goo.gl/A8qycE | Os 70 anos da Federação Democrática Internacional de Mulheres (Fedim) foram celebrados, nesta segunda-feira (22), em sessão especial do Senado, presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS). Durante a sessão, a presidente da Fedim, Márcia Campos, à frente da instituição há 15 anos, defendeu o direito das mulheres a um ano de licença-maternidade e a construção de mais creches no país.
— Essa é uma das principais bandeiras das mulheres trabalhadoras, e nós temos essa bandeira há muito tempo aqui no Brasil. Infelizmente tem andado pouco. Mas nós queremos deixar claro que a creche e o aumento da licença-maternidade são fundamentais para que a mulher trabalhadora tenha condições de trabalhar e fazer parte da construção do nosso país — afirmou.
Para Márcia, a sociedade precisa assumir a maternidade como um bem social, pois a criança não é apenas da mulher, mas da sociedade. A presidente da Fedim pediu ainda a solidariedade ao povo da Síria, que sofre a guerra há cinco anos. Ela disse ainda que a federação luta pelo fim das guerras em todo o mundo.
— Nós queremos as mulheres do mundo emancipadas, com trabalho, com direito à maternidade digna, com direito a uma licença-maternidade digna, com direito a fazer valer a voz da mulher junto aos homens do mundo para que todas nós sejamos livres — disse.
O senador lembrou ainda as conquistas na legislação brasileira em favor das mulheres, como a aprovação da lei que garante os direitos sociais às empregadas domésticas e da Lei Maria da Penha. Paim defendeu ainda a aprovação do Projeto de Lei da Câmara 130/2011, que multa os empregadores que cometem discriminação entre mulheres e homens para fins de remuneração profissional e oportunidades de ascensão profissional.
— Quando eu o relatei nas comissões e aprovei e o projeto veio para o Plenário, eu tinha o entendimento — já se passaram mais de dois anos — de que essa lei seria aprovada de imediato. Mas apareceu aqui um recurso para mandar esse projeto para a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária e para a Comissão de Serviços de Infraestrutura. O que têm a ver reforma agrária e infraestrutura com o direito das mulheres? Não têm nada a ver! —questionou Paim.
Também participaram da sessão a presidente da Confederação das Mulheres do Brasil, Gláucia Morelli; o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, Ubiraci Dantas de Oliveira; e a vice-presidente e secretária da Mulher do Partido Pátria Livre, Rosanita Monteiro de Campos.
Um dos princípios da federação é o de garantir os direitos das mulheres e um bom futuro para as crianças em um mundo de paz. Atualmente, conta com 660 organizações filiadas, em 160 países.
Fonte: Agência Senado
— Essa é uma das principais bandeiras das mulheres trabalhadoras, e nós temos essa bandeira há muito tempo aqui no Brasil. Infelizmente tem andado pouco. Mas nós queremos deixar claro que a creche e o aumento da licença-maternidade são fundamentais para que a mulher trabalhadora tenha condições de trabalhar e fazer parte da construção do nosso país — afirmou.
Para Márcia, a sociedade precisa assumir a maternidade como um bem social, pois a criança não é apenas da mulher, mas da sociedade. A presidente da Fedim pediu ainda a solidariedade ao povo da Síria, que sofre a guerra há cinco anos. Ela disse ainda que a federação luta pelo fim das guerras em todo o mundo.
— Nós queremos as mulheres do mundo emancipadas, com trabalho, com direito à maternidade digna, com direito a uma licença-maternidade digna, com direito a fazer valer a voz da mulher junto aos homens do mundo para que todas nós sejamos livres — disse.
Tráfico
Na abertura da sessão, Paim falou do tráfico internacional de pessoas. Ele citou estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo as quais apenas o tráfico de mulheres e crianças movimenta anualmente de US$ 7 bilhões a US$ 9 bilhões por ano. Paim lembrou do sequestro de mais de 200 garotas estudantes na Nigéria pelo grupo terrorista Boko Haram em 2015 e falou da importância do trabalho da Fedim para garantir os direitos das mulheres.O senador lembrou ainda as conquistas na legislação brasileira em favor das mulheres, como a aprovação da lei que garante os direitos sociais às empregadas domésticas e da Lei Maria da Penha. Paim defendeu ainda a aprovação do Projeto de Lei da Câmara 130/2011, que multa os empregadores que cometem discriminação entre mulheres e homens para fins de remuneração profissional e oportunidades de ascensão profissional.
— Quando eu o relatei nas comissões e aprovei e o projeto veio para o Plenário, eu tinha o entendimento — já se passaram mais de dois anos — de que essa lei seria aprovada de imediato. Mas apareceu aqui um recurso para mandar esse projeto para a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária e para a Comissão de Serviços de Infraestrutura. O que têm a ver reforma agrária e infraestrutura com o direito das mulheres? Não têm nada a ver! —questionou Paim.
Também participaram da sessão a presidente da Confederação das Mulheres do Brasil, Gláucia Morelli; o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, Ubiraci Dantas de Oliveira; e a vice-presidente e secretária da Mulher do Partido Pátria Livre, Rosanita Monteiro de Campos.
História
Conforme relatado por Gláucia Morelli, a história da Fedim começou após a Segunda Guerra Mundial, quando 850 mulheres se uniram na França. A Federação Internacional das Mulheres é uma organização não governamental, que une mulheres de diferentes setores e crenças em defesa de direitos, de igualdade, de emprego e por uma sociedade mais justa para as mulheres.Um dos princípios da federação é o de garantir os direitos das mulheres e um bom futuro para as crianças em um mundo de paz. Atualmente, conta com 660 organizações filiadas, em 160 países.
Fonte: Agência Senado