goo.gl/ZAAmVx | A presidente Dilma Rousseff quer aproveitar o Dia do Trabalho, 1º de Maio (domingo), para anunciar um reajuste nos benefícios do programa Bolsa Família. O índice do aumento ainda não está fechado, mas, no Palácio do Planalto, auxiliares da presidente dizem que será na faixa de 5%.
Dilma também foi aconselhada a conceder mais uma bondade neste domingo: um porcentual de correção da tabela do Imposto de Renda, para compensar a inflação acumulada. Ela pediu à equipe que refaça os cálculos sobre o impacto da medida no Orçamento.
As propostas integram o Programa Nacional de Emergência aprovado pela cúpula do PT, em fevereiro, com sugestões ao governo para enfrentar a crise, e também são defendidas pela Frente Brasil Popular.
A intenção de Dilma é sair na frente do vice-presidente Michel Temer, que, se assumir o governo, pretende focar nos 5% mais pobres do País, como mostrou nesta quinta-feira reportagem do Estado.
Dilma já está ciente de que não há mais como vencer a primeira etapa da batalha do impeachment no plenário do Senado, programada para o próximo dia 11, mas aposta no julgamento final da Casa, previsto para setembro. Com o impeachment aceito, Dilma precisa se afastar do cargo por até 180 dias.
A presidente deve participar da comemoração do Dia do Trabalho organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, ao lado de seu padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva.
Agricultura. Nesta quinta, 28, em reunião com o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch, e representantes das 27 federações de agricultura do País, a presidente Dilma voltou a defender o seu mandato, repetindo que "um golpe está em curso no País e que não há crime de responsabilidade porque "as chamadas pedaladas são feitas desde 1994, por todos os governos e nenhum foi punido". Dilma avisou ainda que "vai lutar para permanecer no cargo".
A Contag pediu à presidente que libere pelo menos R$ 30 bilhões para o plano de agricultura familiar que será lançado na quarta-feira da semana que vem, no Planalto. Pediram também que Dilma não deixe aumentar a taxa de juros para os financiamentos do setor, justificando que eles já foram elevados o ano passado. Dilma prometeu que "vai se esforçar ao máximo junto a área econômica" para atendê-los.
Na entrevista, Alberto Broch, defendeu ainda a invasão de terras improdutivas, como forma de luta para garantir assentamentos. "A Contag sempre defendeu a ocupação de terras improdutivas. Vocês sabem de algum assentamento feito no Brasil que não foi com luta? Se tiver algum, nos últimos 30 anos, me avisem", declarou ele, acrescentando que "ocupação de terras improdutivas é natural da luta".
Sobre o futuro possível governo Michel Temer, Alberto Broch afirmou que "tem receio não só em relação à agricultura familiar, mas em relação aos direitos". E avisou: "mexer na aposentadoria de um trabalhador rural que ganha um salário mínimo? Vocês acham que nós vamos aceitar isso? Nós não vamos aceitar isso. Mexer nos direitos trabalhistas para um trabalhador rural, onde mais de 60% estão na informalidade e que nós não temos poder de negociar com patronato? A nossa garantia é a legislação". / COLABOROU TÂNIA MONTEIRO
Dilma também foi aconselhada a conceder mais uma bondade neste domingo: um porcentual de correção da tabela do Imposto de Renda, para compensar a inflação acumulada. Ela pediu à equipe que refaça os cálculos sobre o impacto da medida no Orçamento.
As propostas integram o Programa Nacional de Emergência aprovado pela cúpula do PT, em fevereiro, com sugestões ao governo para enfrentar a crise, e também são defendidas pela Frente Brasil Popular.
A intenção de Dilma é sair na frente do vice-presidente Michel Temer, que, se assumir o governo, pretende focar nos 5% mais pobres do País, como mostrou nesta quinta-feira reportagem do Estado.
Dilma já está ciente de que não há mais como vencer a primeira etapa da batalha do impeachment no plenário do Senado, programada para o próximo dia 11, mas aposta no julgamento final da Casa, previsto para setembro. Com o impeachment aceito, Dilma precisa se afastar do cargo por até 180 dias.
A presidente deve participar da comemoração do Dia do Trabalho organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, ao lado de seu padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva.
Agricultura. Nesta quinta, 28, em reunião com o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch, e representantes das 27 federações de agricultura do País, a presidente Dilma voltou a defender o seu mandato, repetindo que "um golpe está em curso no País e que não há crime de responsabilidade porque "as chamadas pedaladas são feitas desde 1994, por todos os governos e nenhum foi punido". Dilma avisou ainda que "vai lutar para permanecer no cargo".
A Contag pediu à presidente que libere pelo menos R$ 30 bilhões para o plano de agricultura familiar que será lançado na quarta-feira da semana que vem, no Planalto. Pediram também que Dilma não deixe aumentar a taxa de juros para os financiamentos do setor, justificando que eles já foram elevados o ano passado. Dilma prometeu que "vai se esforçar ao máximo junto a área econômica" para atendê-los.
Na entrevista, Alberto Broch, defendeu ainda a invasão de terras improdutivas, como forma de luta para garantir assentamentos. "A Contag sempre defendeu a ocupação de terras improdutivas. Vocês sabem de algum assentamento feito no Brasil que não foi com luta? Se tiver algum, nos últimos 30 anos, me avisem", declarou ele, acrescentando que "ocupação de terras improdutivas é natural da luta".
Sobre o futuro possível governo Michel Temer, Alberto Broch afirmou que "tem receio não só em relação à agricultura familiar, mas em relação aos direitos". E avisou: "mexer na aposentadoria de um trabalhador rural que ganha um salário mínimo? Vocês acham que nós vamos aceitar isso? Nós não vamos aceitar isso. Mexer nos direitos trabalhistas para um trabalhador rural, onde mais de 60% estão na informalidade e que nós não temos poder de negociar com patronato? A nossa garantia é a legislação". / COLABOROU TÂNIA MONTEIRO
Por Vera Rosa
Fonte: Estadão