'Fico feliz que a justiça tenha sido feita', diz Taís Araújo, sobre prisões de grupos racistas

http://goo.gl/OpiU4w | O titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio, Alessandro Thiers, afirmou, na manhã desta quarta-feira (16), que apenas um grupo foi responsáveis por ofensas racistas na Internet a Thaís Araújo, Maria Júlia Coutinho e Sheron Menezes. Em entrevista à imprensa no início da tarde na Cidade da Polícia, Subúrbio do Rio, ele detalhou a operação em sete estados que aconteceu mais cedo e teve cinco presos - quatro com mandados e mais um em flagrante. Já Taís comentou brevemente a operação no início da tarde.

Procurada pela TV Globo, a atriz não gravou entrevista, mas disse: "Fico feliz que a Justiça tenha sido feita. Espero que crimes desse tipo, contra qualquer mulher negra, não fiquem impunes".

Segundo Thiers, ao todo, a ação teve quatro prisões.  A operação aconteceu em sete estados: Rio, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Minas, São Paulo e Rio Grande do Sul. A ação tinha como objetivo cumprir quatro mandados de prisão e 11 de busca e apreensão.

"É o mesmo grupo [que ofendeu Taís, Sheron e Majú]. A intenção era chamar atenção. Escolhiam pessoas públicas, com notoriedade e seus integrantes se mobilizavam. Havia um código de conduta, se eles não participassem (das ofensas) eram punidos", diz o investigador.

A ação

Foram presos homens em Santa Catarina, São Paulo, Bahia e Rio Grande do Sul. O detido em Porto Alegre foi preso em flagrante por ter acervo de vídeos com imagens de pedofilia. Os investigadores teriam ficado "horrorizados" com vídeos de crianças de 1 a 5 anos.

Thiers disse que, "em pleno século XXI nada justifica a atitude" do grupo. O titular da DRCI afirmou ainda que a prisão foi uma demonstração de força das polícias de todo o Brasil e que nada na web é anônimo.

"Tudo que acontece na internet deixa rastro. É importante que as pessoas registrem os casos na delegacia", afirmou, De acordo com ele, o "grupo é imenso" e outras pessoas ainda podem ser presas.

Às 8h51, um homem já tinha sido preso, na cidade de Brumado, na Bahia. Em São Paulo, um dos suspeitos de liderar o grupo que cometeu ataques racistas, que é menor de idade, foi apreendido em Jandira. Ele foi encaminhado para a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC). Um dos alvos de prisão no Paraná é de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O suspeito já está preso desde dezembro de 2015 pelo crime de pedofilia e também será investigado por essa prática criminosa. Outro mandado de busca também foi cumprido em São José dos Pinhais.



Tiago foi preso na Bahia nesta quarta-feira (10) (Foto: Divulgação / Polícia Civil)

No Rio Grande do Sul, os mandados de busca e apreensão foram executados em Porto Alegre e Cachoeira do Sul, na Região Central. Na capital, um suspeito de praticar os crimes foi levado à delegacia para prestar depoimento e acabou preso por posse de material pornográfico ilegal. Com ele, foi apreendido um computador.  No fim da manhã, os agentes fizeram mais uma prisão em Navegantes, Santa Catarina.

Por Gabriel Barreira
Fonte: G1
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