Falso investigador de polícia é preso em flagrante com arma e distintivo

goo.gl/h2qeNI | Acusado de se passar por investigador de polícia, o desempregado Carlos Alberto Morais da Costa, de 42 anos, foi preso em flagrante às 8h30 desta sexta-feira (12), porque possuía em seu apartamento, em Praia Grande, uma pistola calibre 380 com a numeração raspada, munições e um distintivo da Polícia Civil.

O acusado também teve o seu Gol prata apreendido, porque nele estavam instalados equipamentos sonoros e luminosos típicos de viaturas descaracterizadas. No carro havia um par de algemas e uma touca preta de lã, do mesmo tipo que assaltantes utilizam para ocultar o rosto.

Em razão das armas e demais materiais encontrados, o delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), autuou o falso policial pelos crimes de posse ilegal de arma e munição e de usurpação de função pública.

Devido às apreensões, Carlos Alberto também responderá pelas contravenções penais de simulação da qualidade de funcionário público e de uso ilegítimo de uniforme ou distintivo, “sem prejuízo dos crimes cometidos ao se passar por investigador”, conforme faz questão de frisar Lara.



Carlos usava um carro com equipamentos sonoros e luminosos típicos de viaturas descaracterizadas

Extorsão

Há cerca de um mês, a equipe da DIG tentava identificar e prender Carlos Alberto. Em pelos menos duas ocasiões, em Praia Grande, ele se identificou como “Paulo”, investigador da delegacia especializada, para obter algum tipo de vantagem econômica indevida.

Em um desses episódios, Carlos Alberto abordou um empresário, que possui uma arma de fogo registrada. “O indiciado não sabia que o armamento está regularizado e tentou extorquir a vítima sob o pretexto de não apreendê-lo”, conta Paulo Carvalhal.

Chefe dos investigadores da DIG, Carvalhal é o único policial da especializada que se chama Paulo. Devido ao uso indevido do seu nome, a sua eventual participação no episódio do empresário era apurada pela Corregedoria da Polícia Civil.

Moto e tiro

O caso mais grave atribuído ao falso investigador da DIG envolve furto de moto e disparo de arma de fogo.

Segundo apurou a equipe do delegado Lara e do investigador Carvalhal, o dublê de policial pegou a moto em um ponto de tráfico de drogas como condição para não prender quem explora o comércio ilícito.

Posteriormente, Carlos Alberto vendeu o veículo a terceira pessoa. Porém, o dono da moto ou alguém a seu mando conseguiu reavê-la, tomando-a de quem a adquiriu.

Por causa do prejuízo sofrido, o comprador da moto foi reclamar com Carlos Alberto, que retornou ao ponto de tráfico para recuperar o veículo. Durante desentendimento, ele efetuou um disparo, mas ninguém foi atingido.

A prisão em flagrante do falso investigador decorreu da pistola e das munições que ele possuía e foram aprendidas. O delegado Lara disse que o acusado responderá pelos crimes anteriores em inquéritos policiais autônomos.

Carlos Alberto foi capturado no prédio onde mora, na Rua Afonso Chaves, no Bairro Ocian. Ao perceber que era procurado por policiais civis, ele não abriu a porta do apartamento, motivando a equipe da DIG a arrombá-la.

Por Eduardo Velozo Fuccia
Fonte: atribuna
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