall Street Journal sobre o julgamento do médico, que cita dados das autoridades federais dos Estados Unidos. Farid Fata ganhou milhões ao defraudar o sistema de seguros de saúde Medicare, escolhendo tratamentos para os seus doentes conforme fossem mais lucrativos para si, e não mais apropriados para o diagnóstico.

Uma das vítimas do médico, um homem que morreu aos 79 anos, recebeu tratamento de quimioterapia para cancro do pulmão de que, veio mais tarde a verificar-se, não sofria. A família alega que o homem morreu devido à quimioterapia que recebeu inadequadamente. Quando era vivo, o doente referia-se ao médico como "assassino em série", contou a sua mulher ao Wall Street Journal. "Estou aqui porque não quero que isto não aconteça a mais ninguém", disse a mulher da vítima, que vai testemunhar esta semana em tribunal contra Farid Fata.

Farid Sata, que operava no estado norte-americano do Michigan numa clínica onde era o único médico, terá causado dano a 553 pessoas com o seu esquema de fraude ao sistema de seguros de saúde Medicare, das quais 150 apresentaram queixas em tribunal. Duas dezenas vão testemunhar contra ele esta semana perante o juiz, que poderá decidir aplicar pena perpétua. O médico declarou-se culpado, em setembro, de ter cometido fraude contra o sistema de seguros de saúde, e agora enfrenta um julgamento em que poderá ser condenado a 175 anos de prisão. Os seus advogados de defesa pedem, no entanto, que a pena seja limitada a 25 anos.

Fonte: dn.pt
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