goo.gl/zLAiwJ | O servidor do Frotinha da Parangaba, João Batista de Oliveira, 56 anos, é uma das 15 supostas vítimas de fraude que foram até o 5º distrito policial na tarde de ontem, com o objetivo de denunciar Olga Pereira Ramos, 58 anos, por supostamente aplicar golpe e se passar por advogada. O funcionário público municipal chegou a fazer empréstimo no mês de outubro para pagar a suspeita de exercer a profissão de forma irregular.
Olga Pereira foi presa em flagrante na manhã de ontem, conforme informou o titular do 5º Distrito Policial, delegado Renê Andrade. A equipe da delegacia prendeu a mulher no pátio do hospital Frotinha da Parangaba. Olga é suspeita de praticar estelionato e lucrar aproximadamente R$ 20 mil com golpes, a maioria contra servidores públicos municipais.
O delegado ressalta que há suspeita de envolvimento dela em fraudes contra familiares de detentos, de pessoas que tentavam assumir cargos mediante concurso público e de quem buscava a aposentadoria. “Ela recebeu determinado valor para garantir acesso de um familiar para visitar um presídio. Quando a pessoa foi ingressar na penitenciária, na Região Metropolitana de Fortaleza, foi barrada. Porque a advogada não atendeu o que havia prometido a esse familiar do detento”, relatou o delegado.
Fátima Maia, de 63 anos, é servidora municipal há 36 anos e, pela experiência no cargo, estranhou a abordagem da falsa advogada. Fátima procurou o Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort).
“Estranhei, eu não tinha levado nenhum documento meu e ela teve acesso a uma suposta conta que eu tinha no INSS. Disse que eu tinha direito a aposentadoria. Hoje entrei em contato e fui avisada de que havia algo de errado. Eu estava com o dinheiro (R$ 1,5 mil) para pagar a ela, mas aí ela foi presa”, contou.
O presidente da Comissão de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), José Damasceno Sampaio, afirmou que a Ordem fiscaliza casos de exercício ilegal da profissão. Ele afirmou que também há casos de bacharéis que não conseguem passar no exame da OAB e trabalham ilegalmente. Ele afirmou ainda que, se constatado envolvimento de advogados nas fraudes, serão instaurados processos disciplinares.
O Sindifort obteve vitória na Justiça para o pagamento dos atrasados. A correção desses valores começou a ser paga em janeiro de 2016, após acordo assinado com a Prefeitura em 2015.
A suspeita teria abordado os servidores. Segundo os relatos, ela perguntava sobre as ações e dizia que o valor repassado pelo sindicato era inferior ao que os servidores realmente teriam direito. “A credibilidade e o nome do Sindifort são feitos com muita luta e não vamos deixar que uma pessoa dessas venha a prejudicar a nossa imagem”, relatou o diretor. O sindicato informou que vai entrar com pedido para o bloqueio da conta bancária de Olga. Cartões dela nos quais se identificava como assessora jurídica em casos trabalhistas, cíveis e previdenciários foram apreendidos, além de agenda com nomes e valores de clientes, documentos de clientes, como carteiras de trabalho e de identidade.
Por Jéssika Sisnando
Fonte: Opovo
Olga Pereira foi presa em flagrante na manhã de ontem, conforme informou o titular do 5º Distrito Policial, delegado Renê Andrade. A equipe da delegacia prendeu a mulher no pátio do hospital Frotinha da Parangaba. Olga é suspeita de praticar estelionato e lucrar aproximadamente R$ 20 mil com golpes, a maioria contra servidores públicos municipais.
O delegado ressalta que há suspeita de envolvimento dela em fraudes contra familiares de detentos, de pessoas que tentavam assumir cargos mediante concurso público e de quem buscava a aposentadoria. “Ela recebeu determinado valor para garantir acesso de um familiar para visitar um presídio. Quando a pessoa foi ingressar na penitenciária, na Região Metropolitana de Fortaleza, foi barrada. Porque a advogada não atendeu o que havia prometido a esse familiar do detento”, relatou o delegado.
Fátima Maia, de 63 anos, é servidora municipal há 36 anos e, pela experiência no cargo, estranhou a abordagem da falsa advogada. Fátima procurou o Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort).
“Estranhei, eu não tinha levado nenhum documento meu e ela teve acesso a uma suposta conta que eu tinha no INSS. Disse que eu tinha direito a aposentadoria. Hoje entrei em contato e fui avisada de que havia algo de errado. Eu estava com o dinheiro (R$ 1,5 mil) para pagar a ela, mas aí ela foi presa”, contou.
Defesa
Olga foi autuada em flagrante por estelionato e exercício ilegal da profissão. Segundo contou o delegado, no depoimento ela negou que tivesse se apresentado como advogada. Ela informou que trabalhava em conjunto com dois advogados. Ela também afirmou que só prometia o que poderia fazer. Porém, na avaliação de Renê Andrade, as propostas que ela fazia aos clientes não seriam compatíveis com a realidade.O presidente da Comissão de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), José Damasceno Sampaio, afirmou que a Ordem fiscaliza casos de exercício ilegal da profissão. Ele afirmou que também há casos de bacharéis que não conseguem passar no exame da OAB e trabalham ilegalmente. Ele afirmou ainda que, se constatado envolvimento de advogados nas fraudes, serão instaurados processos disciplinares.
Frase
ELA SE APRESENTOU COMO ADVOGADA. FALA BONITO, BEM VESTIDA, CARRÃO DO ANO. FIZ UM EMPRÉSTIMO NO MESMO DIA QUE ELA PEDIU O DINHEIRO
João Batista, 56 anos
O golpe
De acordo com o diretor do Sindifort, Eriston Ferreira, a suposta estelionatária teria aplicado na maioria das pessoas golpe referente ao anuênio. Trata-se de gratificação de adicional por tempo de serviço que, no caso da Prefeitura de Fortaleza, acumulou atrasos de pagamento desde a gestão do ex-prefeito Juraci Magalhães.O Sindifort obteve vitória na Justiça para o pagamento dos atrasados. A correção desses valores começou a ser paga em janeiro de 2016, após acordo assinado com a Prefeitura em 2015.
A suspeita teria abordado os servidores. Segundo os relatos, ela perguntava sobre as ações e dizia que o valor repassado pelo sindicato era inferior ao que os servidores realmente teriam direito. “A credibilidade e o nome do Sindifort são feitos com muita luta e não vamos deixar que uma pessoa dessas venha a prejudicar a nossa imagem”, relatou o diretor. O sindicato informou que vai entrar com pedido para o bloqueio da conta bancária de Olga. Cartões dela nos quais se identificava como assessora jurídica em casos trabalhistas, cíveis e previdenciários foram apreendidos, além de agenda com nomes e valores de clientes, documentos de clientes, como carteiras de trabalho e de identidade.
OAB
Segundo o presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-CE, José Damasceno Sampaio, se for constatado o envolvimento no golpe dos dois advogados citados pela mulher, ambos podem responder por desvio de conduta e passar por medidas desde advertência até suspensão do exercício da profissão.Por Jéssika Sisnando
Fonte: Opovo