Ameaçada e estuprada: Justiça absolve mulher que matou o ex-namorado com 12 tiros

goo.gl/OPNVJi | Por unanimidade, a massagista Ana Raquel Santos da Trindade, 31, que matou em novembro de 2014 com  12 tiros o ex-namorado, Renato Patrick Machado de Menezes, 35, nos Ingleses, Norte da Ilha, foi absolvida no julgamento popular que ocorreu nesta quinta-feira (17) em Florianópolis. Obcecado pela massagista, Renato era uma pessoa agressiva que a ameaçava e a estuprava.



Ana Raquel, no fundo, deu doze tiros no ex e disse que preferia ir para a cadeia do que viver com ele - Colombo de Souza/ND

Ela registrou mais de dez boletins de ocorrência na Delegacia da Mulher de Florianópolis, pediu medida protetiva, mas a Justiça não concedeu.  Então, a alternativa foi conseguir uma arma para se proteger.  Após disparar os seis primeiros tiros, ela recarregou o revólver calibre 32 e avançou mais uma vez para cima de Renato, quando disparou outras  seis vezes.

 “Prefiro ir para a cadeia do que viver contigo”, disse enquanto atirava. Na sequência telefonou para a polícia e entregou o revólver. O assassinato ocorreu no dia 16 de novembro de 2014, no quintal da casa onde ela morava.   Ana ficou presa durante 26 dias no Presídio Feminino de Florianópolis e,  nos últimos tempos, aguardava o julgamento em liberdade. Neste período, ela cumpriu todas as exigências impostas pela Justiça, se apresentando regularmente ao juiz que concedeu a medida.

No julgamento desta quinta-feira, Ana detalhou a obsessão que vinha sofrendo pelo agressor que a queria como posse. Com voz embargada, e às vezes chorando, ela respondeu a todas as perguntas do juiz  Marcelo Volpato de Souza e disse que conheceu Renato em uma casa de massagens, em Curitiba (PR) onde ela foi trabalhar. Renato era sócio de uma rede de casa de massagens.

Ela disse que teve um relacionamento com ele durante seis meses, mas terminou e se mudou para Florianópolis. Obcecado,  o agressor vinha com frequência ao balneário de Ingleses, onde ela morava.  Ana passava o cadeado no portão, mas não adiantava.  “Ele tentou me matar diversas vezes na frente de meu filho de quatro anos”.  Depois de ouvir o relato da massagista, o promotor de justiça se voltou para o corpo de jurados e pediu a absolvição de Ana.

Fonte: ndonline
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