goo.gl/YrbHnE | Faltando pouco mais de um mês para a formatura de turmas de uma faculdade particular em Guarapari, no Espírito Santo, a empresa de eventos contratada por elas para realizar o baile enviou uma mensagem por e-mail, nesta sexta-feira (27), avisando que fecharia as portas devido a dificuldades financeiras.
Empresa de eventos enviou mensagem a formados comunicando que fecharia as portas (Foto: Arquivo pessoal / Lawanda Freire)
Uma das estudantes prejudicadas disse que cerca de 400 alunos da Faculdade Pitágoras de Guarapari serão imediatamente afetados pelo fechamento da empresa. A festa seria no próximo mês. O baile unificado de três turmas da engenharia pode causar prejuizo de mais de R$ 150 mil a formandos, segundo outro aluno.
Mas o prejuízo tende a ser bem maior, porque a empresa organziava o baile de 12 turmas, então a expectativa é de que cerca de 12 mil alunos sejam prejudicados.
A Polícia Civil informou que vítimas foram registrar boletins de ocorrência na delegacia da cidade, que vai conduzir as investigações pelo crime de estelionato.
"Com muita tristeza informamos que a Rumin Eventos fecha hoje suas portas. A situação financeira da empresa ficou em sérias dificuldades desde que a maior instituição de Ensino Superior desta cidade [Guarapari] começou a veicular e até mesmo difundir que a Rumin não seria permitida estar presente nas colações de grau da mesma", diz o texto.
A Faculdade Pitágoras de Guarapari disse que as cerimônias oficiais de colação de grau são feitas pela instituição e que os demais eventos de formatura, como bailes e viagens, são contratos fechados diretamente pelos estudantes com as empresas. A faculdade lamentou o ocorrido e disse que está à disposição dos alunos para prestar esclarecimentos.
A Rumin Eventos não atendeu as ligações no telefone comercial. O G1 ligou para a dona da empresa, que também não atendeu os telefonemas.
“Ficou todo mundo arrasado. Foram cinco anos estudando, três anos pagando essas formatura. Eles acabaram com isso, simplesmente. Ficou todo mundo em estado de choque. Foram 13 turmas, se não me engano, quase 400 alunos que vão ficar sem festa, sem fotos dos eventos. Já tinha culto marcado, festa marcada, só faltava imprimir o convite”, contou.
Agora, a estudante não tem esperanças de que o baile, marcado para o dia 11 de março, aconteça. O contrato individual da turma para a festa era R$ 3.800. Junto a outras 10 meninas que participariam, o prejuízo ultrapassa R$ 40 mil.
“Meus pais pagaram com muita dificuldade, algumas vezes tiveram que deixar de pagar e pagaram juros. O prejuízo está sendo grande para todo mundo”, lamentou.
A estudante disse que a turma está em contato com um advogado e vai entrar na Justiça contra a empresa.
“Eu não acredito que eles façam [a festa]. A gente ficou sabendo que a empresa está devendo muito dinheiro aos fornecedores, ao local onde a festa seria realizada. Ficamos sabendo que eles fugiram da cidade por causa das dívidas. Isso já tem tempo, mas eles não passaram essas informações pra gente”, relatou.
A situação também aconteceu com a turma de Tayrone Ferreira Gonçalves, que faz engenharia elétrica na mesma faculdade. No caso dele, a festa de formatura seria com outras duas turmas de engenharia, com o total de 47 formandos, também em março. O valor por aluno era R$ 3.200 e o prejuízo total das turmas pode ser de mais de R$ 150 mil.
“Os donos sumiram, mandaram os funcionários embora, não deram nenhuma satisfação. Eu acho que eles deram calote. Viram que a situação estava ficando meio apertada e deram calote na galera”, disse.
Leia o comunicado enviado aos formandos:
Fonte: G1 globo
Empresa de eventos enviou mensagem a formados comunicando que fecharia as portas (Foto: Arquivo pessoal / Lawanda Freire)
Uma das estudantes prejudicadas disse que cerca de 400 alunos da Faculdade Pitágoras de Guarapari serão imediatamente afetados pelo fechamento da empresa. A festa seria no próximo mês. O baile unificado de três turmas da engenharia pode causar prejuizo de mais de R$ 150 mil a formandos, segundo outro aluno.
Mas o prejuízo tende a ser bem maior, porque a empresa organziava o baile de 12 turmas, então a expectativa é de que cerca de 12 mil alunos sejam prejudicados.
A Polícia Civil informou que vítimas foram registrar boletins de ocorrência na delegacia da cidade, que vai conduzir as investigações pelo crime de estelionato.
Comunicado por e-mail
No comunicado enviado aos formandos, a empresa Rumin Eventos fala que uma instituição de ensino fez com que a empresa tivesse prejuízos."Com muita tristeza informamos que a Rumin Eventos fecha hoje suas portas. A situação financeira da empresa ficou em sérias dificuldades desde que a maior instituição de Ensino Superior desta cidade [Guarapari] começou a veicular e até mesmo difundir que a Rumin não seria permitida estar presente nas colações de grau da mesma", diz o texto.
A Faculdade Pitágoras de Guarapari disse que as cerimônias oficiais de colação de grau são feitas pela instituição e que os demais eventos de formatura, como bailes e viagens, são contratos fechados diretamente pelos estudantes com as empresas. A faculdade lamentou o ocorrido e disse que está à disposição dos alunos para prestar esclarecimentos.
A Rumin Eventos não atendeu as ligações no telefone comercial. O G1 ligou para a dona da empresa, que também não atendeu os telefonemas.
Relatos
A estudante de enfermagem Lawanda Roberta de Jesus Freire, de 22 anos, faz parte de uma comissão de formatura – grupo de alunos que participa da organização das festas – e disse um ex-funcionário da Rumin Eventos ligou na quinta-feira (26) à noite dando a notícia. Nesta sexta-feira, eles enviaram a mensagem por email.“Ficou todo mundo arrasado. Foram cinco anos estudando, três anos pagando essas formatura. Eles acabaram com isso, simplesmente. Ficou todo mundo em estado de choque. Foram 13 turmas, se não me engano, quase 400 alunos que vão ficar sem festa, sem fotos dos eventos. Já tinha culto marcado, festa marcada, só faltava imprimir o convite”, contou.
Agora, a estudante não tem esperanças de que o baile, marcado para o dia 11 de março, aconteça. O contrato individual da turma para a festa era R$ 3.800. Junto a outras 10 meninas que participariam, o prejuízo ultrapassa R$ 40 mil.
“Meus pais pagaram com muita dificuldade, algumas vezes tiveram que deixar de pagar e pagaram juros. O prejuízo está sendo grande para todo mundo”, lamentou.
A estudante disse que a turma está em contato com um advogado e vai entrar na Justiça contra a empresa.
“Eu não acredito que eles façam [a festa]. A gente ficou sabendo que a empresa está devendo muito dinheiro aos fornecedores, ao local onde a festa seria realizada. Ficamos sabendo que eles fugiram da cidade por causa das dívidas. Isso já tem tempo, mas eles não passaram essas informações pra gente”, relatou.
A situação também aconteceu com a turma de Tayrone Ferreira Gonçalves, que faz engenharia elétrica na mesma faculdade. No caso dele, a festa de formatura seria com outras duas turmas de engenharia, com o total de 47 formandos, também em março. O valor por aluno era R$ 3.200 e o prejuízo total das turmas pode ser de mais de R$ 150 mil.
“Os donos sumiram, mandaram os funcionários embora, não deram nenhuma satisfação. Eu acho que eles deram calote. Viram que a situação estava ficando meio apertada e deram calote na galera”, disse.
Leia o comunicado enviado aos formandos:
Com muita tristeza informamos que a Rumin Eventos fecha hoje suas portas. A situação financeira da empresa ficou em sérias dificuldades desde que a maior instituição de Ensino Superior desta cidade [Guarapari] começou a veicular e até mesmo difundir que a Rumin não seria permitida estar presente nas colações de grau da mesma. Tal ato foi praticado até mesmo por alguns funcionários da instituição, que se prestaram ao papel de ir pessoalmente nas salas de aula divulgando essa informação e até mesmo incentivando o não pagamento [...] colocamos as contas em dia e a empresa teve crescimento de mais de 30%. Estavamos sendo vitoriosos! Crescendo, apesar das agruras naturais da vida. Mas o sucesso incomodou, cresceu os olhos de pessoas e empresas com alto poder financeiro do país. A dor desse momento é imensurável... trabalhamos com sonhos e nesse momento o nosso sonho vai por água abaixo. O sonho de continuar, de realizar, de cumprir, de executar. Mas, tenham certeza, a dor maior é sem dúvida alguma não conseguir realizar o sonho de vocês. Nesse momento, os sonhos são interrompidos. Contamos primeiramente com a justiça de Deus, mas também confiamos que a Justiça dos homens, através dos meios legais, nos ajude nesse demanda. Nossos sinceros sentimentos.Por Manoela Albuquerque
Fonte: G1 globo