goo.gl/DBkzCn | O cliente que apanhou e foi humilhado por frentista de um posto próximo ao trevo Imbirussu, em março de 2014, considera que o valor de R$ 4 mil da indenização concedido pela Justiça é pouco diante da humilhação que passou. “Penso que o valor de R$ 3 que eu iria abastecer possa ter influenciado na decisão do juiz. Nunca senti tanta humilhação”, comenta Jonas Eduardo Preza Souza, 39 anos.
Jonas Souza, que é motorista de ônibus, e na época trabalhava na Viação Cidade Morena, disse que já fazia acompanhamento psicológico na empresa e depois do ocorrido no posto, ele conta ter ficado um ano afastado do serviço em razão de depressão. “Não incluí isso no processo porque o afastamento aconteceu depois que já havia dado entrada”, lembrou.
Sobre o caso, Jonas Souza, que mora próximo ao posto, disse que nunca esqueceu a cena de humilhação que passou naquela noite de sábado de março, que pretendia sair com a esposa até a casa de um amigo.
Segundo ele, como já passava das 22 horas, não havia outro local aberto perto da residência para abastecer sua biz. “Eu não era cliente do posto, mas era o único 24 horas próximo de casa”, conta Jonas, explicando que com R$ 3,00, na ocasião, conseguia colocar 1,5 litro de gasolina, “suficiente para rodar 60 km na moto.”
Conforme Jonas, ao chegar ao posto estacionou numa fila em que havia um carro e uma motocicleta a sua frente, de um lado da bomba; no outro lado também tinha outra fila de veículos. O frentista teria atendido os dois clientes da sua frente e foi atender a outra fila e esqueceu dele.
Ao questionar ao funcionário do posto se não iria abastecer sua motocicleta, o frentista teria iniciado as agressões verbais e disse que Jonas era um otário. “Você viu que estou atendendo essa fila e ficou aí parado, não mudou”, lembra ele sobre a resposta do rapaz.
Continuando, o funcionário o chamou de “mané” e “pobre” por estar numa biz. Jonas, já irritado com o fato retrucou que seria “melhor ser pobre do que ser frentista”, palavras que deixou o rapaz ainda mais nervoso. O cliente afirma que em nenhum momento disse o valor que iria abastecer.
Jonas conta que o frentista já estava alterado desde o primeiro momento. Mas teria ficado mais nervoso com sua resposta. “O rapaz foi até o caixa e pegou um taco de madeira e aí iniciou as ameaças de agressões físicas”, conta o cliente.
“Falei a ele, para com isso abasteça minha moto”, insistiu Jonas. Mas o funcionário se negou a abastecer e o xingou de “gordo” e “viado”. Com a negativa, o cliente replicou alguns palavrões ao rapaz, mas nega que em algum momento o ameaçou.
Ciente que não conseguiria abastecer, conta que colocou o capacete para sair quando recebeu um soco forte no capacete que o fez perder os sentidos e as vistas escureceram. “Mesmo sendo agredido eu não revidei, pois sou cristão e jamais seria capaz de agredir alguém”, comentou Jonas, acrescentando que foi a procura de um gerente para denunciar a agressão e a situação, uma vez que as pessoas que estavam no local estavam todas rindo dele.
Segundo Jonas, o encarregado fez pouco caso dos fatos. “Apenas disse que tomaria uma medida administrativa contra o funcionário”, afirmou ele, que voltou para casa chateado com a cena e por não ter conseguido abastecer a biz.
O cliente disse que decidiu procurar o advogado por conta da revolta que ficou diante do tratamento que recebeu. Entrou com duas ações, uma contra o frentista por agressão e danos morais e outra contra o estabelecimento, por danos morais.
A decisão da última quinta-feira, 12, condenou à revelia (se ausentou a audiência) o posto a indenizar Jonas em R$ 4 mil por danos morais. O frentista ainda não foi condenado em razão de não ter sido citado ainda, “pois ele muda muito de endereço”, contou Jonas.
Jonas disse que na próxima semana vai conversar com a advogada e ver a possibilidade de questionar o valor da indenização. Pai de um filho e duas enteadas, Jonas está desempregado e ainda faz tratamento psicológico por conta de depressão.
Por Antonio Marques
Fonte: campograndenews
Jonas Souza, que é motorista de ônibus, e na época trabalhava na Viação Cidade Morena, disse que já fazia acompanhamento psicológico na empresa e depois do ocorrido no posto, ele conta ter ficado um ano afastado do serviço em razão de depressão. “Não incluí isso no processo porque o afastamento aconteceu depois que já havia dado entrada”, lembrou.
Sobre o caso, Jonas Souza, que mora próximo ao posto, disse que nunca esqueceu a cena de humilhação que passou naquela noite de sábado de março, que pretendia sair com a esposa até a casa de um amigo.
Segundo ele, como já passava das 22 horas, não havia outro local aberto perto da residência para abastecer sua biz. “Eu não era cliente do posto, mas era o único 24 horas próximo de casa”, conta Jonas, explicando que com R$ 3,00, na ocasião, conseguia colocar 1,5 litro de gasolina, “suficiente para rodar 60 km na moto.”
Conforme Jonas, ao chegar ao posto estacionou numa fila em que havia um carro e uma motocicleta a sua frente, de um lado da bomba; no outro lado também tinha outra fila de veículos. O frentista teria atendido os dois clientes da sua frente e foi atender a outra fila e esqueceu dele.
Ao questionar ao funcionário do posto se não iria abastecer sua motocicleta, o frentista teria iniciado as agressões verbais e disse que Jonas era um otário. “Você viu que estou atendendo essa fila e ficou aí parado, não mudou”, lembra ele sobre a resposta do rapaz.
Continuando, o funcionário o chamou de “mané” e “pobre” por estar numa biz. Jonas, já irritado com o fato retrucou que seria “melhor ser pobre do que ser frentista”, palavras que deixou o rapaz ainda mais nervoso. O cliente afirma que em nenhum momento disse o valor que iria abastecer.
Jonas conta que o frentista já estava alterado desde o primeiro momento. Mas teria ficado mais nervoso com sua resposta. “O rapaz foi até o caixa e pegou um taco de madeira e aí iniciou as ameaças de agressões físicas”, conta o cliente.
“Falei a ele, para com isso abasteça minha moto”, insistiu Jonas. Mas o funcionário se negou a abastecer e o xingou de “gordo” e “viado”. Com a negativa, o cliente replicou alguns palavrões ao rapaz, mas nega que em algum momento o ameaçou.
Ciente que não conseguiria abastecer, conta que colocou o capacete para sair quando recebeu um soco forte no capacete que o fez perder os sentidos e as vistas escureceram. “Mesmo sendo agredido eu não revidei, pois sou cristão e jamais seria capaz de agredir alguém”, comentou Jonas, acrescentando que foi a procura de um gerente para denunciar a agressão e a situação, uma vez que as pessoas que estavam no local estavam todas rindo dele.
Segundo Jonas, o encarregado fez pouco caso dos fatos. “Apenas disse que tomaria uma medida administrativa contra o funcionário”, afirmou ele, que voltou para casa chateado com a cena e por não ter conseguido abastecer a biz.
O cliente disse que decidiu procurar o advogado por conta da revolta que ficou diante do tratamento que recebeu. Entrou com duas ações, uma contra o frentista por agressão e danos morais e outra contra o estabelecimento, por danos morais.
A decisão da última quinta-feira, 12, condenou à revelia (se ausentou a audiência) o posto a indenizar Jonas em R$ 4 mil por danos morais. O frentista ainda não foi condenado em razão de não ter sido citado ainda, “pois ele muda muito de endereço”, contou Jonas.
Jonas disse que na próxima semana vai conversar com a advogada e ver a possibilidade de questionar o valor da indenização. Pai de um filho e duas enteadas, Jonas está desempregado e ainda faz tratamento psicológico por conta de depressão.
Por Antonio Marques
Fonte: campograndenews