goo.gl/WxpT1P | O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, enviou o segundo pedido de abertura de inquérito feito contra o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, ao presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, para que ele avalie se o caso deve ser relatado pelo ministro Gilmar Mendes.
Para Teori, o segundo pedido, sobre se houve tentativa de esconder o mensalão mineiro na CPI dos Correios, tem conexão com outra investigação aberta por Mendes contra Aécio a partir da delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral.
O primeiro pedido de inquérito trata de suposto esquema de corrupção em Furnas. Inicialmente, o caso foi enviado a Teori, relator da Operação Lava Jato, porque as informações foram prestadas na delação de Delcídio. Mas o ministro não viu conexão com a Lava Jato, que apura fraudes na Petrobras, e pediu envio a novo relator. Por sorteio, o caso caiu com Gilmar Mendes.
Mendes abriu inquérito, mas, diante de informações prestadas por Aécio Neves de que não havia novos indícios, suspendeu a coleta de provas autorizada e pediu uma reavaliação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autor dos dois pedidos.
O segundo pedido feito por Janot também tem como alvos o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB). Os três são suspeitos, segundo a PGR, da tentativa de esconder dados sobre o mensalão mineiro durante a CPI dos Correios, em 2005, que investigou o mensalão do PT.
"Cabe destacar que, a partir do aludido termo de colaboração 18 de Delcídio do Amaral, foi autuado inquérito nesta Corte, a requerimento do Ministério Público, e redistribuído, nesta data, para relatoria do Min. Gilmar Mendes, em razão da ausência dos requisitos para distribuição por prevenção para minha relatoria. Diante da correlação direta dos fatos narrados neste procedimento com aqueles descritos em inquérito redistribuído nesta data, submeto o caso à Presidência desta Corte, para análise de possível redistribuição do presente procedimento ao Ministro Gilmar Mendes", diz Teori.
Agora, caberá a Lewandowski decidir se encaminha esse segundo pedido de investigação sobre Aécio a Gilmar Mendes, a quem caberá decidir sobre a abertura do inquérito.
Segundo a delação de Delcídio, quando surgiram pedidos de quebra de sigilo contra o Banco Rural integrantes do PSDB ficaram incomodados. Que o então governador de Minas, Aécio Neves, enviou pedido pelo então secretário-geral do PSDB, Eduardo Paes, para prorrogar prazos de entrega das quebras.
O senador cassado falou que, além de Aécio e Paes, o deputado Carlos Sampaio também participou da maquiagem dos dados. Segundo ele, o relatório final da CPI dos Correios "foi feito com base nestes dados maquiados".
Por Mariana Oliveira
Para Teori, o segundo pedido, sobre se houve tentativa de esconder o mensalão mineiro na CPI dos Correios, tem conexão com outra investigação aberta por Mendes contra Aécio a partir da delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral.
O primeiro pedido de inquérito trata de suposto esquema de corrupção em Furnas. Inicialmente, o caso foi enviado a Teori, relator da Operação Lava Jato, porque as informações foram prestadas na delação de Delcídio. Mas o ministro não viu conexão com a Lava Jato, que apura fraudes na Petrobras, e pediu envio a novo relator. Por sorteio, o caso caiu com Gilmar Mendes.
Mendes abriu inquérito, mas, diante de informações prestadas por Aécio Neves de que não havia novos indícios, suspendeu a coleta de provas autorizada e pediu uma reavaliação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autor dos dois pedidos.
O segundo pedido feito por Janot também tem como alvos o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB). Os três são suspeitos, segundo a PGR, da tentativa de esconder dados sobre o mensalão mineiro durante a CPI dos Correios, em 2005, que investigou o mensalão do PT.
"Cabe destacar que, a partir do aludido termo de colaboração 18 de Delcídio do Amaral, foi autuado inquérito nesta Corte, a requerimento do Ministério Público, e redistribuído, nesta data, para relatoria do Min. Gilmar Mendes, em razão da ausência dos requisitos para distribuição por prevenção para minha relatoria. Diante da correlação direta dos fatos narrados neste procedimento com aqueles descritos em inquérito redistribuído nesta data, submeto o caso à Presidência desta Corte, para análise de possível redistribuição do presente procedimento ao Ministro Gilmar Mendes", diz Teori.
Agora, caberá a Lewandowski decidir se encaminha esse segundo pedido de investigação sobre Aécio a Gilmar Mendes, a quem caberá decidir sobre a abertura do inquérito.
O que disse Delcídio
No termo de colaboração 18 de Delcídio do Amaral, ele indica irregularidades para maquiar dados do Banco Rural em relação ao mensalão mineiro durante a CPI dos Correios, em 2005, que investigou o mensalão do PT. Delcídio do Amaral era presidente da CPI.Segundo a delação de Delcídio, quando surgiram pedidos de quebra de sigilo contra o Banco Rural integrantes do PSDB ficaram incomodados. Que o então governador de Minas, Aécio Neves, enviou pedido pelo então secretário-geral do PSDB, Eduardo Paes, para prorrogar prazos de entrega das quebras.
O senador cassado falou que, além de Aécio e Paes, o deputado Carlos Sampaio também participou da maquiagem dos dados. Segundo ele, o relatório final da CPI dos Correios "foi feito com base nestes dados maquiados".
Por Mariana Oliveira
Fonte: G1