goo.gl/DyvPgk | O sonho de Thiago Evangelista, 31 anos, é um só: dar aulas. Mas para isso, ele precisa de auxílio de um equipamento especial que o permita se comunicar sem a ajuda de uma monitora. Thiago nasceu com paralisia cerebral e teve a fala e os movimentos comprometidos. No ano passado, se formou em Geografia pela Uniasselvi Polo Florianópolis. Foi então que desenvolveu o projeto Professor Thiago, em que visita escolas e faculdades para dar palestras para apresentar o próprio sistema de comunicação, além de explicar temas relacionados a área de estudo.
Atualmente, Thiago precisa do auxílio de alguém para se expressar. Com o movimento dos olhos, ele indica em quadro de acrílico letras para então, aos poucos, o mediador formar as palavras. Mas hoje, um sistema tecnológico é capaz de realizar essa função e dar mais autonomia ao jovem. O dispositivo, que é acoplado ao notebook, consegue ler o movimento ocular e comanda todas as funções no computador. O equipamento é importado e tem tecnologia sueca, por isso, tem custo elevado: R$31 mil.
Sem condições de arcar com esse valor, Thiago busca ajuda por meio de uma campanha criada no site de financiamento coletivo Catarse. Até ontem à tarde, ele já havia arrecadado R$7.170. Lá, ele escreve que um de seus principais desafios sempre foi a comunicação.
— Para me comunicar é sempre necessário um mediador: a pessoa que me acompanha faz esse papel. Mas isso limita muito a minha autonomia e independência. Um grande sonho sempre foi que eu pudesse falar, entrar na internet, preparar aulas, responder emails e me comunicar em qualquer lugar e com qualquer pessoa — explica.
— O sistema de comunicação é sempre o mesmo, os recursos é que evoluem. Nós sempre temos que achar brecha para que eles consigam se comunicar — diz.
Rosane descarta qualquer tipo de preconceito, mas admite que muitos desconhecem a forma como Thiago se comunica e como funciona o sistema. Para driblar essa dificuldade de compreensão, a ideia é investir ainda mais nas aulas:
— O objetivo do projeto é difundir esse tipo de comunicação para que as pessoas tenham mais acesso a pessoas com dificuldades na fala. Em muitas crianças que, como ele, não falam, o cognitivo não é aparente e então acham que eles não entendem, mas eles são muito inteligentes.
Em agosto, Thiago dará uma palestra no curso de Pedagogia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Por Karine Wenzel
Fonte: dc clicrbs
Atualmente, Thiago precisa do auxílio de alguém para se expressar. Com o movimento dos olhos, ele indica em quadro de acrílico letras para então, aos poucos, o mediador formar as palavras. Mas hoje, um sistema tecnológico é capaz de realizar essa função e dar mais autonomia ao jovem. O dispositivo, que é acoplado ao notebook, consegue ler o movimento ocular e comanda todas as funções no computador. O equipamento é importado e tem tecnologia sueca, por isso, tem custo elevado: R$31 mil.
Sem condições de arcar com esse valor, Thiago busca ajuda por meio de uma campanha criada no site de financiamento coletivo Catarse. Até ontem à tarde, ele já havia arrecadado R$7.170. Lá, ele escreve que um de seus principais desafios sempre foi a comunicação.
— Para me comunicar é sempre necessário um mediador: a pessoa que me acompanha faz esse papel. Mas isso limita muito a minha autonomia e independência. Um grande sonho sempre foi que eu pudesse falar, entrar na internet, preparar aulas, responder emails e me comunicar em qualquer lugar e com qualquer pessoa — explica.
Comunicação por olhar
A mãe de Thiago, Rosane Wolff Evangelista, explica que o sistema de comunicação utilizado hoje foi adotado há anos pela família, mas que em casa, na maioria das vezes, dispensam o recurso, pois se entendem por meio dos olhares de Thiago e de códigos estabelecidos, como balanço da cabeça.— O sistema de comunicação é sempre o mesmo, os recursos é que evoluem. Nós sempre temos que achar brecha para que eles consigam se comunicar — diz.
Rosane descarta qualquer tipo de preconceito, mas admite que muitos desconhecem a forma como Thiago se comunica e como funciona o sistema. Para driblar essa dificuldade de compreensão, a ideia é investir ainda mais nas aulas:
— O objetivo do projeto é difundir esse tipo de comunicação para que as pessoas tenham mais acesso a pessoas com dificuldades na fala. Em muitas crianças que, como ele, não falam, o cognitivo não é aparente e então acham que eles não entendem, mas eles são muito inteligentes.
Em agosto, Thiago dará uma palestra no curso de Pedagogia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Por Karine Wenzel
Fonte: dc clicrbs