goo.gl/gQbsBc | Cerca de dez tiros na cabeça. O laudo neurológico mal pôde detalhar, com precisão, o número de projéteis que esfacelaram o crânio do policial militar Wagner Renato Santos, 39, no dia 25 de fevereiro de 2007. Também é difícil, inclusive para a vítima, explicar como sobreviveu à tentativa de assalto por uma quadrilha que o alvejou após notar que ele era um agente público de segurança. Por causa disso, hoje é mais conhecido por seu apelido: Milagre.
No entanto, nem a intervenção divina foi capaz de acelerar o processo de indenização do PM, que estava de folga quando foi atacado. A espera foi de 8 anos e 11 meses após o incidente, uma vez que a grana só foi liberada em janeiro do ano passado.
Quando o pagamento do benefício foi feito pela Secretaria de Segurança Pública, veio no valor de R$ 267 mil. Superou o limite de indenizações da PM, que atualmente é de R$ 200 mil, porque o STJ (Superior Tribunal Judiciário) sentenciou o acréscimo de 10% sobre o valor corrigido da indenização do Seguro de Vida da PM, além das correções monetárias.
A promoção imediata a uma patente superior (a de sargento, no caso de Wagner) outra garantia do Estado aos policiais militares mortos ou lesionados em serviço, também representou uma batalha judicial. Só foi conquistada no mês passado, aprovada por um juiz de primeira instância.
Segundo o advogado de Wagner, Fernando Capano, que é responsável pelo departamento jurídico da APMD-Fesp (Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiências Físicas do Estado de São Paulo), o governo estadual, muito provavelmente, vai recorrer.
A dificuldade de Wagner, como na maioria dos casos, foi provar a relação da tentativa de homicídio com sua função de policial militar.
"Perdi quase tudo que eu tinha enquanto esperava pelo benefício. Só uma moto, que eu tinha financiado, foi paga pelos meus colegas. Os homens de farda são uma grande família, todos se ajudam. Mas me senti abandonado pelo Estado", contou Wagner.
Segundo o policial, a sindicância feita pelo Comando da Polícia Militar quase sempre desfavorece os agentes.
Milagre/ Wagner afirma que passou por três cirurgias e sobreviveu a um igual número de derrames cerebrais, que foram decorrentes de complicações. Ele relata que ainda tem três balas alojadas na cabeça. Hoje, ele cursa o quarto ano de direito e sonha ser um dia magistrado federal.
Por Renan Xavier
Fonte: diariosp
No entanto, nem a intervenção divina foi capaz de acelerar o processo de indenização do PM, que estava de folga quando foi atacado. A espera foi de 8 anos e 11 meses após o incidente, uma vez que a grana só foi liberada em janeiro do ano passado.
Quando o pagamento do benefício foi feito pela Secretaria de Segurança Pública, veio no valor de R$ 267 mil. Superou o limite de indenizações da PM, que atualmente é de R$ 200 mil, porque o STJ (Superior Tribunal Judiciário) sentenciou o acréscimo de 10% sobre o valor corrigido da indenização do Seguro de Vida da PM, além das correções monetárias.
A promoção imediata a uma patente superior (a de sargento, no caso de Wagner) outra garantia do Estado aos policiais militares mortos ou lesionados em serviço, também representou uma batalha judicial. Só foi conquistada no mês passado, aprovada por um juiz de primeira instância.
Segundo o advogado de Wagner, Fernando Capano, que é responsável pelo departamento jurídico da APMD-Fesp (Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiências Físicas do Estado de São Paulo), o governo estadual, muito provavelmente, vai recorrer.
A dificuldade de Wagner, como na maioria dos casos, foi provar a relação da tentativa de homicídio com sua função de policial militar.
"Perdi quase tudo que eu tinha enquanto esperava pelo benefício. Só uma moto, que eu tinha financiado, foi paga pelos meus colegas. Os homens de farda são uma grande família, todos se ajudam. Mas me senti abandonado pelo Estado", contou Wagner.
Segundo o policial, a sindicância feita pelo Comando da Polícia Militar quase sempre desfavorece os agentes.
Milagre/ Wagner afirma que passou por três cirurgias e sobreviveu a um igual número de derrames cerebrais, que foram decorrentes de complicações. Ele relata que ainda tem três balas alojadas na cabeça. Hoje, ele cursa o quarto ano de direito e sonha ser um dia magistrado federal.
Por Renan Xavier
Fonte: diariosp