goo.gl/yQBj0Z | Um Advogado de 70 anos foi preso na tarde desta segunda-feira depois de agredir fisicamente uma jovem de 28 anos e ainda chamá-la de “macaca”. O ato ocorreu por volta das 15h na área Central de Belo Horizonte, num ponto de ônibus na Rua dos Caetés. Pessoas que testemunharam o ataque seguiram o acusado, em fuga, até a Praça Sete, onde Policiais Militares que estavam no local foram acionados.
A vítima, a cabeleireira Taciana Cristina Souza Pires, disse que se surpreendeu quando entrou no ônibus da linha 3503, na volta para casa, e o advogado, que veio logo atrás, a puxou pelos cabelos e a chamou de macaca. “Quando virei, ele me deu um tapa na cara e ainda disse que meu cabelo era feio, além de outras injúrias raciais”, afirmou a jovem. De acordo com ela, ao ser questionado de seus atos, o agressor desceu e tentou sair do local num táxi. “As pessoas, revoltadas, não deixaram o taxista arrancar. Ele então foi a pé em direção à Praça Sete e fomos atrás”, contou.
De acordo com Taciana, mesmo detido pelos militares, o homem ainda a chamou de macaca mais vezes. “As agressões verbais, de cunho racista, continuaram na frente dos policiais, que não reagiram. Quando chegamos aqui na delegacia e vi a quantidade de advogados que o esperava, percebi que queriam passar a mão na cabeça dele”, reclamou a jovem, que é filha de policial. Porém, em pouco tempo houve uma mobilização nas redes sociais e ativistas seguiram para o local em apoio à cabeleireira.
O representante da Procuradoria Estadual de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Minas Gerais, Iuri Alkimim de Paula, esclareceu que foi à Central de Flagrantes (Ceflan) 2, da Polícia Civil, no Bairro Floresta, como observador da instituição.
“Como é de praxe em casos policiais envolvendo advogados, estamos acompanhando o desenrolar da ocorrência, não em apoio a qualquer das partes. Um relatório será encaminhado à Procuradoria de Prerrogativas, que vai analisar as circunstâncias em que ocorreu o fato, bem como apontar que medidas serão adotadas pela OAB-MG frente a situação”, explicou Paula, que não adiantou se o Conselho de Ética da instituição pode punir o envolvido, se confirmando as agressões.
O advogado do idoso foi procurado na delegacia, mas disse que não tinha nada para falar sobre o caso. O delegado Mateus Fortini, que ficou responsável por ouvir os envolvidos e adotar as medidas de polícia judiciária, também não quis dar declarações. Ele não confirmou se o homem foi atuado em flagrante pela agressão física e a injúria racial. Pessoas que acompanhavam a jovem confirmaram que a soltura do agressor foi mediante o pagamento de fiança de R$ 1 mil.
Taciana Pires foi levada ainda para o Instituto Médico Legal para realizar o exame de corpo de delito. Na saída da Ceflan 2, o idoso, acompanhado por seu advogado, foi rapidamente para um carro, seguido por pessoas que o chamavam de “racista”, “covarde”, entre outras provocações. O grupo ainda cercou o veículo e foi preciso a intervenção de policiais militares para dispersá-lo. Afim de que o acusado deixasse o local.
Fonte: em
A vítima, a cabeleireira Taciana Cristina Souza Pires, disse que se surpreendeu quando entrou no ônibus da linha 3503, na volta para casa, e o advogado, que veio logo atrás, a puxou pelos cabelos e a chamou de macaca. “Quando virei, ele me deu um tapa na cara e ainda disse que meu cabelo era feio, além de outras injúrias raciais”, afirmou a jovem. De acordo com ela, ao ser questionado de seus atos, o agressor desceu e tentou sair do local num táxi. “As pessoas, revoltadas, não deixaram o taxista arrancar. Ele então foi a pé em direção à Praça Sete e fomos atrás”, contou.
De acordo com Taciana, mesmo detido pelos militares, o homem ainda a chamou de macaca mais vezes. “As agressões verbais, de cunho racista, continuaram na frente dos policiais, que não reagiram. Quando chegamos aqui na delegacia e vi a quantidade de advogados que o esperava, percebi que queriam passar a mão na cabeça dele”, reclamou a jovem, que é filha de policial. Porém, em pouco tempo houve uma mobilização nas redes sociais e ativistas seguiram para o local em apoio à cabeleireira.
O representante da Procuradoria Estadual de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Minas Gerais, Iuri Alkimim de Paula, esclareceu que foi à Central de Flagrantes (Ceflan) 2, da Polícia Civil, no Bairro Floresta, como observador da instituição.
“Como é de praxe em casos policiais envolvendo advogados, estamos acompanhando o desenrolar da ocorrência, não em apoio a qualquer das partes. Um relatório será encaminhado à Procuradoria de Prerrogativas, que vai analisar as circunstâncias em que ocorreu o fato, bem como apontar que medidas serão adotadas pela OAB-MG frente a situação”, explicou Paula, que não adiantou se o Conselho de Ética da instituição pode punir o envolvido, se confirmando as agressões.
O advogado do idoso foi procurado na delegacia, mas disse que não tinha nada para falar sobre o caso. O delegado Mateus Fortini, que ficou responsável por ouvir os envolvidos e adotar as medidas de polícia judiciária, também não quis dar declarações. Ele não confirmou se o homem foi atuado em flagrante pela agressão física e a injúria racial. Pessoas que acompanhavam a jovem confirmaram que a soltura do agressor foi mediante o pagamento de fiança de R$ 1 mil.
Taciana Pires foi levada ainda para o Instituto Médico Legal para realizar o exame de corpo de delito. Na saída da Ceflan 2, o idoso, acompanhado por seu advogado, foi rapidamente para um carro, seguido por pessoas que o chamavam de “racista”, “covarde”, entre outras provocações. O grupo ainda cercou o veículo e foi preciso a intervenção de policiais militares para dispersá-lo. Afim de que o acusado deixasse o local.
Fonte: em