goo.gl/ZymU2V | A juíza federal Roberta Araújo, que atua no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 6ª Região, em Recife (PE) criticou em seu perfil no Facebook o pedido de desculpas da Rede Globo no caso de assédio que envolveu o ator José Mayer, de 67 anos, e a figurinista Su Tonani, 28, que trabalhou com o artistas nos bastidores de Lei do Amor.
“A verdade é que a Rede Globo coisifica as mulheres, naturaliza a violência, os abusos e assédios, incentiva o desrespeito, ridiculariza o papel e a posição da mulher e subalterna nossa dignidade”, escreveu a magistrada na sexta-feira (7).
Em relato publicado na coluna Agora É Que São Elas, do jornal Folha de S. Paulo, no dia 31 de março, Su contou que o ator a assediou diversas vezes, tanto moral quanto sexualmente, desde que ela começou a trabalhar na emissora.
— E essa história de violência se iniciou com o simples: “como você é bonita”. Trabalhando de segunda à sábado, lidar com José Mayer era rotineiro. E com ele vinham seus “elogios”. Do “como você se veste bem”, logo eu estava ouvindo: “como a sua cintura é fina”, “fico olhando a sua bundinha e imaginando seu peitinho”, “você nunca vai dar para mim?”.
Na última segunda-feira (3), a Rede Globo suspendeu o ator por tempo indeterminado. Na terça-feira (4) foi a vez de o ator publicar uma carta admitindo suas atitudes.
No mesmo dia a emissora publicou novo comunicado enfatizando que “repudia toda e qualquer forma de desrespeito, violência ou preconceito”.
Para a juíza federal do Trabalho Roberta Araújo, “quando essa emissora diz em nota que ‘repudia qualquer forma de desrespeito, violência ou preconceito’, está em verdade sendo dissimulada e ofensiva por nos considerar alienadas ou parvas”.
— Foi a Globo que fez o Brasil se divertir com o programa Zorra Total, que tinha em seu quadro principal duas amigas em um vagão, sendo uma delas, a Janete, bolinada de várias formas e tocada em suas partes íntimas com a batuta de um maestro enquanto a sua amiga Valéria , ao invés de defendê-la, dizia: “aproveita. Tu é muito ruim, babuína. Se joga.”
Leia a mensagem da juíza:
“Queridas, antes de divulgar e exultar com a postura da Globo em “ punir” José Mayer por assédio ou afastar Otaviano Costa do vídeo show por rir de atitude machista do Big Brother lembrem-se de que foi a Globo que universalizou entre nós a cobiça por Anita, apresentada como uma “ ninfeta” ousada que seduzia um homem casado e com idade de ser seu pai.
Foi a Globo que nos apresentou Angel, uma adolescente que permeou o imaginário dos desejos mantendo um ardoroso caso com o marido da sua própria mãe.
Foi a Globo que em Laços de Família envolveu o Brasil na polêmica trama em que a jovem filha rouba Edu, o namorado da mãe, interpretado por Reynaldo Gianecchini.
Foi a Globo que em Avenida Brasil nos trouxe como núcleo de comédia a trama com três mulheres envolvidas com o mesmo homem- o empresário Cadinho – e que declinam da suas vidas e dignidade para se sujeitarem a viver com ele, mesmo após se descobrirem enganadas.
Em Império, a Globo preencheu o imaginário de desejos com a trama do charmoso Comendador que mesmo casado com Marta mantinha um fogoso affair com uma menina mais jovem que sua própria filha.
Foi a Globo que fez o Brasil se divertir com o programa Zorra Total, que tinha em seu quadro principal duas amigas em um vagão, sendo uma delas, a Janete, bolinada de várias formas e tocada em suas partes íntimas com a batuta de um maestro enquanto a sua amiga Valéria , ao invés de defendê-la, dizia: “aproveita. Tu é muito ruim, babuína. Se joga.”
Então queridas, quando essa emissora diz em nota que “repudia qualquer forma de desrespeito, violência ou preconceito” esta em verdade sendo dissimulada e ofensiva por nos considerar alienadas ou parvas. A verdade é que a Rede Globo coisifica as mulheres, naturaliza a violência, os abusos e assédios, incentiva o desrespeito, ridiculariza o papel e a posição da mulher e subalterna nossa dignidade.
São mensagem explícitas e subliminares como as que esta Rede Globo universaliza e crava no imaginário masculino brasileiro que estupram, abusam, ferem e vitimam milhares de Mirellas que habitam entre nós”.
Fonte: entretenimento r7
“A verdade é que a Rede Globo coisifica as mulheres, naturaliza a violência, os abusos e assédios, incentiva o desrespeito, ridiculariza o papel e a posição da mulher e subalterna nossa dignidade”, escreveu a magistrada na sexta-feira (7).
Em relato publicado na coluna Agora É Que São Elas, do jornal Folha de S. Paulo, no dia 31 de março, Su contou que o ator a assediou diversas vezes, tanto moral quanto sexualmente, desde que ela começou a trabalhar na emissora.
— E essa história de violência se iniciou com o simples: “como você é bonita”. Trabalhando de segunda à sábado, lidar com José Mayer era rotineiro. E com ele vinham seus “elogios”. Do “como você se veste bem”, logo eu estava ouvindo: “como a sua cintura é fina”, “fico olhando a sua bundinha e imaginando seu peitinho”, “você nunca vai dar para mim?”.
Na última segunda-feira (3), a Rede Globo suspendeu o ator por tempo indeterminado. Na terça-feira (4) foi a vez de o ator publicar uma carta admitindo suas atitudes.
No mesmo dia a emissora publicou novo comunicado enfatizando que “repudia toda e qualquer forma de desrespeito, violência ou preconceito”.
Para a juíza federal do Trabalho Roberta Araújo, “quando essa emissora diz em nota que ‘repudia qualquer forma de desrespeito, violência ou preconceito’, está em verdade sendo dissimulada e ofensiva por nos considerar alienadas ou parvas”.
— Foi a Globo que fez o Brasil se divertir com o programa Zorra Total, que tinha em seu quadro principal duas amigas em um vagão, sendo uma delas, a Janete, bolinada de várias formas e tocada em suas partes íntimas com a batuta de um maestro enquanto a sua amiga Valéria , ao invés de defendê-la, dizia: “aproveita. Tu é muito ruim, babuína. Se joga.”
Leia a mensagem da juíza:
“Queridas, antes de divulgar e exultar com a postura da Globo em “ punir” José Mayer por assédio ou afastar Otaviano Costa do vídeo show por rir de atitude machista do Big Brother lembrem-se de que foi a Globo que universalizou entre nós a cobiça por Anita, apresentada como uma “ ninfeta” ousada que seduzia um homem casado e com idade de ser seu pai.
Foi a Globo que nos apresentou Angel, uma adolescente que permeou o imaginário dos desejos mantendo um ardoroso caso com o marido da sua própria mãe.
Foi a Globo que em Laços de Família envolveu o Brasil na polêmica trama em que a jovem filha rouba Edu, o namorado da mãe, interpretado por Reynaldo Gianecchini.
Foi a Globo que em Avenida Brasil nos trouxe como núcleo de comédia a trama com três mulheres envolvidas com o mesmo homem- o empresário Cadinho – e que declinam da suas vidas e dignidade para se sujeitarem a viver com ele, mesmo após se descobrirem enganadas.
Em Império, a Globo preencheu o imaginário de desejos com a trama do charmoso Comendador que mesmo casado com Marta mantinha um fogoso affair com uma menina mais jovem que sua própria filha.
Foi a Globo que fez o Brasil se divertir com o programa Zorra Total, que tinha em seu quadro principal duas amigas em um vagão, sendo uma delas, a Janete, bolinada de várias formas e tocada em suas partes íntimas com a batuta de um maestro enquanto a sua amiga Valéria , ao invés de defendê-la, dizia: “aproveita. Tu é muito ruim, babuína. Se joga.”
Então queridas, quando essa emissora diz em nota que “repudia qualquer forma de desrespeito, violência ou preconceito” esta em verdade sendo dissimulada e ofensiva por nos considerar alienadas ou parvas. A verdade é que a Rede Globo coisifica as mulheres, naturaliza a violência, os abusos e assédios, incentiva o desrespeito, ridiculariza o papel e a posição da mulher e subalterna nossa dignidade.
São mensagem explícitas e subliminares como as que esta Rede Globo universaliza e crava no imaginário masculino brasileiro que estupram, abusam, ferem e vitimam milhares de Mirellas que habitam entre nós”.
Fonte: entretenimento r7