goo.gl/sPmk4w | O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, participou ontem, em Salvador, do 2º Colégio de Presidente de Seccionais da OAB-BA. À imprensa, ele teceu comentários sobre alguns pontos relacionados à atual conjuntura política, com destaque para a gestão interina de Michel Temer, que tem sete ministros citados na Operação Lava-Jato.
“A OAB continua coerente com as suas posturas. Quando foi anunciado o Ministério interino, criticamos a presença dos nomes de ministros investigados. Não se trata de negar o direito de defesa dessas pessoas, mas sim de se esperar que o governo traga um novo patamar ético para a política brasileira”, declarou Lamachia. “É isso que a OAB defende: pessoas que assumam a política brasileira e que estejam acima de qualquer suspeita. O que dissemos antes está sendo confirmado, porque um Ministério com pessoas investigadas não seria bom para o Brasil”.
O advogado disse ainda que o governo provisório poderia buscar nomes fora do Congresso para ocupar as pastas, já que várias pessoas qualificadas estão fora da vida pública: “Por que um ministério tem que ser composto por homens que estejam na Câmara ou no Senado? Temos inúmeros nomes que hoje não tem qualquer suspeita sobre eles. O problema do Brasil é um problema de opção mesmo. O país nesse momento precisa ter um novo patamar, precisa avançar”.
Sobre a Operação Lava Jato, Lamachia espera que haja uma prioridade no julgamento dos processos, tanto na esfera do Supremo Tribunal Federal (STF), como no âmbito do juiz Sérgio Moro. “A sociedade brasileira quer respostas. Mas isso só vai acontecer após o julgamento desses processos. A política não dá resultados. Os atores políticos não conseguem conversar e compatibilizar uma agenda que seja construtiva para o Brasil”.
Impeachment – Baseada nas “pedaladas fiscais”, a OAB nacional também apresentou um pedido de impeachment da presidente Dilma, posição que se mantém apesar das polêmicas envolvendo a gestão interina. “Entendemos que há crime de responsabilidade. Queremos o melhor para o Brasil, seja o governo que for. Queremos que o Brasil volte a crescer e supere a crise”, justificou Lamachia. “Tanto é que apresentamos um pedido de impeachment com mais elementos, além deste que está sendo apreciado hoje. A OAB não teve divisão sobre isso, mas sim uma decisão democrática”.
O advogado ainda se disse preocupado com os últimos capítulos da crise política, sobretudo com os vazamentos de grampos telefônicos, que trazem à luz novos nomes envolvidos com ilegalidades. “Entretanto, é preciso assegurar o direito de defesa. Não podemos combater um crime com outro. Por isso defendemos tanto que haja o respeito às prerrogativas da democracia e da Constituição Federal”, ressaltou.
Questionado se as delações premiadas poderiam, de alguma forma, desacreditar os processos, Lamachia declarou que tais acordos são totalmente necessários: “A delação premiada é uma lei e ela deve ser exercida com os princípios constitucionais. Sendo ela trabalhada de acordo com os princípios da Constituição Federal, não vejo problema nenhum”.
Essa semana, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele também se mostrou confiante nas ações da Justiça, declarando “a noção de impunidade parece estar ameaçada e, por isso, algumas pessoas podem estar incomodadas”.
Por Guilherme Reis
Fonte: tribunadabahia
“A OAB continua coerente com as suas posturas. Quando foi anunciado o Ministério interino, criticamos a presença dos nomes de ministros investigados. Não se trata de negar o direito de defesa dessas pessoas, mas sim de se esperar que o governo traga um novo patamar ético para a política brasileira”, declarou Lamachia. “É isso que a OAB defende: pessoas que assumam a política brasileira e que estejam acima de qualquer suspeita. O que dissemos antes está sendo confirmado, porque um Ministério com pessoas investigadas não seria bom para o Brasil”.
O advogado disse ainda que o governo provisório poderia buscar nomes fora do Congresso para ocupar as pastas, já que várias pessoas qualificadas estão fora da vida pública: “Por que um ministério tem que ser composto por homens que estejam na Câmara ou no Senado? Temos inúmeros nomes que hoje não tem qualquer suspeita sobre eles. O problema do Brasil é um problema de opção mesmo. O país nesse momento precisa ter um novo patamar, precisa avançar”.
Sobre a Operação Lava Jato, Lamachia espera que haja uma prioridade no julgamento dos processos, tanto na esfera do Supremo Tribunal Federal (STF), como no âmbito do juiz Sérgio Moro. “A sociedade brasileira quer respostas. Mas isso só vai acontecer após o julgamento desses processos. A política não dá resultados. Os atores políticos não conseguem conversar e compatibilizar uma agenda que seja construtiva para o Brasil”.
Impeachment – Baseada nas “pedaladas fiscais”, a OAB nacional também apresentou um pedido de impeachment da presidente Dilma, posição que se mantém apesar das polêmicas envolvendo a gestão interina. “Entendemos que há crime de responsabilidade. Queremos o melhor para o Brasil, seja o governo que for. Queremos que o Brasil volte a crescer e supere a crise”, justificou Lamachia. “Tanto é que apresentamos um pedido de impeachment com mais elementos, além deste que está sendo apreciado hoje. A OAB não teve divisão sobre isso, mas sim uma decisão democrática”.
Para presidente nacional da OAB, o “Brasil está derretendo”
Claudio Lamachia também comentou a instabilidade econômica do país, que, na sua opinião, está indo de mal a pior. “Sob o aspecto econômico, o Brasil está derretendo. Precisamos necessariamente sair dessa agenda negativa com a qual estamos convivendo”, pontuou.O advogado ainda se disse preocupado com os últimos capítulos da crise política, sobretudo com os vazamentos de grampos telefônicos, que trazem à luz novos nomes envolvidos com ilegalidades. “Entretanto, é preciso assegurar o direito de defesa. Não podemos combater um crime com outro. Por isso defendemos tanto que haja o respeito às prerrogativas da democracia e da Constituição Federal”, ressaltou.
Questionado se as delações premiadas poderiam, de alguma forma, desacreditar os processos, Lamachia declarou que tais acordos são totalmente necessários: “A delação premiada é uma lei e ela deve ser exercida com os princípios constitucionais. Sendo ela trabalhada de acordo com os princípios da Constituição Federal, não vejo problema nenhum”.
Essa semana, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele também se mostrou confiante nas ações da Justiça, declarando “a noção de impunidade parece estar ameaçada e, por isso, algumas pessoas podem estar incomodadas”.
Por Guilherme Reis
Fonte: tribunadabahia