goo.gl/nf7rEh | O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ), Marcelo Chalréo, chamou de “lamentável” a decisão da Justiça de soltar os PMs suspeitos de terem executado dois homens em Acari, que deixaram a prisão na noite de quarta-feira. Imagens de vídeo mostram os policiais do 41º BPM (Irajá), Fábio de Barros Dias e David Gomes Centeno, atirando em Júlio César Ferreira de Jesus e Alexandre dos Santos Albuquerque, em frente à Escola Municipal Jornalista Daniel Piza. No mesmo dia, a estudante Maria Eduarda Alves da Conceição, de 13 anos, foi atingida por uma bala perdida dentro da escola.
— A decisão é lamentável tendo em vista a vida pregressa desses policiais. A população tem muito o que reclamar. Apenas os processos anteriores em que os agentes estão envolvidos já seriam motivo para o juiz e a promotora pensarem duas vezes antes de libertá-los — disse o advogado, referindo-se ao fato de os PMs responderem a inúmeros processos por mortes em confrontos.
Segundo ele, as medidas cautelares aplicadas aos PMS, que substituíram a ordem de prisão, são, na verdade, benefícios.
— Quem vai acompanhar os policiais é a própria Polícia Militar, que tentou acobertá-los. O crime só veio a público porque foi filmado. Outros PMs estavam presentes na cena e não denunciaram os colegas. Quem nos garante que eles não vão agir de maneira ainda pior? Isso só reforça um sentimento de impunidade — criticou Chalréo.
De acordo com dados da própria corporação, os dois PMs já tiveram participação em 37 autos de resistência (mortes em confronto).
Uma das coordenadoras do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes (Cesec), a cientista social Silvia Ramos afirmou que o tratamento jurídico dado ao caso só contribui para estimular a violência. Ela também criticou a decisão tomada pelo juiz Alexandre Abrahão que julgou a denúncia do Ministério Público. O próprio MP também sugeriu que os dois acusados respondessem em liberdade.
— Ele (o juiz) está enviando uma mensagem para a sociedade e para os policiais de que os agentes estão livres para agir como quiserem.
Ela observa ainda que o entendimento do magistrado também reforça a cultura da violência policial que prejudica toda a sociedade e a própria tropa.
— Quanto mais os policiais matam, mais morrem. Só em alguns meses deste ano, foram mais de 50. Eu me pergunto quantos PMs e civis vão ter que morrer para que a polícia entenda que essa lógica não funciona — analisou Silvia Ramos.
*Leia essa matéria na íntegra através do link: http://oglobo.globo.com/rio/oab-critica-ordem-de-soltar-pms-suspeitos-da-execucao-de-dois-homens-em-acari-21238671
Fonte: oglobo.globo
— A decisão é lamentável tendo em vista a vida pregressa desses policiais. A população tem muito o que reclamar. Apenas os processos anteriores em que os agentes estão envolvidos já seriam motivo para o juiz e a promotora pensarem duas vezes antes de libertá-los — disse o advogado, referindo-se ao fato de os PMs responderem a inúmeros processos por mortes em confrontos.
Segundo ele, as medidas cautelares aplicadas aos PMS, que substituíram a ordem de prisão, são, na verdade, benefícios.
— Quem vai acompanhar os policiais é a própria Polícia Militar, que tentou acobertá-los. O crime só veio a público porque foi filmado. Outros PMs estavam presentes na cena e não denunciaram os colegas. Quem nos garante que eles não vão agir de maneira ainda pior? Isso só reforça um sentimento de impunidade — criticou Chalréo.
De acordo com dados da própria corporação, os dois PMs já tiveram participação em 37 autos de resistência (mortes em confronto).
Uma das coordenadoras do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes (Cesec), a cientista social Silvia Ramos afirmou que o tratamento jurídico dado ao caso só contribui para estimular a violência. Ela também criticou a decisão tomada pelo juiz Alexandre Abrahão que julgou a denúncia do Ministério Público. O próprio MP também sugeriu que os dois acusados respondessem em liberdade.
— Ele (o juiz) está enviando uma mensagem para a sociedade e para os policiais de que os agentes estão livres para agir como quiserem.
Ela observa ainda que o entendimento do magistrado também reforça a cultura da violência policial que prejudica toda a sociedade e a própria tropa.
— Quanto mais os policiais matam, mais morrem. Só em alguns meses deste ano, foram mais de 50. Eu me pergunto quantos PMs e civis vão ter que morrer para que a polícia entenda que essa lógica não funciona — analisou Silvia Ramos.
*Leia essa matéria na íntegra através do link: http://oglobo.globo.com/rio/oab-critica-ordem-de-soltar-pms-suspeitos-da-execucao-de-dois-homens-em-acari-21238671
Fonte: oglobo.globo