goo.gl/OQxrgZ | Com mais de 588 mil adeptos no Brasil, segundo o Censo de 2010, as religiões de matriz africana não terão espaço reservado no centro ecumênico que será instalado na Vila Olímpica, na Barra da Tijuca, onde ficarão abrigados os atletas da Rio-2016. O local terá espaço para cerimônias do cristianismo, islamismo, judaísmo, hinduísmo e budismo.
O centro ecumênico foi idealizado para que os atletas manifestem sua religiosidade no período dos Jogos. Representantes das religiões deixadas de fora, como Candomblé e Umbanda, repudiam a decisão, que classificam como discriminação de tradições que fazem parte da cultura brasileira.
“Por séculos, convivemos com crimes de ódio e preconceito. Embora hoje tenhamos leis ao nosso lado, o poder público demonstra nessa atitude que não tem interesse em dar visibilidade a essas tradições que foram perseguidas e se tornaram patrimônio cultural”, critica Marcelo Fritz, coordenador do Instituto Cultural de Apoio e Pesquisa às Tradições Afro (Icapra) e conselheiro da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (Abam).
Para a mãe de santo Analys de Oyá, praticante do Candomblé (declarado patrimônio imaterial do estado em lei sancionada em 2009), o comitê organizador deveria ter ouvido entidades representativas dessas religiões.
“Antigamente, a gente não podia dizer que era candomblecista por causa de preconceito. Provavelmente os atletas de matriz africana ainda sofrem isso e devem ficar com medo de divulgar que são”, diz a mãe de santo.
“É lamentável que a discriminação seja tão forte por parte do poder público e que a gente perca a oportunidade de expressar nossa cultura para o mundo”, acrescenta Analys de Oyá.
Por meio da assessoria de imprensa, o Comitê Organizador da Rio-2016 informou que o Comitê Olímpico Internacional (COI) fez um levantamento, com base em dados estatísticos, reunindo as cinco religiões mais seguidas pelos atletas que participarão das competições a partir de agosto, vindos do mundo inteiro.
Depois, o COI encaminhou essa pesquisa aos organizadores do centro ecumênico para organização da estrutura que atenderá os atletas, disse a assessoria.
O comitê esclareceu que não é possível agradar a todos, em função da pluralidade religiosa, e ressaltou que o centro ecumênico estará aberto para adeptos de todas as religiões interessados em auxílio espiritual.
O espaço será coordenado pelo padre Leandro Lenin, ligado à Arquidiocese do Rio de Janeiro, e vai funcionar das 7h às 22h, promovendo cerimônias conforme os rituais de cada doutrina em três idiomas: português, inglês e espanhol. O centro terá um ambiente de convivência e uma sala para aconselhamento particular. Procurada, a Arquidiocese não se manifestou até o fechamento desta edição.
Fonte: odia ig
O centro ecumênico foi idealizado para que os atletas manifestem sua religiosidade no período dos Jogos. Representantes das religiões deixadas de fora, como Candomblé e Umbanda, repudiam a decisão, que classificam como discriminação de tradições que fazem parte da cultura brasileira.
“Por séculos, convivemos com crimes de ódio e preconceito. Embora hoje tenhamos leis ao nosso lado, o poder público demonstra nessa atitude que não tem interesse em dar visibilidade a essas tradições que foram perseguidas e se tornaram patrimônio cultural”, critica Marcelo Fritz, coordenador do Instituto Cultural de Apoio e Pesquisa às Tradições Afro (Icapra) e conselheiro da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (Abam).
Para a mãe de santo Analys de Oyá, praticante do Candomblé (declarado patrimônio imaterial do estado em lei sancionada em 2009), o comitê organizador deveria ter ouvido entidades representativas dessas religiões.
“Antigamente, a gente não podia dizer que era candomblecista por causa de preconceito. Provavelmente os atletas de matriz africana ainda sofrem isso e devem ficar com medo de divulgar que são”, diz a mãe de santo.
“É lamentável que a discriminação seja tão forte por parte do poder público e que a gente perca a oportunidade de expressar nossa cultura para o mundo”, acrescenta Analys de Oyá.
Por meio da assessoria de imprensa, o Comitê Organizador da Rio-2016 informou que o Comitê Olímpico Internacional (COI) fez um levantamento, com base em dados estatísticos, reunindo as cinco religiões mais seguidas pelos atletas que participarão das competições a partir de agosto, vindos do mundo inteiro.
Depois, o COI encaminhou essa pesquisa aos organizadores do centro ecumênico para organização da estrutura que atenderá os atletas, disse a assessoria.
O comitê esclareceu que não é possível agradar a todos, em função da pluralidade religiosa, e ressaltou que o centro ecumênico estará aberto para adeptos de todas as religiões interessados em auxílio espiritual.
O espaço será coordenado pelo padre Leandro Lenin, ligado à Arquidiocese do Rio de Janeiro, e vai funcionar das 7h às 22h, promovendo cerimônias conforme os rituais de cada doutrina em três idiomas: português, inglês e espanhol. O centro terá um ambiente de convivência e uma sala para aconselhamento particular. Procurada, a Arquidiocese não se manifestou até o fechamento desta edição.
Fonte: odia ig