Tribunal de Justiça nega indenização no valor de R$ 50 mil a homem que teve dedo amputado

http://goo.gl/ZMEa9e | O Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO) negou um pedido de indenização de R$ 50 mil feito por um homem que teve o dedo polegar direto amputado depois de se acidentar com um animal na no sítio onde trabalha, em 2013. O paciente alegou que perdeu o dedo porque não recebeu atendimento especializado no posto de saúde de Alto Paraíso (RO), no Vale do Jamari.

Na ação, o pecuarista contou que estava trabalhando com o gado no sítio, quando foi ferido no dedo da mão direita por um coice de um equino de criação. O homem foi encaminhado ao posto de saúde da cidade e o médico de plantão realizou a lavagem do ferimento e suturou com pontos o dedo do paciente.

Um dia depois, o homem sentiu dores no peito e no dedo e retornou à unidade, sendo  medicado com uma injeção antitetânica. Porém, nos dias seguintes o paciente continuou a sentir dores e na ocasião ele se deslocou até uma unidade hospitalar privada no município de Ariquemes (RO), onde após realização de exames radiológicos foi constatado a fratura óssea no dedo polegar. Devido à gravidade da lesão, o dedo precisou ser amputado.

Por causa da amputação, o homem acionou a Justiça pedindo para ser indenizado. A prefeitura de Alto Paraíso teria solicitado a improcedência do pedido inicial, sustentando o fato de que o paciente, ao procurar o posto de saúde, foi atendido e medicado, porém, devido à unidade ser classificada como Hospital de Pequeno Porte (HPP), se abstém de algumas obrigatoriedades, como o aparelho de exame radioativo.

O paciente pediu na Justiça o pagamento de R$ 50 mil pelos danos estéticos causados pela suposta negligência médica. Ao juiz, ele alegou que não foi encaminhado a uma unidade que possuía os aparelhos necessários para raio-x.

Após ouvir as testemunhas do caso, o juiz negou o pedido de indenização e afirmou que não existe nenhum elemento concreto capaz de afirmar que os danos causados ao trabalhador rural tenham acontecido por erro médico da unidade de saúde. O produtor ainda foi condenado a custear todas as despesas processuais que a prefeitura de Alto Paraíso teve com o processo.

Fonte: G1
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