http://goo.gl/LRHu6s | O juiz do 3° Tribunal de Júri do Rio de Janeiro Alexandre Abrahão disse que o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003) se mostrou totalmente ineficaz, ao longo dos últimos 13 anos, para impedir mortes violentas no país. Segundo ele, as "pilhas de cadáveres" que se acumulam desde então comprovam o quanto a situação da violência não foi resolvida. A afirmação foi feita durante debate na Escola de Magistratura do Rio de Janeiro (Emerj).
“O Estatuto do Desarmamento funcionou? Não, não funcionou. As pilhas de cadáveres aumentam em todo o Brasil ao longo desses anos, mesmo o país tendo uma das legislações mais rigorosas do mundo no que se refere ao porte de armas", disse Alexandre Abrahão.
Segundo o juiz, o problema não é da legislação, mas de fiscalização dos órgãos competentes, que precisam retirar as armas das mãos dos criminosos. "Nosso problema é estrutural, não legislativo. Precisamos aparelhar nossas instituições para que ajam de forma correta e precisa, reduzindo as armas que vão para as mãos do crime”, disse o juiz.
Para a deputada estadual Martha Rocha (PSD), que também participa do debate, o controle de armas de fogo é mais complicado do que parece. Segundo a parlamentar, que já foi chefe da Polícia Civil fluminense, mesmo armas registradas são usadas em ações criminais: “De dez armas capturadas pela polícia, que foram usadas em assaltos, sequestros e homicídios, quatro são registradas. Isso só mostra que esses armamentos mais cedo ou mais tarde caem nas mãos de criminosos".
Com 15 milhões de armas de fogo (8 para cada 100 mil habitantes), o Brasil ocupa a 75ª posição em um ranking que analisou a quantidade de armas nas mãos de civis em 184 nações. Segundo o Mapa da Violência, do total de armas no Brasil, 6,8 milhões estão registradas e 8,5 milhões estão ilegais, com pelo menos 3,8 milhões nas mãos de criminosos.
Edição Denise Griesinger
Fonte: agencia brasil ebc
“O Estatuto do Desarmamento funcionou? Não, não funcionou. As pilhas de cadáveres aumentam em todo o Brasil ao longo desses anos, mesmo o país tendo uma das legislações mais rigorosas do mundo no que se refere ao porte de armas", disse Alexandre Abrahão.
Segundo o juiz, o problema não é da legislação, mas de fiscalização dos órgãos competentes, que precisam retirar as armas das mãos dos criminosos. "Nosso problema é estrutural, não legislativo. Precisamos aparelhar nossas instituições para que ajam de forma correta e precisa, reduzindo as armas que vão para as mãos do crime”, disse o juiz.
Para a deputada estadual Martha Rocha (PSD), que também participa do debate, o controle de armas de fogo é mais complicado do que parece. Segundo a parlamentar, que já foi chefe da Polícia Civil fluminense, mesmo armas registradas são usadas em ações criminais: “De dez armas capturadas pela polícia, que foram usadas em assaltos, sequestros e homicídios, quatro são registradas. Isso só mostra que esses armamentos mais cedo ou mais tarde caem nas mãos de criminosos".
Estatística
Segundo o Mapa da Violência 2015, mais de 880 mil pessoas morreram no Brasil vítimas de armas de fogo (homicídios, suicídios e acidentes) de 1980 a 2012. No último ano do levantamento, 42.416 pessoas morreram por disparo no país, o equivalente a 116 óbitos por dia. Em 2004, primeiro ano após a vigência do Estatuto do Desarmamento, o número de homicídios por arma de fogo registrou queda pela primeira vez após mais de uma década de crescimento ininterrupto – de 39.325 mortes (2003) para 37.113 (2004).Com 15 milhões de armas de fogo (8 para cada 100 mil habitantes), o Brasil ocupa a 75ª posição em um ranking que analisou a quantidade de armas nas mãos de civis em 184 nações. Segundo o Mapa da Violência, do total de armas no Brasil, 6,8 milhões estão registradas e 8,5 milhões estão ilegais, com pelo menos 3,8 milhões nas mãos de criminosos.
Edição Denise Griesinger
Fonte: agencia brasil ebc