http://goo.gl/BtXvU9 | Uma universitária pernambucana e transexual está no restrito grupo de candidatos aprovados no 18° Exame de Ordem Unificado, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Esse seria o primeiro caso de uma trans aprovada no teste no estado. Robeyoncé Lima, 27 anos, é estudante do curso de direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e também é formada em geografia pela mesma instituição pública. No último teste, cuja segunda fase aconteceu em 17 de janeiro, apenas 21% dos inscritos passaram.
Robeyoncé sempre estudou em escola pública. Fez o teste da OAB pela primeira vez. “Quinze dias antes de fazer a primeira fase, em novembro do ano passado, mergulhei nos estudos. Até deixei de sair para me dedicar mais. Todo mundo espera que, por você ser da UFPE, deve carregar o nome da faculdade no teste”, comentou.
A transexual disse ter começado a se envolver mais profundamente com os estudos ainda criança. Antes de conquistar uma vaga de direito na UFPE na primeira vez que fez o vestibular para o curso, também já tinha feito geografia na federal e meio ambiente no Instituto Federal de Pernambuco (IFPE). “Quando eu era criança, os outros meninos e meninas não gostavam de brincar comigo. Acho que pelo meu jeito feminino, meu comportamento diferente. Não sei se tinham vergonha. Me isolei e comecei a ganhar gosto pela leitura, pelos estudos”, lembrou.
O nome social ela conta ser uma homenagem à cantora americana Beyoncé. “Foi uma forma que encontrei de demonstrar o quanto gosto dela”, disse, explicando que a primeira sílaba do nome tem relação com o nome de batismo. A estudante pretende seguir a área de direito trabalhista e atualmente faz estágio na Justiça Federal. “Cada vitória da gente é importante. As pessoas trans têm que ocupar espaço. Quantas deixam de preencher vagas de emprego, mesmo sendo qualificadas, por conta do preconceito? Quero compartilhar essa vitória com todas as amigas e amigos trans”, pontuou.
Gustavo Freire, presidente da Comissão de Seleção e Inscrição da OAB-PE, está na Ordem desde 2013. Desde então, disse nunca ter ouvido falar em caso semelhante. “A história dela ainda é uma exceção e por isso é uma prova de que a gente ainda tem uma longa estrada a percorrer para a sociedade se libertar do preconceito e cumprir o que diz a Constituição, que garante a igualdade para todos”.
No 18° exame da OAB, 124 mil pessoas se inscreveram para fazer os testes, divididos em duas etapas. Na primeira, os candidatos fazem uma prova de múltipla escolha. Na segunda, a prova é discursiva. O teste é feito pelo menos três vezes por ano. Apenas estudantes cursando o último ano de direito e pessoas já formadas podem se inscrever. A aprovação permite que o bacharel em direito seja inserido nos quadros da OAB como advogado ou advogada.
Robeyoncé sempre estudou em escola pública. Fez o teste da OAB pela primeira vez. “Quinze dias antes de fazer a primeira fase, em novembro do ano passado, mergulhei nos estudos. Até deixei de sair para me dedicar mais. Todo mundo espera que, por você ser da UFPE, deve carregar o nome da faculdade no teste”, comentou.
A transexual disse ter começado a se envolver mais profundamente com os estudos ainda criança. Antes de conquistar uma vaga de direito na UFPE na primeira vez que fez o vestibular para o curso, também já tinha feito geografia na federal e meio ambiente no Instituto Federal de Pernambuco (IFPE). “Quando eu era criança, os outros meninos e meninas não gostavam de brincar comigo. Acho que pelo meu jeito feminino, meu comportamento diferente. Não sei se tinham vergonha. Me isolei e comecei a ganhar gosto pela leitura, pelos estudos”, lembrou.
O nome social ela conta ser uma homenagem à cantora americana Beyoncé. “Foi uma forma que encontrei de demonstrar o quanto gosto dela”, disse, explicando que a primeira sílaba do nome tem relação com o nome de batismo. A estudante pretende seguir a área de direito trabalhista e atualmente faz estágio na Justiça Federal. “Cada vitória da gente é importante. As pessoas trans têm que ocupar espaço. Quantas deixam de preencher vagas de emprego, mesmo sendo qualificadas, por conta do preconceito? Quero compartilhar essa vitória com todas as amigas e amigos trans”, pontuou.
Gustavo Freire, presidente da Comissão de Seleção e Inscrição da OAB-PE, está na Ordem desde 2013. Desde então, disse nunca ter ouvido falar em caso semelhante. “A história dela ainda é uma exceção e por isso é uma prova de que a gente ainda tem uma longa estrada a percorrer para a sociedade se libertar do preconceito e cumprir o que diz a Constituição, que garante a igualdade para todos”.
No 18° exame da OAB, 124 mil pessoas se inscreveram para fazer os testes, divididos em duas etapas. Na primeira, os candidatos fazem uma prova de múltipla escolha. Na segunda, a prova é discursiva. O teste é feito pelo menos três vezes por ano. Apenas estudantes cursando o último ano de direito e pessoas já formadas podem se inscrever. A aprovação permite que o bacharel em direito seja inserido nos quadros da OAB como advogado ou advogada.
Fonte: curiosamente diariodepernambuco