Ministério Público Federal denúncia juiz do caso Eike por peculato e lavagem de dinheiro

http://goo.gl/hqPklb | O MPF (Ministério Público Federal) no Rio de Janeiro denunciou, nesta quinta-feira (26), denúncia contra o juiz federal Flávio Roberto de Souza por peculato e lavagem de dinheiro. Segundo a Procuradoria Regional da República, ele teria desviado bens apreendidos na Operação Monte Perdido. Seu vizinho, Felismino Gomes da Silva também foi denunciado por lavagem de dinheiro.

Segundo a denúncia, o magistrado, que foi afastado da ação criminal contra Eike Batista após ser flagrado dirigindo um dos carros de luxo do empresário, desviou R$ 106 mil que estavam à disposição da Justiça Federal em função da venda de veículos apreendidos de Oliver Ortiz, preso na operação. De acordo com a procuradoria, o processo em que a venda dos bens estava documentada foi destruído pelo magistrado e, tal conduta, já foi denunciada pelo MPF.

Com objetivo de ocultar a origem do dinheiro desviado da ação, o juiz teria usado contas da empresa Auto Peças Rio Castro Daire, cujo proprietário era seu vizinho. Ainda de acordo com a procuradoria, parte do dinheiro foi utilizada para comprar um carro no nome da filha do magistrado. Outra parcela foi transferida da conta da empresa para uma conta também em nome da filha. Em depoimento, ela teria dito que só o pai movimentava os recursos.

Em outra denúncia feita na tarde de quinta-feira (26), Souza é acusado de peculato e fraude processual no processo administrativo disciplinar que foi aplicado a ele pelo uso e desvio de bens e valores de Eike Batista. No último dia 12, o órgão especial do Tribunal Regional Federal da 2ª Região decidiu pela aposentadoria do juiz no caso Eike e em outros dois procedimentos.

Segundo a procuradoria, o magistrado pode ser condenado, nas duas denúncias, à prisão, devolução de valores desviados e perda do cargo ou da aposentadoria. O órgão informou ainda que, quando não houver mais possibilidade de recursos, Flávio Roberto Souza vai perder o foro por prerrogativa de função e os processos vão passar a tramitar em uma das Varas Federais Criminais do Rio.

Fonte: Notícias R7
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