goo.gl/VfVJsz | Este ano foi de conquistas para uma gari do Tocantins. Após ficar nove anos sem estudar, Solange Ribeiro Chagas, 27 anos, resolveu concluir o ensino médio na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) e surpreendeu ao ser aprovada em dois cursos na federal: odontologia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e licenciatura em computação pelo Instituto Federal do Tocantins (IFTO). Além disso, foi aprovada na primeira fase em medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Em 2007, Solange decidiu parar de ir a escola. Ela estava no primeiro ano do ensino médio e morava em Peixe, região sul do estado. Com filhos para criar, a necessidade de ajudar no orçamento em casa falou mais alto. "A dificuldade era demais, chegava em casa cansada. Ficava desanimada de ir para a escola. Não consegui e parei", contou ao G1 neste sábado (8).
Em 2015, ela e o marido decidiram fazer o concurso de gari da Prefeitura de Almas. Os dois foram aprovados e se mudaram para a cidade. Nesta época, ela era cobrada pelos irmãos, de que tinha que voltar à sala de aula para concluir o ensino médio e ter uma vida melhor.
No início de 2016, ela resolveu. Mesmo com tantas dificuldades, fez a matrícula no Colégio Estadual Abner Araújo Pacini. "Eu estava muito atrasada, três filhos menores para criar, de 9, 6 e 5 anos. Então decidir fazer pelo EJA e concluiu o ensino médio em dezembro do mesmo ano".
Neste período, a rotina ficou ainda mais apertada. Solange acordava às 4 horas, fazia o café e deixava a merenda das crianças pronta. Depois, saia para trabalhar com o marido. Voltava para casa, fazia o almoço e em pouco tempo depois já tinha que estar no trabalho novamente. Terminava o expediente às 17h, descansava e ia para o colégio.
Para ajudar nos estudos, um irmão de Solange que mora em Palmas, sempre levava apostilas e livros atualizados. Ela estudava para o vestibular depois que chegava do colégio até à 1 hora da madrugada. Muitas vezes, preciou abrir mão do sono.
Este ano, ela colheu os frutos. Primeiro, passou no processo seletivo do Instituto Federal do Tocantins, câmpus de Dianópolis, para licenciatura em computação. Fez a matrícula e começou a fazer o curso. Meses depois, outra surpresa. Foi aprovada na Universidade Federal de Santa Catarina, para o curso de odontologia, na cota para quilombola.
Solange também foi aprovada na primeira fase da Universidade Federal do Pará (UFPA) para o curso de medicina.
Ela trancou o curso de licenciatura em computação e já fez a matrícula para o curso de odontologia. Este mês recebeu várias homenagens no colégio e na prefeitura, onde trabalha. "Está todo mundo orgulhoso", conta ela sorrindo.
Fonte: g1 globo
Em 2007, Solange decidiu parar de ir a escola. Ela estava no primeiro ano do ensino médio e morava em Peixe, região sul do estado. Com filhos para criar, a necessidade de ajudar no orçamento em casa falou mais alto. "A dificuldade era demais, chegava em casa cansada. Ficava desanimada de ir para a escola. Não consegui e parei", contou ao G1 neste sábado (8).
Em 2015, ela e o marido decidiram fazer o concurso de gari da Prefeitura de Almas. Os dois foram aprovados e se mudaram para a cidade. Nesta época, ela era cobrada pelos irmãos, de que tinha que voltar à sala de aula para concluir o ensino médio e ter uma vida melhor.
No início de 2016, ela resolveu. Mesmo com tantas dificuldades, fez a matrícula no Colégio Estadual Abner Araújo Pacini. "Eu estava muito atrasada, três filhos menores para criar, de 9, 6 e 5 anos. Então decidir fazer pelo EJA e concluiu o ensino médio em dezembro do mesmo ano".
Neste período, a rotina ficou ainda mais apertada. Solange acordava às 4 horas, fazia o café e deixava a merenda das crianças pronta. Depois, saia para trabalhar com o marido. Voltava para casa, fazia o almoço e em pouco tempo depois já tinha que estar no trabalho novamente. Terminava o expediente às 17h, descansava e ia para o colégio.
Para ajudar nos estudos, um irmão de Solange que mora em Palmas, sempre levava apostilas e livros atualizados. Ela estudava para o vestibular depois que chegava do colégio até à 1 hora da madrugada. Muitas vezes, preciou abrir mão do sono.
Este ano, ela colheu os frutos. Primeiro, passou no processo seletivo do Instituto Federal do Tocantins, câmpus de Dianópolis, para licenciatura em computação. Fez a matrícula e começou a fazer o curso. Meses depois, outra surpresa. Foi aprovada na Universidade Federal de Santa Catarina, para o curso de odontologia, na cota para quilombola.
Solange também foi aprovada na primeira fase da Universidade Federal do Pará (UFPA) para o curso de medicina.
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Isso foi fruto do meu esforço, vendo as dificuldades do dia-a-dia. A única solução que eu tinha e tenho é o estudo.
Ela trancou o curso de licenciatura em computação e já fez a matrícula para o curso de odontologia. Este mês recebeu várias homenagens no colégio e na prefeitura, onde trabalha. "Está todo mundo orgulhoso", conta ela sorrindo.
Fonte: g1 globo