goo.gl/zxDalZ | Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) notificou a empresa responsável pelo fornecimento de linguiças para o restaurante do campus de São Carlos (SP) após um estudante encontrar um pedaço de papel dentro do produto.
A instituição de ensino informou que, como resposta, recebeu a informação de que se tratava de um fragmento de rótulo e que a fornecedora irá melhorar o controle das matérias-primas. Por telefone, um funcionário do frigorífico Sany Eireli disse ao G1 que a empresa não irá comentar o caso.
“Não se espera encontrar um fragmento de papel ou plástico, não dava para distinguir bem que tipo de material era, bem no meio da sua refeição. Foi algo, no mínimo, inesperado”, disse.
Velloso contou que ficou assustado, tirou algumas fotos e cortou o restante da linguiça até retirar totalmente o fragmento de dentro do alimento.
Estudante tirou várias fotos do alimento (Foto: Deidson Velloso/Arquivo Pessoal)
O estudante relatou que o funcionário do restaurante informado sobre o caso reportou a situação para a responsável. “Ela ouviu minha reclamação, recolheu o alimento e o fragmento. Ela ainda me pediu desculpas, disse que iria registrar o ocorrido e notificar os responsáveis”.
Apesar da resposta, Velloso disse que não sabia muito bem o que poderia acontecer e por isso fez a postagem na rede social. “Sabemos como os órgãos públicos são burocráticos e que muitas atitudes dependem de forças políticas. Então, resolvi alertar todo mundo, postando no grupo da UFSCar no Facebook, que é onde eu sei que poderia atingir um maior número de pessoas. Para minha surpresa, a ação da UFSCar foi super-rápida”, contou.
Ele também disse que sabe que, nesse caso, não há culpa por parte da UFSCar ou do Restaurante Universitário, mas está com receio de se alimentar no local.
“Eles apenas preparam o alimento, não o processam. Já tinha ouvido relatos de outros usuários sobre casos parecidos no RU, mas nenhum deles foi tratado como este, então espero que desta vez a empresa seja responsabilizada e o abastecimento do restaurante seja normalizado”, disse.
“Quando as primeiras notícias sobre a operação da Polícia Federal, sobre um assunto parecido, começaram a surgir eu não liguei muito. Tinha a falsa sensação de que isso não estava ocorrendo de forma tão generalizada. Felizmente, a resposta da UFSCar foi rápida, exigindo explicações do fornecedor e retirando o alimento do cardápio. Agora estou aguardando que o caso seja resolvido, os culpados responsabilizados e que se aumente o rigor na seleção da qualidade dos alimentos servidos no RU”, concluiu.
Linguiça servida em restaurante universitário da UFSCar (Foto: Deidson Velloso/Arquivo Pessoal)
No comunicado, a UFSCar reforçou que não processa o alimento, somente o prepara para ser servido, e que a qualidade dos produtos oferecidos à comunidade acadêmica em seus restaurantes universitários é prioridade.
Afirmou também que tomará todas as medidas cabíveis sobre o caso, se posicionando sobre os fatos com transparência.
Restaurante universitário da UFSCar (Foto: Marlon Tavoni/EPTV)
Em resposta à solicitação feita pela universidade, a empresa disse que, ao observar as fotos fornecidas, concluiu se tratar de um pequeno fragmento de rótulo da matéria-prima que, no processo de fabricação da linguiça, pode ter sido colocado de forma incorreta dentro da embalagem primária dos cortes.
O frigorífico garantiu à UFSCar que o material encontrado no interior do produto não pode causar qualquer dano à saúde do consumidor e que irá trabalhar para melhorar o controle das matérias-primas para que fatos como esse não voltem a ocorrer.
*Sob a supervisão de Stefhanie Piovezan, do G1 São Carlos e Araraquara
Por Ana Marin*, do G1 São Carlos e Araraquara
Fonte: g1 globo
A instituição de ensino informou que, como resposta, recebeu a informação de que se tratava de um fragmento de rótulo e que a fornecedora irá melhorar o controle das matérias-primas. Por telefone, um funcionário do frigorífico Sany Eireli disse ao G1 que a empresa não irá comentar o caso.
Denúncia
Deidson Leite Velloso, aluno do curso de engenharia civil, encontrou a linguiça com papel na sexta-feira (7) e informou um funcionário do restaurante. Também fez uma postagem sobre o acontecimento no grupo que alunos da UFSCar mantêm no Facebook.“Não se espera encontrar um fragmento de papel ou plástico, não dava para distinguir bem que tipo de material era, bem no meio da sua refeição. Foi algo, no mínimo, inesperado”, disse.
Velloso contou que ficou assustado, tirou algumas fotos e cortou o restante da linguiça até retirar totalmente o fragmento de dentro do alimento.
_______
“Senti nojo, pois já havia ingerido boa parte do alimento e fiquei pensando em quantas outras substâncias poderiam estar presentes ali, mas não visíveis a olho nu e, ainda, todas aquelas pessoas ao meu redor comendo a mesma coisa, sem saber que estava contaminado”, afirmou.
Estudante tirou várias fotos do alimento (Foto: Deidson Velloso/Arquivo Pessoal)
O estudante relatou que o funcionário do restaurante informado sobre o caso reportou a situação para a responsável. “Ela ouviu minha reclamação, recolheu o alimento e o fragmento. Ela ainda me pediu desculpas, disse que iria registrar o ocorrido e notificar os responsáveis”.
Apesar da resposta, Velloso disse que não sabia muito bem o que poderia acontecer e por isso fez a postagem na rede social. “Sabemos como os órgãos públicos são burocráticos e que muitas atitudes dependem de forças políticas. Então, resolvi alertar todo mundo, postando no grupo da UFSCar no Facebook, que é onde eu sei que poderia atingir um maior número de pessoas. Para minha surpresa, a ação da UFSCar foi super-rápida”, contou.
Ele também disse que sabe que, nesse caso, não há culpa por parte da UFSCar ou do Restaurante Universitário, mas está com receio de se alimentar no local.
“Eles apenas preparam o alimento, não o processam. Já tinha ouvido relatos de outros usuários sobre casos parecidos no RU, mas nenhum deles foi tratado como este, então espero que desta vez a empresa seja responsabilizada e o abastecimento do restaurante seja normalizado”, disse.
_______
“Eu não tenho outra opção, então, assim como uma maioria esmagadora de estudantes, tenho que fingir que nada aconteceu e frequentar o local”.
Carne Fraca
Velloso disse ainda que naquele dia, pouco antes de entrar no restaurante, conversou com um amigo sobre a operação “Carne Fraca”, que apontou irregularidades em frigoríficos, e que achava se tratar de algo distante.“Quando as primeiras notícias sobre a operação da Polícia Federal, sobre um assunto parecido, começaram a surgir eu não liguei muito. Tinha a falsa sensação de que isso não estava ocorrendo de forma tão generalizada. Felizmente, a resposta da UFSCar foi rápida, exigindo explicações do fornecedor e retirando o alimento do cardápio. Agora estou aguardando que o caso seja resolvido, os culpados responsabilizados e que se aumente o rigor na seleção da qualidade dos alimentos servidos no RU”, concluiu.
Linguiça servida em restaurante universitário da UFSCar (Foto: Deidson Velloso/Arquivo Pessoal)
Universidade
Poucas horas após a reclamação e a postagem do aluno no Facebook, a universidade se pronunciou, por meio de nota, dizendo que havia dado um prazo de cinco dias úteis para a empresa fornecedora se posicionar sobre o ocorrido.No comunicado, a UFSCar reforçou que não processa o alimento, somente o prepara para ser servido, e que a qualidade dos produtos oferecidos à comunidade acadêmica em seus restaurantes universitários é prioridade.
Afirmou também que tomará todas as medidas cabíveis sobre o caso, se posicionando sobre os fatos com transparência.
Restaurante universitário da UFSCar (Foto: Marlon Tavoni/EPTV)
Empresa
Procurado pelo G1, o frigorífico Sany Eireli, de Sorocaba (SP), disse que não iria comentar o caso com a imprensa.Em resposta à solicitação feita pela universidade, a empresa disse que, ao observar as fotos fornecidas, concluiu se tratar de um pequeno fragmento de rótulo da matéria-prima que, no processo de fabricação da linguiça, pode ter sido colocado de forma incorreta dentro da embalagem primária dos cortes.
O frigorífico garantiu à UFSCar que o material encontrado no interior do produto não pode causar qualquer dano à saúde do consumidor e que irá trabalhar para melhorar o controle das matérias-primas para que fatos como esse não voltem a ocorrer.
*Sob a supervisão de Stefhanie Piovezan, do G1 São Carlos e Araraquara
Por Ana Marin*, do G1 São Carlos e Araraquara
Fonte: g1 globo