http://goo.gl/AYZKAF | Mãe de dois filhos que sofrem de uma grave doença degenerativa, a dona de casa Ana Maria Dutra, de Bagé, na Região da Campanha do Rio Grande do Sul, precisou entrar na Justiça para receber os medicamentos prometidos pelo governo do estado. Apesar da medida judicial, porém, ela não teve acesso aos remédios, como mostra a reportagem do Bom Dia Rio Grande da RBS TV.

Fabiano, de 34 anos, e Aline, de 31, precisam tratar epilepsia, diabetes, paralisia cerebral, entre outras doenças. O dinheiro que recebe por mês não dá para Ana Maria arcar com a despesa. Aline recebe medicamentos da Prefeitura de Bagé, até agora em dia, mas Fabiano deveria receber do estado. Sem eles, porém, ela foi atrás de uma ação judicial.

“Na Justiça é demorado, tem todo um procedimento para depois receber as coisas”, queixa-se ela.

Somente ele necessita de 12 tipos diferentes de medicamentos. “Essa medicação que eles não liberaram é para os espasmos, crises convulsivas. Eu não recebendo, a situação se complica mesmo. Ele pode até morrer”, lamenta a mãe.

No entanto, a medida judicial ainda não garantiu os medicamentos. Quando solicitado pela Justiça, o material deve ser entregue pela distribuidora do estado, que venceu a licitação, mas o envio ainda não tem data pra acontecer.

A Secretaria de Saúde do estado divulgou uma lista com 26 remédios, que já podem ser retirados nas farmácias dos municípios. Pacientes que têm ações judiciais, no entanto, ainda não conseguiram obter os medicamentos.

A 7ª Coordenadoria Regional de Saúde, que abrange a cidade de Bagé, diz não saber o motivo do atraso no repasse. “A distribuidora ganhou a licitação e não sei se não conseguiu adquirir todos os medicamentos para cumprir com o contrato”, diz o coordenador Daltro Paiva.

Fonte: G1