http://goo.gl/JKicwy | Ex-procurador da República e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, onde também ocupou a Presidência, que foi o entrevistado de Roberto D’Avila ontem quarta-feira (2), na GloboNews. Ele, que foi o primeiro convidado do jornalista na estreia de seu programa na GloboNews, em março de 2014, volta para analisar o atual momento político e os desdobramentos da Operação Lava-Jato no Congresso e na sociedade.
Pouco mais de um ano depois de se aposentar, o ex-ministro diz que não sente falta da vida pública. Foram mais de 40 anos dedicados a ela, sendo 11 deles ao STF. Fora do cenário político, ele diz que vê o Brasil como um país sobressaltado. “A cada momento acontece uma estupefação nova”, declara, creditando as raízes da crise ao início de uma confrontação do país consigo mesmo. Sobre a crise política atual, o ex-ministro é enfático ao afirmar que o país “precisa de lideranças políticas com visão clara de sociedade para completar essa formação inacabada do estado”.
Joaquim Barbosa e Roberto D'Avila
Apesar de tudo, Barbosa afirma que parte das instituições continua funcionando, sobretudo as de controle do estado, como a Polícia Federal. Mas cita a Presidência como a que menos funciona. “O presidente é o centro de gravidade, o catalisador de todas as ações mais importantes. Precisa se comunicar com a nação, o que não ocorre hoje. A presidente se volta para si mesma, para os seus amigos, correligionários, não tem diálogo franco com a nação”, opina. Mas, ainda assim, não acredita em impeachment. “Não existe impeachment sem vontade clara da população. É um mecanismo regular de sistema presidencialista, mas é traumático. Pode trazer consequências como crise econômica, desemprego, congresso com o presidente desmoralizado”, pondera.
Ele comenta ainda a prisão do senador Delcídio do Amaral, fala sobre corrupção e lembra que os Estados Unidos eram um país muito corrupto até a década de 30, assim como a Inglaterra. Defende o voto facultativo, diz que só sofreu ameaças uma vez pelas redes sociais e que foi vítima de racismo no Supremo.
Pouco mais de um ano depois de se aposentar, o ex-ministro diz que não sente falta da vida pública. Foram mais de 40 anos dedicados a ela, sendo 11 deles ao STF. Fora do cenário político, ele diz que vê o Brasil como um país sobressaltado. “A cada momento acontece uma estupefação nova”, declara, creditando as raízes da crise ao início de uma confrontação do país consigo mesmo. Sobre a crise política atual, o ex-ministro é enfático ao afirmar que o país “precisa de lideranças políticas com visão clara de sociedade para completar essa formação inacabada do estado”.
Joaquim Barbosa e Roberto D'Avila
Apesar de tudo, Barbosa afirma que parte das instituições continua funcionando, sobretudo as de controle do estado, como a Polícia Federal. Mas cita a Presidência como a que menos funciona. “O presidente é o centro de gravidade, o catalisador de todas as ações mais importantes. Precisa se comunicar com a nação, o que não ocorre hoje. A presidente se volta para si mesma, para os seus amigos, correligionários, não tem diálogo franco com a nação”, opina. Mas, ainda assim, não acredita em impeachment. “Não existe impeachment sem vontade clara da população. É um mecanismo regular de sistema presidencialista, mas é traumático. Pode trazer consequências como crise econômica, desemprego, congresso com o presidente desmoralizado”, pondera.
Ele comenta ainda a prisão do senador Delcídio do Amaral, fala sobre corrupção e lembra que os Estados Unidos eram um país muito corrupto até a década de 30, assim como a Inglaterra. Defende o voto facultativo, diz que só sofreu ameaças uma vez pelas redes sociais e que foi vítima de racismo no Supremo.
Fonte: g1.globo.com