'Gestantes têm direito ao teste e podem salvar seus filhos', diz pediatra sobre prevenção do HTLV

http://goo.gl/NgNyHh | O exame que detecta o HTLV não é obrigatório, mas está disponível gratuitamente no estado da Bahia. Ele é a oportunidade que as gestantes têm de saber se possuem o vírus e de livrar o bebê de tê-lo, caso o resultado seja positivo. O pediatra Ney Santos, que atua no Centro Integrativo e Multidisciplinar de HTLV, em Salvador, já participou de diversos estudos da doença e contou ao R7 BA sobre a importância da prevenção e conhecimento das gestantes.

Mas, porque as gestantes devem se preocupar com a doença? O HTLV é um vírus transmitido por relações sexuais, transfusões de sangue, compartilhamento de seringas e agulhas e ainda de mãe para o filho, durante o parto e amamentação. A doença é dividida em HTLV-1 e HTLV-2, sendo o segundo tipo pouco estudado. Apesar de assintomática, quando a doença se manifesta desenvolve problemas de saúde como: leucemia, linfomas, paralisia dos membros inferiores e até cegueira.

O pediatra explica que o assunto não é tão divulgado e muitas mulheres acabam dando a luz sem saber que tem a doença e que transmitiram para o bebê.

— As gestantes têm direito ao teste e podem salvar seus filhos. O problema é que muitas delas não sabem disso e nem tem conhecimento da doença.

Santos disse ainda que, na Bahia, toda gestante também tem direito ao pré-natal em um papel de filtro, onde são feitas várias sorologias.

— Isso está assegurado por um programa estadual. A partir do momento que elas sabem disso, podem cobrar e descobrir se precisam de algum tratamento específico ou um cuidado maior com o bebê.

Outro problema apontado pelo pediatra é a falta de divulgação à população sobre a doença.

— O HTLV não é tão divulgado e discutido até no meio médico. Na Bahia temos que atentar pois em algumas cidades do interior, por exemplo, a doença é oito vezes mais frequente que o HIV.

Caso a doença seja detectada durante a gravidez, ainda que a gestante não tenha sintomas, o recomendado é fazer um parto cesáreo e não amamentar, para que a doença não seja transmitida ao bebê.

*Colaborou a estagiária Kátia Prado

Fonte: noticias.r7.com
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