http://goo.gl/NRf54w | A Justiça determinou que a Universidade de São Paulo (USP), campus em São Carlos (SP), forneça cápsulas de fosfoetanolamina sintética para ajudar no tratamento a um paciente de câncer em Votorantim (SP). O pedido foi protocolado na Justiça Federal de Sorocaba (SP) e após 24 horas, o juiz Marcos Alves Tavares concedeu a liminar. Após ser notificada, a universidade tem cinco dias para entregar as cápsulas.
Distribuída pela USP de São Carlos por causa de decisões judiciais, a fosfoetanolamina, alardeada como cura para diversos tipos de câncer, não passou por testes em humanos necessários para se saber se é mesmo eficaz, e por isso não é considerada um remédio, como destaca a própria universidade. Ela não tem registro na Anvisa e seus efeitos nos pacientes são desconhecidos. Tampouco se sabe qual seria a dosagem adequada para tratamento. Relatos de cura com o uso dessa substância não são cientificamente considerados prova de eficácia, já que não tiveram acompanhamento adequado de pesquisadores.
"A gente juntou provas, como depoimentos pessoais de pessoas que usaram a substância, conseguimos receita médica e termo de responsabilidade do paciente assumindo qualquer efeito colateral", afirmou o advogado da família Felipe Muzel.
Enoque dos Santos está internado no Hospital Santo Antônio, em Votorantim, há cerca de uma semana devido a um câncer de próstata. A doença está em estágio de metástase. As cápsulas com a substância foram distribuídas gratuitamente pela USP de São Carlos a pacientes com câncer por mais de 20 anos.
Por causa da decisão, muitos recorreram à Justiça. Em outubro deste ano, a briga foi parar no Supremo Tribunal Federal, que autorizou a produção e distribuição do produto. Mas, desde novembro, a distribuição da substância foi novamente suspensa.
A fosfoetanolamina não possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o oncologista Gilson Delgado explica que ainda não é possível saber a reação do componente no organismo.
"Não sabemos como [a substância] funciona, como o organismo pode receber esse medicamento, nem os tipos de doença que ela pode melhorar e pior, se ela tem um tipo de toxicidade que não está sendo observado", analisou.
Fonte: G1
Distribuída pela USP de São Carlos por causa de decisões judiciais, a fosfoetanolamina, alardeada como cura para diversos tipos de câncer, não passou por testes em humanos necessários para se saber se é mesmo eficaz, e por isso não é considerada um remédio, como destaca a própria universidade. Ela não tem registro na Anvisa e seus efeitos nos pacientes são desconhecidos. Tampouco se sabe qual seria a dosagem adequada para tratamento. Relatos de cura com o uso dessa substância não são cientificamente considerados prova de eficácia, já que não tiveram acompanhamento adequado de pesquisadores.
"A gente juntou provas, como depoimentos pessoais de pessoas que usaram a substância, conseguimos receita médica e termo de responsabilidade do paciente assumindo qualquer efeito colateral", afirmou o advogado da família Felipe Muzel.
Enoque dos Santos está internado no Hospital Santo Antônio, em Votorantim, há cerca de uma semana devido a um câncer de próstata. A doença está em estágio de metástase. As cápsulas com a substância foram distribuídas gratuitamente pela USP de São Carlos a pacientes com câncer por mais de 20 anos.
Com liminar
Mas apesar de ser tida como a cura do problema, a fosfoetanolamina não passou por nenhum teste em humanos e por decisões judiciais teve de ter sua distribuição interrompida em junho do ano passado.Por causa da decisão, muitos recorreram à Justiça. Em outubro deste ano, a briga foi parar no Supremo Tribunal Federal, que autorizou a produção e distribuição do produto. Mas, desde novembro, a distribuição da substância foi novamente suspensa.
A fosfoetanolamina não possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o oncologista Gilson Delgado explica que ainda não é possível saber a reação do componente no organismo.
"Não sabemos como [a substância] funciona, como o organismo pode receber esse medicamento, nem os tipos de doença que ela pode melhorar e pior, se ela tem um tipo de toxicidade que não está sendo observado", analisou.
Fonte: G1