goo.gl/35uPfz | Terminou na noite desta quarta-feira (10/5) o primeiro depoimento dado pelo ex-presidente Lula como réu na operação “lava jato”. Ele falou ao juiz Sergio Moro sobre uma ação penal em que é acusado de ter sido beneficiado pela reforma de um apartamento pela construtora OAS.
Segundo relatos dos advogados presentes ao depoimento, Lula mostrou-se seguro durante todo o depoimento, que durou mais de cinco horas. Deixou de responder apenas as perguntas de Moro que não tinham a ver com o processo — por exemplo, o que o ex-presidente pensa a respeito do julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão, pelo Supremo Tribunal Federal. As perguntas do Ministério Público Federal também foram respondidas sem tergiversações, contaram os advogados.
A defesa se incomodou com o questionário preparado por Moro, que repetia muitas das perguntas que Lula já havia respondido em outras ocasiões, quando depôs como testemunha em outros processos. Os advogados pediram que o magistrado as adaptasse para o processo e discussão, mas ele seguiu com seu questionário.
A audiência foi acompanhada pelos advogados Cristiano Zanin Martins e José Roberto Batochio, que defendem Lula, e Fernando Augusto Fernandes, que representa o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Nesta quarta, Fernandes foi ao Supremo e ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região contra a proibição, imposta por Moro, de entrar na audiência com celulares.
Durante o depoimento, Lula explicou que nunca foi dono do apartamento e nunca teve qualquer relação com ele. Soube de sua existência em 2006, quando Marisa Letícia, sua mulher, contou que havia comprado cotas de participação num consórcio que envolvia o prédio, e em 2014, quando Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, o procurou para falar do assunto.
Em 2014, Lula disse a Pinheiro que não tinha interesse no apartamento, que estava “cheio de problemas”. Pinheiro, então, teria dito “vamos conversar”, e nunca mais voltou ao assunto.
Outra das acusações é que um elevador foi instalado no apartamento, tríplex, a pedido do ex-presidente. “Eu moro num apartamento com escada caracol. Seria insano eu pedir um elevador em um apartamento que não é meu e deixar o apartamento que vivo há mais de 20 anos sem!”, respondeu Lula.
Ao fim do interrogatório, Lula reclamou de vazamentos de conversas com seus familiares à imprensa, da condução coercitiva sem intimação prévia e dos “jovens” que estão à frente da “lava jato”.
“O Ministério Público, que é uma instituição que ninguém respeita como eu respeito, não foi feita para isso. Acusação tem que ser séria, tem que ser fundamentada, não pode ser especulativa”, disse o ex-presidente. “Hoje, a acusação é muito mais feita pelas capas dos jornais e das revistas do que os dados concretos das perguntas que vocês me fizeram. Pelas perguntas que vocês me fizeram, o Dr. Moro não deveria nem ter recebido a acusação”, criticou.
Lula ainda disse que o juiz deveria se “preparar” caso seja absolvido das acusações, porque será criticado pela imprensa. “Infelizmente, eu já sou atacado por bastante gente, inclusive por blogs que supostamente patrocinam o senhor”, respondeu Moro.
Veja os vídeos do depoimento desta quarta, divulgados pelo jornal O Estado de S. Paulo:
Fonte: Conjur
Segundo relatos dos advogados presentes ao depoimento, Lula mostrou-se seguro durante todo o depoimento, que durou mais de cinco horas. Deixou de responder apenas as perguntas de Moro que não tinham a ver com o processo — por exemplo, o que o ex-presidente pensa a respeito do julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão, pelo Supremo Tribunal Federal. As perguntas do Ministério Público Federal também foram respondidas sem tergiversações, contaram os advogados.
A defesa se incomodou com o questionário preparado por Moro, que repetia muitas das perguntas que Lula já havia respondido em outras ocasiões, quando depôs como testemunha em outros processos. Os advogados pediram que o magistrado as adaptasse para o processo e discussão, mas ele seguiu com seu questionário.
A audiência foi acompanhada pelos advogados Cristiano Zanin Martins e José Roberto Batochio, que defendem Lula, e Fernando Augusto Fernandes, que representa o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Nesta quarta, Fernandes foi ao Supremo e ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região contra a proibição, imposta por Moro, de entrar na audiência com celulares.
Durante o depoimento, Lula explicou que nunca foi dono do apartamento e nunca teve qualquer relação com ele. Soube de sua existência em 2006, quando Marisa Letícia, sua mulher, contou que havia comprado cotas de participação num consórcio que envolvia o prédio, e em 2014, quando Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, o procurou para falar do assunto.
Em 2014, Lula disse a Pinheiro que não tinha interesse no apartamento, que estava “cheio de problemas”. Pinheiro, então, teria dito “vamos conversar”, e nunca mais voltou ao assunto.
Outra das acusações é que um elevador foi instalado no apartamento, tríplex, a pedido do ex-presidente. “Eu moro num apartamento com escada caracol. Seria insano eu pedir um elevador em um apartamento que não é meu e deixar o apartamento que vivo há mais de 20 anos sem!”, respondeu Lula.
Ao fim do interrogatório, Lula reclamou de vazamentos de conversas com seus familiares à imprensa, da condução coercitiva sem intimação prévia e dos “jovens” que estão à frente da “lava jato”.
“O Ministério Público, que é uma instituição que ninguém respeita como eu respeito, não foi feita para isso. Acusação tem que ser séria, tem que ser fundamentada, não pode ser especulativa”, disse o ex-presidente. “Hoje, a acusação é muito mais feita pelas capas dos jornais e das revistas do que os dados concretos das perguntas que vocês me fizeram. Pelas perguntas que vocês me fizeram, o Dr. Moro não deveria nem ter recebido a acusação”, criticou.
Lula ainda disse que o juiz deveria se “preparar” caso seja absolvido das acusações, porque será criticado pela imprensa. “Infelizmente, eu já sou atacado por bastante gente, inclusive por blogs que supostamente patrocinam o senhor”, respondeu Moro.
Veja os vídeos do depoimento desta quarta, divulgados pelo jornal O Estado de S. Paulo:
Fonte: Conjur