goo.gl/z89Cyh | O segredo para passar em um concurso público não é estar “iluminado” ou ter um clarão de genialidade na hora da prova. O caminho para a aprovação começa muito antes desse momento: consiste em meses ou até anos de preparação direcionada e eficiente.
O desafio é imenso, porque a produtividade dos estudos depende de inúmeros fatores, tanto internos quanto externos. Para Vanessa Pancioni, gerente acadêmica da escola preparatória para concursos LFG, as variáveis internas — elementos subjetivos, como motivação e persistência — são as mais decisivas para o sucesso.
“É muito difícil ter um bom rendimento se você não consegue alinhar as suas atitudes cotidianas ao objetivo maior de ser aprovado”, diz ela. Mais do que ruídos ou interrupções, o que realmente tira a concentração dos seus estudos é não estar realmente convicto da sua capacidade de conquistar a vaga. O consequência é a autossabotagem.
A melhor saída é abandonar o pessimismo ou o otimismo exagerados, e desenvolver a sua inteligência emocional para lidar com o desafio de forma simplesmente realista.
Dito isso, é evidente que certas questões externas também podem comprometer gravemente a qualidade da preparação. Segundo Marco Antônio Araújo Júnior, diretor-executivo da Damásio Educacional, o ambiente de estudos é um dos “detalhes” mais importantes.
“O local precisa ser limpo, arejado, silencioso, sem odores, bem iluminado e confortável”, diz ele. Dificilmente você conseguirá reunir todas essas características numa sala de estar ou no quarto, então o ideal é estudar fora da sua casa.
Bibliotecas e escolas são espaços mais adequados para essa finalidade, na visão de Araújo, porque agregam outras pessoas que estão ali para estudar — haverá um clima de seriedade e introspecção pairando no ar, o que facilita a concentração.
Nenhum vilão, porém, é tão poderoso quanto as redes sociais. Durante o estudo, muita gente não resiste à tentação de checar mensagens instantâneas no celular, assistir a um vídeo divertido ou ler um pequeno texto no Facebook.
Pode parecer só um “respiro” inocente, mas a interrupção custa caro para o seu rendimento. Após uma quebra de atenção, o cérebro demora cerca de 23 minutos para retornar plenamente a uma tarefa, diz Gloria Mark, especialista em comportamento ouvida pelo jornal “The Wall Street Journal”.
A única saída, segundo Araújo, é desligar o celular ou deixá-lo no modo avião, e ficar longe de computadores ou laptops com acesso à internet. Não quer dizer que você precise se desconectar totalmente do mundo por horas e horas — nos dias atuais, isso virou uma façanha quase irrealizável.
O segredo está em delimitar horários específicos para acessar as redes sociais. Se você vai estudar durante quatro horas, por exemplo, faça pausas de 15 minutos a cada hora. Durante esse intervalo, estique as pernas, vá ao banheiro, beba água e aproveite para checar tudo o que aconteceu na internet enquanto você estava offline.
O correto é determinar um escopo para investir seu tempo e energia. Consultar editais e provas anteriores é fundamental para traçar um plano eficaz e um cronograma organizado por disciplinas.
De acordo com Araújo, o ideal é estudar entre duas ou três matérias por dia, intercaladas entre si. Se você se debruça por horas sobre um único tema, logo ficará cansado e perderá o foco; se tenta cobrir quatro ou cinco assuntos diferentes num só dia, não conseguirá se aprofundar em nenhum deles.
Para evitar distrações e desperdício de tempo, também é importante saber qual é o seu estilo de aprendizagem. “Algumas pessoas são muito visuais, outras têm mais facilidade para reter conteúdos transmitidos por sons”, diz Pancioni. A dica é testar várias metodologias para descobrir qual é a mais adequada para você.
Com um bom plano de ação e métodos adequados, você perceberá que qualidade importa mais do que quantidade. O número de páginas lidas ou de horas passadas na companhia das apostilas não importa tanto assim. O sucesso da sua preparação se mede pela efetiva retenção de informações — algo que você pode descobrir ao fazer exercícios e simulados.
Alternar leitura e resolução de exames anteriores, aliás, é um ótimo modo de arejar a cabeça. É também uma das melhores formas de gravar o conhecimento e descobrir os pontos da teoria que você ainda precisa repassar.
Especialistas em concursos também recomendam fazer simulados com tempo cronometrado e, claro, sem consulta. Quanto mais habituado você estiver à linguagem e ao estilo das perguntas da banca examinadora, maiores serão as chances de se dar bem quando a prova de verdade estiver na sua frente.
Por Claudia Gasparini
Fonte: Exame
O desafio é imenso, porque a produtividade dos estudos depende de inúmeros fatores, tanto internos quanto externos. Para Vanessa Pancioni, gerente acadêmica da escola preparatória para concursos LFG, as variáveis internas — elementos subjetivos, como motivação e persistência — são as mais decisivas para o sucesso.
“É muito difícil ter um bom rendimento se você não consegue alinhar as suas atitudes cotidianas ao objetivo maior de ser aprovado”, diz ela. Mais do que ruídos ou interrupções, o que realmente tira a concentração dos seus estudos é não estar realmente convicto da sua capacidade de conquistar a vaga. O consequência é a autossabotagem.
A melhor saída é abandonar o pessimismo ou o otimismo exagerados, e desenvolver a sua inteligência emocional para lidar com o desafio de forma simplesmente realista.
Dito isso, é evidente que certas questões externas também podem comprometer gravemente a qualidade da preparação. Segundo Marco Antônio Araújo Júnior, diretor-executivo da Damásio Educacional, o ambiente de estudos é um dos “detalhes” mais importantes.
“O local precisa ser limpo, arejado, silencioso, sem odores, bem iluminado e confortável”, diz ele. Dificilmente você conseguirá reunir todas essas características numa sala de estar ou no quarto, então o ideal é estudar fora da sua casa.
Bibliotecas e escolas são espaços mais adequados para essa finalidade, na visão de Araújo, porque agregam outras pessoas que estão ali para estudar — haverá um clima de seriedade e introspecção pairando no ar, o que facilita a concentração.
Nenhum vilão, porém, é tão poderoso quanto as redes sociais. Durante o estudo, muita gente não resiste à tentação de checar mensagens instantâneas no celular, assistir a um vídeo divertido ou ler um pequeno texto no Facebook.
Pode parecer só um “respiro” inocente, mas a interrupção custa caro para o seu rendimento. Após uma quebra de atenção, o cérebro demora cerca de 23 minutos para retornar plenamente a uma tarefa, diz Gloria Mark, especialista em comportamento ouvida pelo jornal “The Wall Street Journal”.
A única saída, segundo Araújo, é desligar o celular ou deixá-lo no modo avião, e ficar longe de computadores ou laptops com acesso à internet. Não quer dizer que você precise se desconectar totalmente do mundo por horas e horas — nos dias atuais, isso virou uma façanha quase irrealizável.
O segredo está em delimitar horários específicos para acessar as redes sociais. Se você vai estudar durante quatro horas, por exemplo, faça pausas de 15 minutos a cada hora. Durante esse intervalo, estique as pernas, vá ao banheiro, beba água e aproveite para checar tudo o que aconteceu na internet enquanto você estava offline.
Você tem um plano?
Outra atitude improdutiva é estudar a esmo, sem objetivo ou plano definido. “O primeiro passo é definir que linha de concurso você vai prestar, não ‘sair estudando’ para provas aleatoriamente, que sequer abordam o mesmo conjunto de disciplinas”, diz Pancioni.O correto é determinar um escopo para investir seu tempo e energia. Consultar editais e provas anteriores é fundamental para traçar um plano eficaz e um cronograma organizado por disciplinas.
De acordo com Araújo, o ideal é estudar entre duas ou três matérias por dia, intercaladas entre si. Se você se debruça por horas sobre um único tema, logo ficará cansado e perderá o foco; se tenta cobrir quatro ou cinco assuntos diferentes num só dia, não conseguirá se aprofundar em nenhum deles.
Para evitar distrações e desperdício de tempo, também é importante saber qual é o seu estilo de aprendizagem. “Algumas pessoas são muito visuais, outras têm mais facilidade para reter conteúdos transmitidos por sons”, diz Pancioni. A dica é testar várias metodologias para descobrir qual é a mais adequada para você.
Com um bom plano de ação e métodos adequados, você perceberá que qualidade importa mais do que quantidade. O número de páginas lidas ou de horas passadas na companhia das apostilas não importa tanto assim. O sucesso da sua preparação se mede pela efetiva retenção de informações — algo que você pode descobrir ao fazer exercícios e simulados.
Alternar leitura e resolução de exames anteriores, aliás, é um ótimo modo de arejar a cabeça. É também uma das melhores formas de gravar o conhecimento e descobrir os pontos da teoria que você ainda precisa repassar.
Especialistas em concursos também recomendam fazer simulados com tempo cronometrado e, claro, sem consulta. Quanto mais habituado você estiver à linguagem e ao estilo das perguntas da banca examinadora, maiores serão as chances de se dar bem quando a prova de verdade estiver na sua frente.
Por Claudia Gasparini
Fonte: Exame