Constrangimento: Menino é expulso de clube de escoteiros mirins por ser transgênero

goo.gl/uihhX0 | Joe Maldonado, um menino americano de oito anos, queria entrar no grupo de escoteiros Pack 87, em Secaucus, New Jersey, porque muitos de seus amigos participavam. Então sua mãe o inscreveu no grupo, mas, um mês depois, o menino teve de sair porque é transgênero.

Sua mãe, Kristie Maldonado contou a história ao The Guardian: "Porque ele não nasceu um menino, ele não pôde mais participar do grupo". Ela disse que não sabia que os escoteiros tinham problemas com isso até receber uma ligação de um representante do grupo, perguntando se Joe tinha nascido menina.

"De início, bem, eu não o respondi. Eu apenas disse: 'vocês não pediram por um registro de nascimento'. Eu disse que ninguém nunca viu meu filho nu", disse Kristie. A ligação foi uma surpresa já que Joe é aberto sobre sua identidade de gênero e sempre foi muito respeitado na escola como um menino, inclusive no grupo dos escoteiros pelas outras crianças.

Mas, na ligação, o representante disse que alguns pais de outros meninos começaram a perguntar sobre Joe e seu nome anterior, que era Jodi, e disseram que ele não poderia fazer parte dos escoteiros. O Pack 87 é representado pela Boy Scouts, associação nacional americana que representa os clubes de escoteiros.

"Se eles tivessem dito isso desde o início, porque eu sei que é mais um assunto sensível e sei que é uma organização privada, eu teria dito 'ok, nós não podemos entrar, não faremos isso neste ano' e teria dado uma desculpa para o Joe. Mas não se pode aceitar uma criança e, depois de um mês, dizer que ela não pode mais frequentar", desabafou a mãe ao jornal.

Segundo o The Guardian, os grupos de escoteiros dos Estados Unidos começaram a aceitar gays recentemente, mas o Boy Scouts disse, por meio de comunicado, que a situação com transgêneros é diferente.

"Ninguém deve ser removido de nossos programas com base na orientação sexual, mas identidade de gênero não está relacionada a orientação sexual", diz o comunicado, que reitera que os programas de escoteiros sempre foram feitos para meninos identificados como meninos em seus registros de nascimento.

O jornal perguntou se o grupo aceitaria uma menina que nasceu como menino, mas o Boy Scouts não respondeu.

Fonte: emais estadao
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