Defesa de Adriana quer comprovar idoneidade de sua atividade como advogada

goo.gl/vCqpz6 | O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, está ouvindo nesta quarta-feira, 5, testemunhas de defesa da ex-primeira-dama do Rio Adriana Ancelmo, acusada de integrar o esquema de corrupção chefiado pelo marido, o ex-governador Sergio Cabral (PMDB). São dois advogados com quem ela atuou chamados para demonstrar que seu escritório de advocacia, Ancelmo Advogados, prestava serviços de advocacia em casos de grande porte.



A ex-primeira dama do Rio, Adriana Ancelmo

Nesta manhã, já prestou esclarecimentos o advogado Cristiano Zanin Martins, que trabalhou com Adriana em 2015 e 2016 tendo como cliente a Federação do Comércio do Rio (Fecomércio-RJ). Ele disse que se reunia com Adriana e representantes de outros escritórios envolvidos nas causas da entidade, de ordem empresarial e sindical, com regularidade. As reuniões eram no escritório dela, que fica no centro do Rio. Martins ganhou notoriedade por integrar a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O objetivo da defesa é demonstrar que o escritório de Adriana não era de fachada. Mais tarde será ouvido o advogado Marcelo Rossi Nobre, que também trabalhou com ela. O sistema é por videoconferência, uma vez que Martins está em São Paulo e Nobre, em Brasília.

Adriana ficou três meses presa no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, e há uma semana cumpre prisão domiciliar em seu apartamento no Leblon, zona sul do Rio. Cabral segue preso em Bangu desde novembro do ano passado.

Acusada de corrupção, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa, a ex-primeira-dama recebeu o benefício graças a uma norma do Código de Processo Penal que permite a mudança de regime de mulheres que tenham filho de menos de 12 anos e estejam cumprindo prisão preventiva. Adriana tem dois filhos, de 11 e 14 anos.

Por Roberta Pennafort
Fonte: Estadão
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