goo.gl/3lioVY | Confundido com um estuprador de mulheres que agia em Belo Horizonte e ficou conhecido como o “maníaco do Anchieta”, o artista plástico Eugênio Fiúza Queiroz, 66, passou 18 anos preso injustamente. Agora, uma decisão da Justiça obriga o Estado a pagar ao homem uma indenização de cinco salários mínimos mensais, enquanto ele estiver vivo. A decisão é de primeira instância, e o Estado ainda pode recorrer.
A assessoria de imprensa da Advocacia-Geral do Estado informou ontem que ainda não havia sido notificada da sentença, que foi proferida no dia 4 de julho, e só vai analisar a possibilidade de recurso após a notificação. O Estado chegou a ser intimado pela 5ª Vara da Fazenda Pública na última quinta-feira e teria oito horas para começar a pagar a pensão. No entanto, a AGE reafirmou que também não houve notificação.
Na sentença, o juiz Adriano de Mesquita Carneiro defendeu que o Estado deve realizar o pagamento “uma vez que (Queiroz) já é idoso e que ficou encarcerado, injustamente, por um tempo considerável”. O magistrado relatou também que o risco de dano materializa-se em lesões irreparáveis à vida e à dignidade da vítima.
Em depoimento, Queiroz disse que chegou a ficar em uma cela com 50 pessoas. “Nesses anos, vi presos morrerem, mulheres, agentes, bandidos, mas eu era o mais vulnerável, fazendo meus desenhos, minha arte”, disse. “Se fosse para ir para as guerras do Vietnã ou do Iraque, eu iria para não passar por tudo isso que passei”, concluiu.
Fonte: otempo
A assessoria de imprensa da Advocacia-Geral do Estado informou ontem que ainda não havia sido notificada da sentença, que foi proferida no dia 4 de julho, e só vai analisar a possibilidade de recurso após a notificação. O Estado chegou a ser intimado pela 5ª Vara da Fazenda Pública na última quinta-feira e teria oito horas para começar a pagar a pensão. No entanto, a AGE reafirmou que também não houve notificação.
Na sentença, o juiz Adriano de Mesquita Carneiro defendeu que o Estado deve realizar o pagamento “uma vez que (Queiroz) já é idoso e que ficou encarcerado, injustamente, por um tempo considerável”. O magistrado relatou também que o risco de dano materializa-se em lesões irreparáveis à vida e à dignidade da vítima.
Depoimento
A arte e a fé foram o que deram alento e força para que Queiroz sobrevivesse atrás das grades. Ontem, em uma audiência na Assembleia Legislativa, o artista plástico contou detalhes dos anos em cárcere. Ele foi preso em 1995 ao ser confundido por vítimas do criminosos. O engano só foi desfeito quando o verdadeiro estuprador, o ex-bancário Pedro Meyer, acabou reconhecido por outras mulheres em 2012.Em depoimento, Queiroz disse que chegou a ficar em uma cela com 50 pessoas. “Nesses anos, vi presos morrerem, mulheres, agentes, bandidos, mas eu era o mais vulnerável, fazendo meus desenhos, minha arte”, disse. “Se fosse para ir para as guerras do Vietnã ou do Iraque, eu iria para não passar por tudo isso que passei”, concluiu.
Fonte: otempo