goo.gl/ZEaguz | Um casal de idosos moradores de Araçatuba (SP) ganhou na Justiça o direito de continuar criando um papagaio de 25 anos, que tinha sido apreendido no dia 28 de setembro pela Polícia Ambiental. A decisão saiu na semana passada. O impasse aconteceu porque os donos não tinham uma licença do Ibama para manter a ave em casa.
Policiais ambientais foram até a casa do casal, localizada no centro da cidade, depois de receberem uma denúncia anônima informando sobre aves presas em cativeiro. Quando chegaram na casa, eles apenas encontraram o papagaio e levaram, pois o casal não encontrava o documento que provava a legalidade do bicho no local.
Por dias, os idosos sofreram com a perda do animal. A aposentada Nair Geroudo Mazarin, de 82 anos, conta que ganhou o papagaio do filho, de maneira legal, e nunca imaginou que passaria por isso. “Eu costumava cortar repolho com ela perto de mim, e quando eu vi, ela não estava mais ali, foi horrível”, comenta Nair.
O marido dela, Adalto Mazarin, de 82, também sentiu falta do papagaio, que era praticamente um filho.”É muito difícil andar pela casa e não ver mais ele. É um desespero. É a mesma coisa de não ter um filho dentro de casa”, conta o idoso.
O casal procurou uma advogada que entrou com pedido na Justiça para que a ave voltasse para os donos. A liminar saiu, para a alegria do casal, que juntos foram buscar a ‘Lolita’. A ave estava na Unesp de Araçatuba e foi entregue na presença da advogada Samanta Pinheiro. “São 25 anos de convivência com os idosos. Voltar ao habitat natural seria prejudicial para o papagaio. O caso deles é uma exceção e o processo tem prioridade de tramitação, tendo em vista a idade do casal. Porém, a guarda legal definitiva será discutida posteriormente, por enquanto é a guarda provisória”, explica a advogada.
Por mais que a ave seja domesticada a legislação diz que o animal está em cativeiro. Duas aves foram encontradas em um cativeiro em Araçatuba. Elas foram recolhidas pela Polícia Ambiental e entregues à Unesp Veterinária, que faz uma triagem e encaminha os animais para viveiros da região.
De acordo com o tenente da Polícia Ambiental de Araçatuba, Rafael Gonçales, existem maneiras ilegais de conseguir os bichinhos, que não devem ser praticadas. “Existem duas formas na aquisição desse animal. A forma legal, em que esse animal é adquirido de um pet em que o animal vem de um criadouro comercial autorizado pelo Ibama. Possuindo nota fiscal, a anilha com a recuperação e registro no Ibama, sendo assim é legalizado. Já a forma ilegal você adquiri de alguém que criou e não tem a autorização do Ibama para criar, ficando sem anilha ou qualquer outro tipo de registro do Ibama. Em alguns casos, as pessoas pegam os ovos das aves, como recém-nascidas, e criam como animais de estimação”, informa o tenente da Polícia Ambiental.
Ainda segundo a Polícia Ambiental, a multa pra quem mantém animal em cativeiro é de R$ 500. Se o animal estiver em extinção, a punição salta para R$ 5 mil por bicho.
Dona Nair prefere nunca mais se afastar de Lolita e comenta. “Espero que ela não saia de casa mais não, só morta. No caso eu prefiro morrer primeiro”, afirma a aposentada.
*Matéria do dia 13/10/2015, servindo aqui apenas como curiosidade
Fonte: G1
Policiais ambientais foram até a casa do casal, localizada no centro da cidade, depois de receberem uma denúncia anônima informando sobre aves presas em cativeiro. Quando chegaram na casa, eles apenas encontraram o papagaio e levaram, pois o casal não encontrava o documento que provava a legalidade do bicho no local.
Por dias, os idosos sofreram com a perda do animal. A aposentada Nair Geroudo Mazarin, de 82 anos, conta que ganhou o papagaio do filho, de maneira legal, e nunca imaginou que passaria por isso. “Eu costumava cortar repolho com ela perto de mim, e quando eu vi, ela não estava mais ali, foi horrível”, comenta Nair.
O marido dela, Adalto Mazarin, de 82, também sentiu falta do papagaio, que era praticamente um filho.”É muito difícil andar pela casa e não ver mais ele. É um desespero. É a mesma coisa de não ter um filho dentro de casa”, conta o idoso.
O casal procurou uma advogada que entrou com pedido na Justiça para que a ave voltasse para os donos. A liminar saiu, para a alegria do casal, que juntos foram buscar a ‘Lolita’. A ave estava na Unesp de Araçatuba e foi entregue na presença da advogada Samanta Pinheiro. “São 25 anos de convivência com os idosos. Voltar ao habitat natural seria prejudicial para o papagaio. O caso deles é uma exceção e o processo tem prioridade de tramitação, tendo em vista a idade do casal. Porém, a guarda legal definitiva será discutida posteriormente, por enquanto é a guarda provisória”, explica a advogada.
Por mais que a ave seja domesticada a legislação diz que o animal está em cativeiro. Duas aves foram encontradas em um cativeiro em Araçatuba. Elas foram recolhidas pela Polícia Ambiental e entregues à Unesp Veterinária, que faz uma triagem e encaminha os animais para viveiros da região.
De acordo com o tenente da Polícia Ambiental de Araçatuba, Rafael Gonçales, existem maneiras ilegais de conseguir os bichinhos, que não devem ser praticadas. “Existem duas formas na aquisição desse animal. A forma legal, em que esse animal é adquirido de um pet em que o animal vem de um criadouro comercial autorizado pelo Ibama. Possuindo nota fiscal, a anilha com a recuperação e registro no Ibama, sendo assim é legalizado. Já a forma ilegal você adquiri de alguém que criou e não tem a autorização do Ibama para criar, ficando sem anilha ou qualquer outro tipo de registro do Ibama. Em alguns casos, as pessoas pegam os ovos das aves, como recém-nascidas, e criam como animais de estimação”, informa o tenente da Polícia Ambiental.
Ainda segundo a Polícia Ambiental, a multa pra quem mantém animal em cativeiro é de R$ 500. Se o animal estiver em extinção, a punição salta para R$ 5 mil por bicho.
Dona Nair prefere nunca mais se afastar de Lolita e comenta. “Espero que ela não saia de casa mais não, só morta. No caso eu prefiro morrer primeiro”, afirma a aposentada.
*Matéria do dia 13/10/2015, servindo aqui apenas como curiosidade
Fonte: G1