goo.gl/f5WZF2 | Não é segredo para ninguém que uma noite mal dormida tem tudo a ver com baixa produtividade no trabalho. Porém, os efeitos de um sono curto - e de má qualidade - vão muito além disso.
As primeiras horas de descanso podem até ajudar na recuperação metabólica e do vigor físico, mas não contribuem para uma parte importante do desenvolvimento mental.
“Nosso sono não é igual durante a noite toda. Então dormir pouco ou fragmentar o descanso com sonecas pode impactar nosso desenvolvimento no longo prazo”, alerta a neurocientista e professora da Santa Casa, Carla Tieppo.
Segundo ela, a duração ideal do sono varia de acordo com a idade do indivíduo. Adolescentes devem dormir em média 9 horas, enquanto jovens adultos precisam de 8 horas. Já pessoas mais velhas se satisfazem com 6 ou 7 horas de repouso.
Dormir demais também pode ser prejudicial para a produtividade. "O sono em excesso gera preguiça, cria lassidão”, aponta. As horas a mais de descanso também afetam o raciocínio e atrapalham o foco.
Carla lembra ainda que existem dois grupos de pessoas: as diurnas, que produzem mais pela manhã, e as vespertinas, que rendem mais à tarde e à noite.
“Estas últimas costumam ser as mais prejudicadas pelo funcionamento da sociedade, porque produzem pouco antes do almoço”, destaca.
Independentemente do grupo em que você se encaixa, é quase certo que dormir pouco irá acarretar problemas para o seu trabalho. Veja a seguir quais são os piores deles:
Isso porque o processo de fixação de lembranças acontece no estágio mais profundo do sono, conhecido como R.E.M. ("movimento rápido dos olhos", na sigla em inglês).
Segundo Carla, além da memória, sonos curtos ou de baixa qualidade atrapalham o aprendizado de maneira geral.
“Quando não atingimos esse estágio do sono, nossa capacidade criativa pode ser prejudicada”, afirma a professora.
A reação do corpo é a liberação de uma série de hormônios como a adrenalina e o cortisol que, por sua vez, trazem ansiedade e irritação.
“O sono insuficiente é inimigo da inteligência emocional e da nossa capacidade de respeitar o timing das outras pessoas”, considera Carla.
A doutora lembra que o cérebro humano já tem dificuldades naturais para realizar duas ou mais tarefas ao mesmo tempo. "Dormir pouco, por sua vez, prejudica ainda mais essa competência".
Por Nicolas Gunkel
Fonte: Exame
As primeiras horas de descanso podem até ajudar na recuperação metabólica e do vigor físico, mas não contribuem para uma parte importante do desenvolvimento mental.
“Nosso sono não é igual durante a noite toda. Então dormir pouco ou fragmentar o descanso com sonecas pode impactar nosso desenvolvimento no longo prazo”, alerta a neurocientista e professora da Santa Casa, Carla Tieppo.
Segundo ela, a duração ideal do sono varia de acordo com a idade do indivíduo. Adolescentes devem dormir em média 9 horas, enquanto jovens adultos precisam de 8 horas. Já pessoas mais velhas se satisfazem com 6 ou 7 horas de repouso.
Dormir demais também pode ser prejudicial para a produtividade. "O sono em excesso gera preguiça, cria lassidão”, aponta. As horas a mais de descanso também afetam o raciocínio e atrapalham o foco.
Carla lembra ainda que existem dois grupos de pessoas: as diurnas, que produzem mais pela manhã, e as vespertinas, que rendem mais à tarde e à noite.
“Estas últimas costumam ser as mais prejudicadas pelo funcionamento da sociedade, porque produzem pouco antes do almoço”, destaca.
Independentemente do grupo em que você se encaixa, é quase certo que dormir pouco irá acarretar problemas para o seu trabalho. Veja a seguir quais são os piores deles:
1. Perda de memórias
Quem dorme pouco ou lida com o sono tirando sonecas no meio da tarde pode ter a memória prejudicada.Isso porque o processo de fixação de lembranças acontece no estágio mais profundo do sono, conhecido como R.E.M. ("movimento rápido dos olhos", na sigla em inglês).
Segundo Carla, além da memória, sonos curtos ou de baixa qualidade atrapalham o aprendizado de maneira geral.
2. Bloqueio criativo
A fase R.E.M. também é responsável por estimular nossa capacidade de ter ideias originais. É nesse momento de intensa atividade cerebral que acontecem os sonhos.“Quando não atingimos esse estágio do sono, nossa capacidade criativa pode ser prejudicada”, afirma a professora.
3. Ansiedade
O sono curto é um fator de estresse para o organismo, que entende a falta do descanso como uma não-adaptação.A reação do corpo é a liberação de uma série de hormônios como a adrenalina e o cortisol que, por sua vez, trazem ansiedade e irritação.
4. Descontrole emocional
A falta de sono deixa o indivíduo mais reativo e impulsivo. No ambiente de trabalho, isso prejudica o processo de comunicação, a criação de empatia e a socialização.“O sono insuficiente é inimigo da inteligência emocional e da nossa capacidade de respeitar o timing das outras pessoas”, considera Carla.
5. Perda de concentração
Se você tem tido dificuldades em manter o foco no trabalho, é provável que esteja dormindo pouco. Isso porque a privação do sono traz prejuízos graves à atenção.A doutora lembra que o cérebro humano já tem dificuldades naturais para realizar duas ou mais tarefas ao mesmo tempo. "Dormir pouco, por sua vez, prejudica ainda mais essa competência".
Por Nicolas Gunkel
Fonte: Exame