http://goo.gl/T4UGBB | Após se formar em direito pagando a faculdade com o dinheiro que ganhava limpando e lustrando sapato de juízes, desembargadores e advogados em Goiânia, o engraxate Joaquim Pereira, de 26 anos, acaba de ser aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O jovem fez a prova seis vezes até conseguir passar. Durante todo esse tempo, ele nunca abandonou o seu ganha pão.
Joaquim nasceu em Monte Alegre de Goiás, no nordeste de Goiás. Em 2006, deixou a cidade e decidiu buscar uma vida melhor em Goiânia. Aqui se matriculou em uma faculdade e batalhou para concluir o ensino superior. “Meu pai e minha mãe, embora não tenham curso superior, sempre me incentivaram a estudar, ter sonho. Se você tiver sonho, um ideal, um objetivo, você pode conseguir qualquer coisa”, disse orgulhoso da conquista.
Os clientes que teve durante todos esses anos também o parabenizam pela conquista. Mais do que um engraxate, Joaquim é um exemplo a ser seguido por muitos. “Muitas vezes eu tenho aqueles desânimos eventuais que a gente tem e me vem na cabeça o Joaquim, a felicidade e a vida que ele tem”, relatou o advogado Ricardo Naves.
O engraxate aprendeu o ofício ainda criança. Ao deixar sua cidade ele não se imaginava formado. Joaquim lembra que, ao chegar à capital, tinha a esperança de logo ser contratado em uma empresa e se tornar um profissional de destaque. Mas viu que não era bem assim. Ele demorou três meses para conseguir emprego em uma fábrica de enxovais. Quando recebeu o primeiro salário mínimo, concluiu que não era o suficiente para se manter em Goiânia. Na época, ele morava com o irmão. “Vim para trabalhar. Depois, vi que precisava estudar para crescer, para ter um emprego melhor”, conta.
Devido à insatisfação com o trabalho, ele decidiu, em um sábado, ir para as ruas de Goiânia e ver como se sairia de engraxate. “Ganhei R$ 20 e atendi umas dez pessoas. Mesmo não sendo muito, fiz as contas e vi que podia render”, afirma. Segundo ele, na segunda-feira, três meses após ser admitido na fábrica, pediu demissão. “Indagaram porque eu retrairia tanto. Pensaram que eu estava revoltado”, lembra. O jovem comenta ainda que não foi uma decisão fácil, pois teve medo de ser rejeitado. “Tive medo da reação dos meus amigos e dos colegas”, diz.
As pessoas para quem engraxou sem cobrar nada nas primeiras vezes se tornaram seus clientes. A simpatia e a abordagem especial atraíram muitos outros e fez com que ele ficasse conhecido nos locais onde trabalha, como na Praça Cívica, onde está o Centro Administrativo do Governo de Goiás. Joaquim conquistou uma clientela fixa. De R$ 20 por dia, ele passou a faturar até R$ 100.
Depois de um ano limpando sapatos, Joaquim decidiu que entraria para uma faculdade de direito. “Vendo o dia a dia dos advogados e conversando com eles, concluí que queria ser um deles”, afirma. A decisão de ingressar em uma universidade foi criticada por muitos conhecidos. ”Falavam que eu não daria conta de terminar, que era muito difícil e caro”, conta. No entanto, ele persistiu com o sonho de se formar, passou no vestibular e começou, em 2008, o curso de direito em uma instituição de ensino particular. “Se a gente quiser ter sucesso na vida, tem que se submeter ao risco”, ressalta.
Fonte: G1
Joaquim nasceu em Monte Alegre de Goiás, no nordeste de Goiás. Em 2006, deixou a cidade e decidiu buscar uma vida melhor em Goiânia. Aqui se matriculou em uma faculdade e batalhou para concluir o ensino superior. “Meu pai e minha mãe, embora não tenham curso superior, sempre me incentivaram a estudar, ter sonho. Se você tiver sonho, um ideal, um objetivo, você pode conseguir qualquer coisa”, disse orgulhoso da conquista.
Os clientes que teve durante todos esses anos também o parabenizam pela conquista. Mais do que um engraxate, Joaquim é um exemplo a ser seguido por muitos. “Muitas vezes eu tenho aqueles desânimos eventuais que a gente tem e me vem na cabeça o Joaquim, a felicidade e a vida que ele tem”, relatou o advogado Ricardo Naves.
O engraxate aprendeu o ofício ainda criança. Ao deixar sua cidade ele não se imaginava formado. Joaquim lembra que, ao chegar à capital, tinha a esperança de logo ser contratado em uma empresa e se tornar um profissional de destaque. Mas viu que não era bem assim. Ele demorou três meses para conseguir emprego em uma fábrica de enxovais. Quando recebeu o primeiro salário mínimo, concluiu que não era o suficiente para se manter em Goiânia. Na época, ele morava com o irmão. “Vim para trabalhar. Depois, vi que precisava estudar para crescer, para ter um emprego melhor”, conta.
Devido à insatisfação com o trabalho, ele decidiu, em um sábado, ir para as ruas de Goiânia e ver como se sairia de engraxate. “Ganhei R$ 20 e atendi umas dez pessoas. Mesmo não sendo muito, fiz as contas e vi que podia render”, afirma. Segundo ele, na segunda-feira, três meses após ser admitido na fábrica, pediu demissão. “Indagaram porque eu retrairia tanto. Pensaram que eu estava revoltado”, lembra. O jovem comenta ainda que não foi uma decisão fácil, pois teve medo de ser rejeitado. “Tive medo da reação dos meus amigos e dos colegas”, diz.
As pessoas para quem engraxou sem cobrar nada nas primeiras vezes se tornaram seus clientes. A simpatia e a abordagem especial atraíram muitos outros e fez com que ele ficasse conhecido nos locais onde trabalha, como na Praça Cívica, onde está o Centro Administrativo do Governo de Goiás. Joaquim conquistou uma clientela fixa. De R$ 20 por dia, ele passou a faturar até R$ 100.
Depois de um ano limpando sapatos, Joaquim decidiu que entraria para uma faculdade de direito. “Vendo o dia a dia dos advogados e conversando com eles, concluí que queria ser um deles”, afirma. A decisão de ingressar em uma universidade foi criticada por muitos conhecidos. ”Falavam que eu não daria conta de terminar, que era muito difícil e caro”, conta. No entanto, ele persistiu com o sonho de se formar, passou no vestibular e começou, em 2008, o curso de direito em uma instituição de ensino particular. “Se a gente quiser ter sucesso na vida, tem que se submeter ao risco”, ressalta.
Fonte: G1